Cada vez mais, é necessário que os fornecedores de energia, os decisores políticos, as entidades reguladoras e as instituições financeiras se empenhem na transição para as energias limpas, mas a equidade social ainda não foi integrada de forma significativa nas estratégias de investimento.
Embora muitas organizações estejam a assumir um amplo conjunto de compromissos para melhorar o seu comportamento ambiental, social e de governação (ESG), torna-se cada vez mais evidente que as organizações não serão capazes de concretizar a transição para o impacto zero a nível mundial sem uma mudança social fundamental que tenha em conta considerações como o impacto do abandono dos combustíveis fósseis nos trabalhadores e nas comunidades locais.
Os stakeholders devem ter igualmente em consideração os resultados ambientais e sociais. Os investimentos devem ser orientados para a promoção de uma transição hipocarbónica que seja justa e inclusiva, crie oportunidades de trabalho digno para todos e melhore a situação económica das pessoas mais desfavorecidas. Este aspeto deve ser integrado nos quadros operacionais e num conjunto mais vasto de riscos financeiros e não financeiros, seguindo alguns princípios fundamentais que constituirão a base de uma transformação energética justa a nível mundial.
Uma transformação energética justa – benéfica para todos?
Nesta sessão, transmitida em direto a partir da reunião geral anual do Fórum Económico Mundial, um painel de especialistas debateu considerações críticas que as empresas e os investidores no setor da energia devem ter em conta quando desenvolvem estratégias para a transformação energética justa – nas quais se destaca a Aliança para uma Transformação Energética Justa do PNUD e do WWF, à qual a KPMG aderiu como membro fundador na COP27.