KPMG ESG Insights

ESG para líderes

Na primeira edição da KPMG ESG Insights de 2025, você irá conferir uma entrevista com Felipe Salgado, sócio-diretor líder de Descarbonização da KPMG no Brasil. O executivo compartilha suas percepções sobre a regulamentação do mercado de créditos de carbono e a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE).

Para reflexão...

No início de janeiro, foi sancionada a Lei
n.º 15.088/25, que proíbe a importação de resíduos sólidos e rejeitos, incluindo papel e derivados, plástico, vidro e metal. Vale ressaltar que, até a publicação da Lei, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) apenas proibia a importação de resíduos perigosos e rejeitos que causassem danos ao meio ambiente e à saúde pública.

Embora a proibição seja de fato uma boa notícia e um avanço, de acordo com dados do estudo “Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil”, elaborado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), o País ainda envia 35% dos resíduos sólidos urbanos para lixões. Nesse cenário, a economia circular figura como fundamental para a sociedade avançar no tema.

Como a sua empresa realiza a gestão de resíduos sólidos? Vale definir estratégias que busquem promover um processo sustentável.

ESG na prática

Projetos para a COP30

Uma iniciativa, formada por empresas, associações setoriais e organizações da sociedade civil, foi elaborada no intuito de contribuir com a descarbonização do setor brasileiro de Transportes. Segundo o estudo “Net Zero Readiness Report 2023”, elaborado pela KPMG, cerca de 16% das emissões de gases de efeito estufa advêm desse segmento. A coalização irá propor recomendações que serão inseridas no “Plano do Clima”, atualmente em elaboração pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e será debatido na COP30. Esta é uma excelente oportunidade para o Brasil fortalecer o seu protagonismo na transição energética.

No Brasil

Incentivo a combustíveis renováveis

Foi aprovado, no estado de São Paulo, um Projeto de Lei que estabelece a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de veículos movidos a hidrogênio, híbridos e flex, além de ônibus e caminhões movidos a hidrogênio ou gás natural, incluindo biometano. O benefício está em vigor desde 1º janeiro de 2025 e permanecerá até 2026. A partir de 2027, o Estado vai impor alíquotas progressivas para os veículos; ônibus e caminhões ficarão isentos até 2029. O foco é reduzir a emissão de poluentes e incentivar uma matriz energética mais limpa.

Aliança para descarbonização do setor Industrial

Com o objetivo de descarbonizar o setor Industrial, os governos do Brasil e do Reino Unido firmaram uma parceria. A iniciativa, intitulada “Hub da descarbonização”, visa não apenas elaborar políticas conjuntas em busca da transição para energia limpa do setor, mas também atrair investimentos de outros países. Para a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), no Brasil, o desafio é criar modelos de negócios capazes de difundir tecnologias de baixo carbono aliadas ao crescimento econômico.

Brasil em premiação da ONU

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) anunciou os ganhadores do “Prêmio Campeões da Terra 2024”, e a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, foi uma das seis pessoas homenageadas por sua liderança excepcional, ações corajosas e soluções sustentáveis para combater a degradação da terra, a seca e a desertificação. A premiação, a maior honraria ambiental da ONU, reconhece figuras notáveis que atuam para proteger as pessoas e o planeta.

No mundo

Acordo sobre poluição plástica segue sem definição

Os 170 países que se reuniram na Conferência Global sobre Poluição Plástica, realizada em Busan (Coreia do Sul), entre novembro e dezembro de 2024, não chegaram a um acordo final. Entretanto, os representantes devem debater a questão novamente neste ano. No encerramento da sessão, a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen, reconheceu os avanços e as “divergências persistentes” em áreas essenciais do documento. Para a porta-voz, “está claro que é necessário mais tempo para abordar pontos de discordância”.

Europa investe em tecnologias limpas

A Comissão Europeia anunciou que investirá € 4,6 bilhões para impulsionar tecnologias de baixo carbono, tais como células de baterias para veículos elétricos e hidrogênio renovável. Os recursos são provenientes do Fundo de Inovação, o qual utiliza receitas do Sistema de Comércio de Emissões (ETS) da União Europeia. Em nota, a Comissão declarou que o aporte demonstra o compromisso do bloco em cumprir os objetivos de descarbonização e em apoiar a competitividade das indústrias locais.

Regras mais rígidas para emissões de metano

A China divulgou regras mais firmes sobre a quantidade de metano liberada durante a extração de carvão, em um esforço para reduzir as emissões do gás. Com as novas diretrizes, minas que liberam emissões com conteúdo de metano de 8% ou mais devem capturar e destruir o gás que não pode ser utilizado. Todas as novas minas terão de cumprir os requisitos até abril de 2026, enquanto as existentes terão um prazo de adaptação até abril de 2027.

KPMG - Impactando a agenda ESG

Guia ESG do setor Supermercadista

A terceira edição do “Guia ESG do setor Supermercadista Brasileiro”, elaborado pela KPMG e pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), aborda avanços e desafios nas práticas ESG em supermercados de diferentes regiões e portes no Brasil. O guia visa promover e analisar a implementação de práticas de sustentabilidade no setor, além de fornecer uma visão detalhada a respeito da maturidade das empresas supermercadistas em relação às práticas ESG. Leia na íntegra!

