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A terceira edição do Guia ESG do Setor Supermercadista Brasileiro, elaborado pela KPMG e pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), aborda avanços e desafios nas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) em supermercados de diferentes regiões e portes no Brasil.

Realizado em agosto de 2024, o estudo contou com a participação de 120 empresas de diferentes portes e regiões do país. Entre elas, 10% estão no grupo das 30 maiores do setor, segundo o Ranking ABRAS 2024.

A iniciativa visa promover e analisar a implementação de práticas de sustentabilidade no setor. A partir dos dados obtidos, o Guia classificou os tópicos avaliados sob dois diferentes níveis de maturidade.

Assim, os indicadores primários fornecem uma visão geral das práticas ESG já implementadas e que são visíveis na operação cotidiana dos supermercados. Já os indicadores secundários avaliam a eficácia e a profundidade com que essas práticas são executadas. Confira a seguir alguns insights:

  • No aspecto ambiental, a pesquisa revela uma prevalência de indicadores primários em relação aos secundários em diversos temas, como a gestão de resíduos e logística reversa de embalagens, com 20 empresas indicando a eficiência na separação de resíduos, enquanto 19 apresentaram práticas efetivas de reciclagem.
  • A compostagem de resíduos orgânicos e o engajamento dos clientes, por outro lado, tiveram maior adesão aos indicadores secundários.
  • No uso de recursos hídricos, os dados mostram uma predominância de indicadores primários (59) sobre os secundários (19), indicando a necessidade de melhoria na gestão de vazamentos e perdas de água nas instalações.
  • A eficiência energética dos sistemas de refrigeração também apresentou um maior número de indicadores primários (59) comparados aos secundários (27), que incluem o uso de fontes de energia renovável.
  • No entanto, no campo logístico, os indicadores secundários relacionados à adoção de veículos sustentáveis (29) superaram os primários (19), mostrando um potencial de avanço nesse aspecto.
  • No pilar social, a redução do desperdício de alimentos com a adoção do selo “best before”, que sinaliza a data ideal para consumo do produto, está no campo dos indicadores primários com 47 das respostas.
  • A doação de alimentos também apresentou uma forte presença de indicadores primários (34), revelando que grande parte dos supermercados faz doações. No entanto, apenas 17 empresas indicaram realizar avaliações mais amplas sobre o impacto social dessas iniciativas, evidenciando que ainda há espaço para um acompanhamento mais robusto dessas ações.
  • No que diz respeito à governança, o estudo revela que o setor supermercadista brasileiro ainda se encontra nos estágios iniciais de implementação de estruturas formais. Os indicadores primários (41) demonstram que a maioria das empresas tem estabelecido práticas de governança básicas, como a criação de conselhos ou comitês.
  • No entanto, os indicadores secundários, que avaliam o alinhamento da cultura organizacional com os princípios de governança familiar e corporativa, mostram avanços modestos (22 empresas), sugerindo que o setor ainda tem desafios a enfrentar nesse quesito.

Estes são apenas alguns dos muitos tópicos de sustentabilidade explorados no Guia. A publicação é um importante marco para o setor, proporcionando uma visão abrangente e detalhada sobre a maturidade das empresas supermercadistas em relação às práticas ambientais, sociais e de governança. 

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