CEOs redefinem as regras para o crescimento dos negócios
CEOs redefinem as regras para o crescimento dos negócio
Dois terços dos CEOs concordam que a agilidade é a nova moeda dos negócios e reconhecem que a resistência à mudança pode comprometer o crescimento das organizações, tornando-as irrelevantes.
Os CEOs deparam-se com uma escolha difícil. Perante uma transformação a nível ambiental, económico e tecnológico sem precedentes, os CEOs a nível mundial são confrontados com decisões associadas a um elevado grau de incerteza. Líderes de várias empresas à escala mundial procuram expandir os seus negócios através da criação de uma estrutura organizacional ágil que lhes permita romper com os modelos tradicionais e responder às exigências do novo mercado, desafiando o rigor do antigo.
De acordo com a 5ª edição do Global CEO Outlook realizado pela KPMG Internacional, mais de metade dos CEOs afirma estar confiante relativamente ao crescimento das suas empresas, mas permanece realista. 53% projecta um crescimento cauteloso (2% em três anos), contrastando com 55% na passada edição. Tal como em 2018, a maioria dos líderes afirma manter uma perspectiva de crescimento positiva nos próximos três anos para a economia global, embora essa perspectiva apresente uma ligeira descida relativamente ao ano passado (67% para 62%). A confiança no crescimento torna-se ainda mais evidente através do compromisso demonstrado para com a contratação de novos colaboradores: 36% dos CEOs planeia reforçar a sua mão-de-obra em 6% num horizonte de três anos.
Bill Thomas, Global Chairman da KPMG, acrescenta: “Hoje em dia, um CEO bem-sucedido é um CEO ágil.” Para o líder da KPMG Internacional, “Ser bem-sucedido num mundo de volatilidade e incerteza requer diversas competências de liderança, particularmente no que diz respeito às grandes multinacionais. Não se trata apenas de uma questão de defender a sua posição e tomar medidas que visem manter a vantagem competitiva. Actualmente, os CEOs necessitam de ter a audácia para interromper os seus modelos de negócio caso necessário, construindo novas parcerias, considerando estratégias alternativas de Fusões & Aquisições (M&A – Mergers and Acquisitions) e reforçando, dessa forma, a experiência da sua workforce.”
Alterações climáticas no centro de um ambiente organizacional multirrisco
As alterações climáticas foram apontadas pelos CEOs como a principal ameaça ao crescimento das empresas (é a primeira vez em cinco anos que este aspecto se sobrepõe a factores tecnológicos, territoriais, de cibersegurança e operacionais) porém, com uma pequena margem entre todas as vertentes, é possível concluir que se trata de um cenário complexo e susceptível a alterações.
Inovação desconectada
A grande maioria do CEOs (84%) acredita que, considerando a conjectura actual do mercado, é necessário promover uma cultura de “fail-fast” nas organizações, na qual os erros possibilitam uma rápida aprendizagem. No entanto, apenas 56% assume que este tipo de cultura esteja em vigor na sua empresa. Oito em cada dez CEOs (84%) afirmam ainda que procuram alterar a composição das suas equipas de liderança a fim de desafiar o status quo.
Cibersegurança como catalisador da inovação
A cibersegurança continua no topo da agenda dos CEOs, ainda que apresentando uma descida da segunda para a quarta posição relativamente ao ano passado, enquanto uma das principais ameaças ao crescimento dos negócios. Em 2019, um número superior de CEOs (69% em comparação com 55% em 2018) considera prioritária a criação de uma estratégia robusta de cibersegurança para promover a confiança dos seus stakeholders, sendo que a maioria (71%) considera ainda que a segurança da informação é um factor-chave para a sua estratégia de inovação.
Aquisição de expertise através de M&A
Para muitos CEOs as M&A representam, actualmente, a principal oportunidade para actualizar as competências digitais das equipas. Uma estratégia proactiva de M&A está na agenda de 84% dos CEOs durante os próximos três anos. No cerne da adesão a este tipo de transacções está o facto de que, através de M&A, as organizações conseguem transformar os seus modelos de negócio mais rapidamente do que dando primazia a um crescimento orgânico.
Investimento de capital
Quando solicitados a priorizar a aquisição e novas tecnologias ou o desenvolvimento da sua mão-de-obra, de forma a aumentar a resiliência das suas empresas, grande parte dos CEOs (68%) opta pela aquisição de novas tecnologias.
Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial (IA) é um tema tido em conta pela maioria dos CEOs, no entanto, apenas 16% admite ter aderido totalmente à implementação de programas de IA e automação. Outros 31% afirmam que, nas suas organizações, a implementação da IA encontra-se numa fase experimental, enquanto 53% informa ter implementado a Inteligência Artificial de um modo limitado. Ainda assim, a grande maioria (65%) admite estar confiante de que a IA criará mais postos de trabalho do que aqueles que destruirá.
Bill Thomas acrescenta: “O inquérito deste ano diz-nos que entrámos numa nova era de liderança. A agilidade vem do equilíbrio entre a intuição de um CEO e a confiança que os dados lhe transmitem. As decisões estratégicas exigem informação que não tenha um conceito pré-definido. Já não basta conseguir muita informação, em detrimento disso, os CEOs devem usufruir da tecnologia para conseguir obter informação de qualidade. Só assim estarão aptos a desenvolver a resiliência organizacional necessária para impulsionar o crescimento.”
Para Vitor Ribeirinho, Deputy Chairman da KPMG Portugal, “O CEO Outlook é um marco anual nos insights fornecidos ao mercado pela KPMG. O objectivo é essencialmente fornecer pistas de como responder às principais preocupações dos CEOs a nível global para garantir um crescimento sustentado quer a nível empresarial quer da economia como um todo. Este ano, mais uma vez os dados demonstram a relevância da tecnologia para a optimização e segurança do negócio, bem como das M&A para a entrada em novas áreas mais disruptivas e para acelerar o desempenho através de conhecimento especializado.“
Nota: A presente edição aborda os resultados globais do Global CEO Outlook da KPMG e, durante o terceiro trimestre de 2019, a KPMG Portugal divulgará os resultados da edição Global CEO Outlook com foco na realidade portuguesa. Naquela que será a segunda edição portuguesa do Global CEO Outlook, serão partilhadas as visões, perspectivas e expectativas dos CEOS e líderes de algumas das principais organizações a operar em Portugal e, na mesma edição, serão comparados os dados nacionais com os resultados globais do estudo agora divulgado.
Global CEO Outlook
Agora no seu quinto ano, o CEO Outlook da KPMG fornece uma visão detalhada a três anos de milhares de executivos de todo o mundo sobre o crescimento económico e empresarial. Em cada ano, o estudo tem em conta as respostas de pesquisas anteriores para ajudar a garantir uma visão consistente da economia global de ano para ano. Também inclui perguntas novas e alteradas para apreender as perspectivas dos CEOs sobre os tópicos mais relevantes do mercado.
A pesquisa de 2019 abrange 1300 CEOs de 11 geografias (Austrália, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Holanda, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos da América) e 11 sectores (gestão de activos, automóvel, bancário, retalho, energia, infra-estruturas, seguros, ciências biológicas, indústria, tecnologia e telecomunicações).
Um terço das empresas entrevistadas tem mais de $10 mil milhões em receitas anuais, e não existem respostas de empresas abaixo de $500 milhões. A pesquisa foi realizada entre 8 de Janeiro e 20 de Fevereiro de 2019. NOTA: alguns números podem não totalizar 100% devido a arredondamentos.
Sobre a KPMG
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