Como parceiro estratégico de longa data do World Economic Forum (WEF), a KPMG desempenha um papel essencial no apoio à missão do Fórum. Líderes de todo o mundo participam no WEF para se envolverem num diálogo crítico que traz questões importantes para o cenário global.

É uma oportunidade única para reunir pessoas, promover a colaboração público-privada e trabalhar com outras pessoas. É assim que desenvolvemos soluções que podem ajudar a construir um futuro sustentável. Together. For Better.

Tópicos no WEF 2024

Numa altura em que a Terra, os seus habitantes e as empresas enfrentam uma série de crises, a reunião em Davos sublinha a necessidade de um maior diálogo e de cooperação público-privada.

O espetro de temas abrange desde estruturas políticas atuais, mudanças geopolíticas, problemas ambientais, digitalização, até direitos humanos e educação.

Saiba tudo o que aconteceu em Davos 2024:

Dia 1


UM COMEÇO EMOCIONANTE EM DAVOS 2024

O dia 15 de janeiro começou com uma reunião para analisar o estado do mundo de uma forma estratégica e sistémica.

No rescaldo da COP28, o mundo sabe que não estamos onde devíamos estar quanto ao aquecimento global e combate às alterações climáticas. Precisamos de Tecnologia, inovação e IA (Inteligência Artificial) para acelerar o progresso para a descarbonização.

Todos os desafios que enfrentamos, na atualidade, estão interligados.

O primeiro dia de Davos começou com uma projeção do que será a semana de 15 a 19 de janeiro, assente em temas como a segurança, economia, Inteligência Artificial e alterações climáticas.

 

Ao longo desta semana, a KPMG esteve atenta ao desenrolar do evento na Suíça, a fim de manter os nossos clientes e parceiros esclarecidos e atualizados.

Dia 2


OS LÍDERES MUNDIAIS PRECISAM DE SE UNIR

No segundo dia do Fórum, o apelo à colaboração global foi constante, numa altura em que os conflitos em Gaza e a guerra na Ucrânia ameaçam a segurança e a economia global.

A mensagem latente foi a de que é preciso reforçar a resiliência e a segurança a nível mundial.

O presidente do World Economic Forum, Børge Brende, relembrou que esta colaboração é cada vez mais importante, devido ao complexo contexto geopolítico e geoeconómico em que Davos se insere.

Também Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, afirmou que “este é um momento para impulsionar a colaboração global mais do que nunca”, reforçando ainda que a Europa está numa posição única para promover a solidariedade e a cooperação global.

Outro momento importante do encontro foi o discurso do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que insistiu na necessidade de apoio ao país contra a invasão russa, avisando que Putin “não vai mudar”. Por seu lado, o Ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radek Sikorski, apontou a necessidade de a Europa aumentar a produção de armamento «para apoiar a Ucrânia e assegurar a sua própria defesa».

Prevê-se que a economia mundial permaneça incerta, ao longo de 2024.

É preciso união e que tomemos decisões necessárias para alcançar a paz e a segurança para todos.

Dia 3


AS PROJEÇÕES NÃO SÃO INALTERÁVEIS

Ao terceiro dia, as “competências” (skills) foram um dos temas abordados nas intervenções, bem como a sua relação com a Inteligência Artificial, com alguns dos oradores a destacarem a necessidade de as novas oportunidades trazidas por esta nova era serem acompanhadas por regulação, governança e equidade entre países.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, apelou à criação de empregos que apoiem a transição “verde”, a par do investimento em inteligência artificial e clima, sublinhando que a educação tem de ser mais relevante para as necessidades do mercado de trabalho e em resposta à IA.

O secretário-geral das Nações Unidas relembrou que não é possível construir um futuro “para os nossos netos com um sistema construído para os nossos avós”.

António Guterres alertou sobre como as divisões geopolíticas estão a impedir o crescimento económico, "a instabilidade política está a aumentar a insegurança económica".

Pedro Sánchez, Primeiro-Ministro espanhol, apelou a um novo modelo de crescimento, que tire partido do conhecimento e das novas ferramentas de que dispomos para associar o crescimento económico à sustentabilidade ambiental e à prosperidade para todos".

Falando sobre o contexto económico atual e no espírito do Fórum de “reconstruir a confiança”, a líder do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, apontou o otimismo existente relativamente ao que é possível fazer para revitalizar o crescimento económico sob o impulso das competências e da tecnologia. Para Lagarde, “os economistas necessitam de uma maior colaboração e discussão com outras disciplinas”.

