A apetência dos CIOs para acolher tecnologias emergentes mais do que triplicou de 10% para 38% no último ano.

72% dos CIOs registam melhorias na produtividade dos seus colaboradores, fruto da transformação digital.

IA (Inteligência artificial) é considerada a tecnologia mais importante para cumprir com as ambições de curto prazo.

A experiência do cliente e a cibersegurança continuam como principais dinamizadores para a inovação tecnológica.

A KPMG lança o estudo “Global Tech Report 2023”, que explora as várias estratégias tecnológicas que as organizações adoptam para desenvolver as suas jornadas de transformação digital, assim como o potencial valor acrescentado que as tecnologias emergentes poderão trazer em períodos de elevada volatilidade no mercado, como aqueles que se têm vivido nos últimos anos.

De acordo com este estudo recém-lançado, onde foram inquiridos mais de 2.100 CIOs, os responsáveis pelos processos de transformação digital continuam empenhados na inovação e a obter cada vez mais valor a um ritmo acelerado. A maioria dos inquiridos considera que o investimento em tecnologia leva a um aumento dos lucros e a um crescimento no desempenho, com a adesão dos CIOs à adoção de ferramentas e de tecnologias emergentes a mais do que triplicar, sendo a inteligência artificial (IA), o data and analytics e o XaaS as três principais áreas de investimento.



Quase metade dos CIOs (48%) concorda que o desenvolvimento das suas prioridades no âmbito do ESG será o principal objetivo de inovação tecnológica, nos próximos dois anos.

Também a IA e o machine learning são prioridades, com mais metade (57%) dos CIOs a afirmar que estas tecnologias serão vitais para atingir os seus objetivos de negócio a curto prazo.

O relatório mostra adicionalmente que assegurar uma estratégia de cibersegurança desde “o momento zero" está a tornar-se um princípio indispensável na implementação da tecnologia: 62% das empresas concluem que a gestão do risco nas fases iniciais dos projetos, com segurança e controlo integrados desde o início, aumenta significativamente as taxas de sucesso dos processos de transformação digital. E em alguns países este número é ainda mais elevado: 74% no Brasil, 83% na China e 88% na Índia.

Mas há desafios: a maior ameaça aos processos de transformação digital das organizações está relacionada com a insuficiente colaboração entre as equipas - resultado de uma cultura de trabalho menos positiva e de uma fraca comunicação. Nove em cada dez CIOs inquiridos revela que a colaboração no seio da empresa seria mais eficiente se a sua função tecnológica fosse mais diversificada.

Na edição deste ano do Tech Report, 96% dos CIOs afirmam que a função tecnológica da sua organização pode ajudar a empresa a explorar com confiança o potencial das tecnologias emergentes. Dois terços destes líderes atingiram pelo menos a fase de implementação em projetos associados a tecnologias emergentes como o XaaS, o data and analytics, a IA e a automação.

Com 72% dos líderes digitais a registarem melhorias na produtividade dos seus colaboradores da área da transformação digital, em comparação com apenas 48% das outras empresas, e com cerca de 70% a afirmar que melhoraram o envolvimento por parte dos clientes, constata-se que os potenciais benefícios desta adoção são enormes.