Num contexto global imprevisível, os CEOs continuam a enfrentar uma diversidade de desafios e oportunidades.

No seu recente estudo, a KPMG inquiriu 128 CEOs do setor segurador para obter uma visão profunda das suas opiniões e perspetivas sobre a indústria e o panorama económico atualmente e nos próximos três anos.

O panorama geral é de confiança, mas com sinais de alerta que indicam a necessidade de cautela. Segundo os CEOs do setor segurador, a incerteza política devido a tensões regionais em curso tornou-se a principal ameaça ao crescimento organizacional nos próximos três anos, seguida pelos riscos emergentes/disruptivos da tecnologia e pelo risco das taxas de juro. A inflação aumentou e as taxas de juro seguiram uma tendência ascendente. A tecnologia está a alterar as estratégias tradicionais e os líderes terão de se manter resilientes para fazer avançar as seguradoras progressivamente no caminho da mudança e da transformação em que estão, especialmente com novos desenvolvimentos como a inteligência artificial generativa que têm tanto potencial para reimaginar aspetos da forma como as empresas de seguros podem operar.

Faça o download deste relatório para analisar detalhadamente o que os CEOs do setor segurador têm a dizer sobre as principais tendências que afetam a indústria num mercado em constante evolução.

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KPMG 2023 Insurance CEO Outlook

As seguradoras estão a abraçar a mudança e a navegar pelos desafios económicos para impulsionar o sucesso num cenário em rápida evolução.



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A perspetiva económica do setor segurador

Três quartos (75 %) dos CEOs estão confiantes nas perspetivas de crescimento para a indústria seguradora, enquanto 78 % estão confiantes no crescimento da sua própria organização.

Os CEOs do setor de seguros identificam a cibersegurança como uma preocupação constante (82%), seguida pelo custo de vida (79%), o que pode limitar a capacidade ou vontade dos clientes para adquirir produtos de seguros. Do ponto de vista estratégico mais amplo, a incerteza política e a tecnologia emergente/disruptiva são consideradas as duas principais ameaças ao crescimento.

Três áreas-chave de consideração para as organizações de seguros:

Alavancar a tecnologia e a Inteligência Artificial:


Os CEOs do setor de seguros colocam a tecnologia e a digitalização no centro dos seus esforços para modernizar as suas organizações, por forma a aumentar a eficiência, otimizar processos e permitir uma abordagem mais centrada no cliente. Muitas das organizações do setor segurador já iniciaram a sua jornada de transformação digital, tornando-se cada vez mais imperativo por várias razões: i) as startups estão mais agressivas; ii)  existem novos intervenientes; e iii) a tecnologia.

Os líderes também estão mais conscientes dos riscos de cibersegurança provenientes da Inteligência Artificial generativa. 85% dos CEOs concordam que é uma "espada de dois gumes", pois pode ajudar na deteção de ciberataques – mas também fornecer novas estratégias de ataque para os adversários.


Aumentar o impacto do ESG:


A agenda ambiental, social e de governance (ESG) é cada vez mais reconhecida pelos CEOs como uma parte indispensável da sua estratégia corporativa. Cerca de 72% dos CEOs do setor segurador afirmam que o ESG está totalmente integrado no seu negócio como forma de criar valor. E apesar dos crescentes requisitos regulamentares, 75% dos líderes acreditam ter a capacidade para o cumprimento das novas normas de relatórios.

O ESG representa uma oportunidade para as empresas de seguros criarem um crescimento diferencial. O desafio é integrá-lo na estratégia da empresa e incorporá-lo nas operações existentes. É necessária uma liderança forte para continuar a impulsionar este processo apesar de todas as incertezas no ambiente económico e político. 


A proposta de valor da força de trabalho:


Manter uma forte proposta de valor para os colaboradores para atrair e reter pessoas é uma prioridade elevada na agenda do CEO. Mais de oito em cada dez (81%) dos CEOs esperam aumentar o número de colaboradores nos próximos três anos, embora seja ligeiramente inferior a 2022 (87%). Esta diminuição é, talvez, um sinal dos desafios económicos, mas também do impacto esperado da IA e da automação – em vez de rescisões/despedimentos, isso provavelmente envolverá a transferência de pessoas de tarefas manuais e repetitivas para funções mais valorizadas, com ênfase na capacitação e formação.

Este relatório destaca que os líderes responderam à incerteza com uma abordagem resiliente e orientada para o propósito, reavaliando estratégias e adotando uma liderança colaborativa. Embora haja desafios profundos pela frente, para os líderes certos, isso representa uma oportunidade de orientar economias e sociedades na direção certa. 

Se desejar discutir os resultados do inquérito e como estes podem impactar o seu negócio, entre em contato com um membro da nossa equipa.