Galp
A KPMG tem o prazer de trabalhar lado a lado com stakeholders que apostam num futuro promissor.
A Galp fez questão de orientar e rever as fundações do seu Roadmap de Sustentabilidade tendo como objetivo direcionar a sua atenção para prioridades, assegurando uma execução objetiva e disciplinada das iniciativas ambientais, sociais e de governo em todas as Unidades de Negócio e equipas do Centro Corporativo.
Obrigado Galp!
Falámos com Cláudia Santiago, Head of Sustainability da Galp, que nos contou como foi a experiência de utilizar o exercício da Dupla Materialidade da KPMG
Leia aqui o testemunho:
1.
A análise de Dupla Materialidade, numa entidade complexa de multi-geografia e multi-negócios como a Galp, tem os seus desafios. Quais têm sido os mais relevantes no caso da vossa jornada?
A Galp, enquanto empresa integrada de energia, apresenta um portfólio diversificado, com projetos e negócios em diferentes fases de execução e maturidade, e com uma significativa dispersão geográfica.
De forma a que os resultados da Dupla Materialidade refletissem estas diferentes realidades e contextos tornou-se fundamental envolver uma equipa alargada e multidisciplinar de focal points estratégicos da Galp. Esta abordagem participativa exigiu, em primeiro lugar, contextualizar os vários intervenientes sobre o conceito e propósito da Dupla Materialidade, assim como apoiá-los de forma muito próxima na realização do exercício de avaliação, considerando a subjetividade inerente ao processo e a necessidade de garantir que a consolidação dos resultados finais refletissem uma visão unificada e representativa do Grupo Galp.
Acresce a este desafio, a ausência de guidelines detalhadas nas ESRS sobre o processo de avaliação da dupla materialidade, o que por um lado permite às empresas se ajustar aos diferentes contextos e formas de trabalhar, mas por outro obriga a inúmeras discussões e partilha de ideias para garantir que estamos no caminho certo.
2.
De que forma a colaboração com a KPMG contribuiu para a superação destes desafios?
Sendo este o primeiro exercício de Dupla Materialidade da Galp, o conhecimento da KPMG sobre as ESRS e sua aplicabilidade, foi fundamental para capacitar a nossa equipa e proporcionar-nos confiança na robustez do processo interno que estávamos a construir para o propósito. Adicionalmente, a equipa KPMG demonstrou grande agilidade em se adaptar aos procedimentos que melhor se adequavam à Galp, à medida que a nossa análise interna evoluía, conseguindo analisar e consolidar de forma estruturada um volume significativo de informação, proveniente das várias equipas da Galp.
3.
Que papel tem a análise de Dupla Materialidade no processo de integração de considerações de sustentabilidade nas operações e decisões estratégicas da Galp?
O resultado do exercício da Dupla Materialidade está a orientar a revisão das fundações do nosso Roadmap de Sustentabilidade, em alinhamento com os temas identificados como materiais.
O objetivo desta revisão é o de direcionar a nossa atenção para as prioridades, assegurando uma execução objetiva e disciplinada das iniciativas ambientais, sociais e de governo em todas as Unidades de Negócio e equipas do Centro Corporativo.
4.
Para as empresas que estão a iniciar a sua jornada de consolidação de informação não financeira ou a análise de dupla materialidade, quais os principais conselhos que daria?
A análise da Dupla Materialidade é um excelente suporte para focar as empresas nos tópicos prioritários, mesmo para aquelas que não estão abrangidas pelo âmbito da CSRD. Embora o objetivo seja sempre ampliar a ambição de atuação nos vários tópicos de sustentabilidade, consideramos fundamental começar a construir essa estrutura de consolidação de informação não financeira de forma gradual. É importante identificar os tópicos materiais, as respetivas informações a reportar, e trabalhar no framework de controlo interno dessa mesma informação. Para quem está a iniciar esta jornada, este processo pode ser avassalador, sendo o suporte de empresas especializadas, como a KPMG, uma ajuda fundamental.