Dia 4


OS SERES HUMANOS, CADA VEZ MAIS, VÃO TER FERRAMENTAS MELHORES

A ligação entre geopolítica, Inteligência Artificial e regulação foi abordada na quarta sessão do Fórum, com o político britânico Jeremy Hunt a alertar para a necessidade de “regulação e de colaboração global”, uma vez que ainda “não se conhece todo o seu potencial”.

Na mesma linha, Kyriakos Mitsotakis, Primeiro-Ministro grego, defendeu que tanto o setor público, como o setor privado têm de juntar-se para abordar as preocupações que a utilização da IA traz.

No campo do investimento e do financiamento, e num contexto de incerteza, Ngozi Okonjo-Iweala, Diretora-Geral da Organização Mundial do Comércio, defendeu que “sem um comércio livre não acredito que consigamos recuperar”, estabelecendo uma relação mútua entre o comércio, o investimento e o crescimento económico. 

Dia 5


O SENTIDO DE URGÊNCIA É A NOSSA "SALVAÇÃO"

As alterações climáticas, à semelhança da instabilidade do contexto mundial, ocuparam o pano de fundo (e o primeiro plano) das discussões sobre economia, desenvolvimento, comércio e o futuro mundial.

Ajay Banga, Presidente do Grupo do Banco Mundial, defendeu que o sentido de urgência é a única coisa que nos pode salvar e que vivemos uma “crise existencial climática”. Uma ideia acompanhada por outros oradores, como a especialista em saúde pública Vanessa Kerry, que alerta que a “crise climática é também uma crise de saúde”.

O progresso tecnológico é um pré-requisito para as empresas que procuram cumprir metas climáticas ambiciosas. A IA e a inovação devem promover a capacidade tecnológica e, ao mesmo tempo, apoiar futuros mais eficientes em termos energéticos e sustentáveis.

Ficou também claro, no final desta semana, que as alterações climáticas são um problema e uma responsabilidade de todos e que a solução só pode ser encontrada à escala global e envolvendo todos, com uma responsabilidade acrescida para os países desenvolvidos. O sindicalista Luc Triangle defendeu que a “reconstrução da confiança não pode estar limitada a um certo número de países. Tem de incluir o mundo todo”, numa busca por uma aproximação e igualdade entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento, em que os primeiros têm um papel importante no financiamento dos segundos.

A 54.ª Reunião Anual do World Economic Forum (WEF) em Davos-Klosters, na Suíça, teve como foco principal reconstruir a confiança num contexto mundial de incertezas e mudanças rápidas. É com muito entusiasmo que a KPMG pretende contribuir e colaborar com líderes e atores relevantes nos debates sobre a estratégia e iniciativas para o clima, natureza e energia rumo a um futuro sustentável e resiliente, alavancando a digitalização e a inteligência artificial como ferramentas.



João Torres

Director de ESG
KPMG in Portugal

Os temas em foco em Davos 2024

O 54º encontro em Davos, sob o tema “reconstruir confiança”, dividiu-se em 4 temas chave que permitem acompanhar os tópicos em discussão: 

"Com um mundo repleto de ameaças e conflitos, temos cada vez mais necessidade de encontrar soluções de cooperação que sejam “win-win” para todos os lados. Em Davos esperamos que líderes de vários setores, incluindo o governo e as empresas se possam reunir para explorar formas de promover a colaboração e enfrentar os desafios colocados por uma sociedade fragmentada."

Alexandre Correia
Partner de Advisory




"Tecnologia, inovação e formação. Estes são três eixos essenciais para que as empresas possam continuar a criar valor na sociedade e a contribuir diariamente para o crescimento das suas Pessoas. São três pilares que seguimos na KPMG, com a certeza de que a verdadeira transformação terá tanto de humano como de digital."

Catarina Azevedo
People & Culture Director


"A Inteligência Artifical é em simultâneo um tema altamente discutido e ainda com muitas perguntas por responder. Interessa perceber efetivamente como pode ser usada para benefício de todos e como se equilibra com uma sociedade curiosa, ávida de crescimento, mas também receosa do que algumas indefinições possam trazer."

Rui Gonçalves
Partner de Advisory

"A expetativa pós a COP28 para alcançar neutralidade carbónica em 2050 e transitar dos combustíveis fósseis para fontes alternativas, coloca, aos presentes em Davos, o desafio de encontrar respostas e caminhos para ultrapassar as atuais barreiras ao cumprimento deste ambicioso objetivo."

Pedro Cruz
Partner de Auditoria e ESG Coordinator