Para nossa rede

Due diligence ESG

A due diligence dos fatores ESG tem se tornado uma prática cada vez mais importante para investidores. Tendo em vista a relevância do tema, a KPMG liderou a pesquisa “Global ESG Due Diligence Study 2024” e entrevistou investidores de diferentes países, com o intuito de entender como eles utilizam o processo de due diligence dos fatores ESG para mitigar riscos. O estudo, além de contar com insights valiosos, fornece uma visão ampla acerca de como os negociadores do mercado analisam o assunto na hora de investir.

Nossas operações

2024: o ano mais quente já registrado

Em entrevista, a sócia-líder de ESG da KPMG no Brasil e One Americas, Nelmara Arbex, analisou os impactos das temperaturas extremas em 2024, apontado como o ano mais quente já registrado. Na entrevista, a especialista em Sustentabilidade também avaliou os impactos e as consequências do aquecimento global e explicou como isso pode impactar o meio ambiente, a sociedade e a economia. Assista!

Selo de Igualdade Racial

Pelo segundo ano consecutivo, a KPMG no Brasil integra o Programa Selo Igualdade Racial, iniciativa que reconhece empresas que contam com pelo menos 20% de profissionais negros em seus quadros. O Programa também ressalta a importância de as organizações fomentarem ações efetivas de conscientização e enfrentamento ao racismo. Essa renovação reflete o compromisso da KPMG com ambientesde trabalho diversos e inclusivos.

KPMG International é líder em serviços sociais ESG

As firmas-membro da KPMG foram reconhecidas pela ALM Intelligence como “líderes mundiais” em seu relatório “Pacesetter ESG: Social”. Segundo o documento, “a KPMG atua para desenvolver um framework ESG transformador, flexível e sustentado por dados e tecnologia, com impacto mensurável e valor a longo prazo”. O material também aponta a Organização como referência em sustentabilidade social e impacto ESG, atribuindo o título de “efeito transformador” ao trabalho realizado globalmente pela KPMG.

Tendências

Energia solar: expectativas positivas para 2025

De acordo com projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a fonte solar fotovoltaica, apenas em 2025, atrairá R$ 39,4 bilhões em investimentos e deverá gerar mais de 396,5 mil novos empregos em todas as regiões do País. Em nota, o CEO da Associação, Rodrigo Sauaia, declarou que, apesar dos desafios, o setor segue comprometido com a transição energética sustentável do Brasil e acredita que, neste ano, o crescimento contribuirá para fortalecer a sustentabilidade e atingir os compromissos ambientais do País.

A sustentabilidade e o mercado de trabalho

Investir em soluções baseadas na natureza (SbN) pode criar 32 milhões de empregos até 2030. É o que aponta o relatório “Trabalho Decente em Soluções Baseadas na Natureza 2024”, produzido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e pelo PNUMA. Segundo o estudo, em países de baixa renda, há oportunidades de emprego para populações vulneráveis. Globalmente, mais de 60 milhões de pessoas trabalham em atividades “SbN”.

Reino Unido avança rumo à independência energética

O Reino Unido anunciou um plano histórico de energia limpa para garantir sua independência energética até 2030. A estratégia se concentrará em realizar reformas abrangentes e, assim, modernizar a infraestrutura de energia do país, a qual ocorrerá por meio de expansão de financiamentos e com a ajuda do novo Projeto de Lei de Planejamento e Infraestrutura, que simplificará as aprovações para projetos de fontes renováveis ​​de larga escala. As medidas, consideradas ambiciosas, também visam impulsionar a economia e gerar empregos no País.

A nova meta climática do Canadá

O governo do Canadá anunciou uma nova meta climática no intuito de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 50% até 2035. O compromisso formará a base da próxima Contribuição Nacionalmente Determinadas (NDCs) do país que, por sua vez, terá de apresentar, ainda em 2025, todas as medidas que tomará para atingir seu objetivo. Em nota, o governo declarou que metas abaixo de 50% colocarão o Canadá para trás em seu propósito de emissões líquidas zero até o período mencionado, exigindo do país esforços ainda mais complexos e altos custos no futuro.

Direitos Humanos

Em dezembro de 2024, o 13º Fórum da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos reuniu 4.000 participantes de 156 países para debater temas como mudanças climáticas, direitos indígenas e de pessoas com deficiência, e a devida diligência em direitos humanos. Foi ressaltada a urgência de uma economia baseada em direitos humanos, com líderes e políticas públicas que priorizem pessoas e o planeta, além de medidas obrigatórias, lideradas por lideranças governamentais, para um avanço concreto do tema. Durante o evento, também foi apontado que, embora haja avanços globais no respeito aos direitos humanos, em algumas regiões persistem sérios problemas.

Conhecimento em pauta

ESG Journey | Descarbonização

Com a regulamentação do mercado de créditos de carbono e a entrada em vigor do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), o tema “descarbonização” ganhou ainda mais evidência. Para acompanhar de perto as mudanças e os avanços, bem como estar a par dos desafios e das oportunidades desse importante mercado, participe do treinamento da KPMG Business School (KBS)!


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