• Infraestruturas de IA sustentáveis, diversidade de dados e sólidas barreiras éticas estão entre as principais estratégias para construir economias mais justas e orientadas para a inteligência em todo o mundo.
  • A publicação Blueprint for Intelligent Economies  descreve as medidas práticas para a adoção inclusiva da IA, centrando-se na inovação, na colaboração e no desenvolvimento ético.

O World Economic Forum (WEF), em colaboração com a KPMG, publicam, em Davos, um novo estudo “Blueprint for Intelligent Economies”, que mostra como a Inteligência Artificial (IA) pode impulsionar o crescimento económico inclusivo e o progresso social.

O relatório define nove objetivos estratégicos para apoiar os líderes em todas as fases do percurso da implementação de IA: a inovação, o desenvolvimento, a implantação e a adoção a nível nacional, regional ou mundial. A publicação faz parte da iniciativa AI Competitiveness through Regional Collaboration Initiative, e aborda as disparidades no acesso à IA, nas infraestruturas, na computação avançada e nas competências que deverão ser adquiridas. Além disso, fornece informações práticas e apresenta case studies bem-sucedidos destinados a informar os governos e outros stakeholders sobre os vários níveis de maturidade da IA, e os ecossistemas mais inclusivos e resilientes em todo o mundo.

Segundo Rui Gonçalves Partner & Head of Technology Consulting da KPMG Portugal: “A Inteligência Artificial será o propulsor da Quarta Revolução Industrial. Permitirá impulsionar o crescimento económico e estimular a inovação em todas as indústrias e sociedades. É necessário, portanto, assegurar que esse desenvolvimento é feito de modo sustentável e equitativo. Este estudo, apresentado na reunião anual do Fórum Económico Mundial em Davos, tem essa importante perspetiva e explica como os governos, as empresas, o meio académico e a sociedade civil podem colaborar com o objetivo de garantir que o crescimento impulsionado pela IA seja inclusivo para todos.”

“Tirar partido da IA para o crescimento económico e para o progresso social é um objetivo partilhado, mas as várias geografias têm pontos de partida muito diferentes”, afirma Cathy Li, Diretora de IA, Dados e Metaverso do Fórum Económico Mundial. “Este plano serve como uma bússola, orientando os decisores para uma colaboração focada no impacto e em soluções práticas que podem desbloquear todo o potencial da IA”.

No relatório destacam-se três principais objetivos estratégicos: a construção de infraestruturas de IA sustentáveis, essencial para desbloquear o potencial de crescimento das economias; a curadoria de alta qualidade dos dados, cruciais para o desenvolvimento de modelos de IA equitativos, precisos e justos, mas que ainda apresenta vários desafios, como a acessibilidade, o desequilíbrio e a responsabilidade; a promoção de proteções éticas e seguras, de forma a assegurar que a IA beneficia a sociedade ao mesmo tempo que reduz os riscos. Estabelecer normas que impeçam a utilização incorreta, a parcialidade e as violações éticas será fundamental e ajudará a fomentar a confiança na IA bem como a promover o seu desenvolvimento e utilização responsável.

Outro dos pontos a sublinhar é a importância da colaboração entre os setores público e privado para acelerar a adoção da IA em todo o mundo. Ao implementar políticas de apoio e incentivar a inovação e programas de aprendizagem contínua, os governos podem promover o potencial da IA na sociedade.

O estudo baseia-se em conhecimentos globais e fornece quadros adaptados aos vários países em diferentes fases de desenvolvimento da IA. Embora cada região enfrente desafios únicos, este projeto salienta a importância de adaptar soluções bem-sucedidas de outros locais. Por exemplo, uma estrutura regional para a partilha de infraestruturas de IA e de recursos energéticos, pode ajudar a ultrapassar as limitações de recursos nacionais, enquanto as bases de dados centralizados podem criar conjuntos de dados locais inclusivos que reflitam as necessidades de diversas comunidades. As parcerias público-privadas também podem permitir o acesso a dispositivos preparados para IA a preços acessíveis, ajudando empreendedores locais a adotar tecnologias de IA e a expandir as suas operações.

O estudo pode ser consultado na íntegra aqui.

Sobre a KPMG

A KPMG é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços de auditoria, fiscalidade e consultoria. Estamos presentes em 142 países e territórios com mais de 275 mil profissionais a trabalhar nas firmas membro a nível mundial. Em Portugal, a KPMG tem escritórios em Lisboa, Porto e Évora com 84 membros da Partnership e mais de 1700 colaboradores. De forma apaixonada e com propósito trabalhamos lado a lado com os nossos clientes, combinando abordagens inovadoras com uma vasta experiência, de forma a entregar resultados efetivos.