KPMG ESG Insights

Para reflexão...

Nos últimos meses, a União Europeia (UE) aprovou novas regulamentações ambientais que entrarão em vigor ainda no segundo semestre de 2024. As diretrizes podem ter impactos significativos nas empresas brasileiras, especialmente para aquelas que exportam, incluindo filiais ou fornecedoras de empresas europeias.

É possível citar alguns exemplos desse movimento recente de regulamentação: a Carbon Border Adjustment Mechanism (CBAM), cujo foco é prevenir a “exportação de carbono” com os produtos importados para UE; e a European Union Deforestation-Free Regulation (EUDR), que visa garantir que os produtos comercializados no bloco não sejam associados ao desmatamento.

No quesito transparência, a Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) e a Corporate Sustainability Due Diligence Directive (CSDDD) serão aplicadas para promoção das práticas de responsabilidade corporativa, encorajando projetos que contribuam com um desenvolvimento mais sustentável e ético.

A diretiva proposta também implicará um aumento drástico no número de empresas sujeitas aos requisitos de relatórios de sustentabilidade da UE. O Non-Financial Reporting Directive (NFRD), que está em vigor para relatórios sobre informações de sustentabilidade, abrange cerca de 11.700 organizações e grupos em toda a UE. Espera-se que o CSRD aumente o número de empresas sujeitas aos requisitos de relatórios de sustentabilidade para aproximadamente 49.000.

Em suma, as diretrizes exigirão que as empresas se adaptem, trazendo desafios financeiros e operacionais.

Sua empresa faz parte deste grupo?

ESG na prática

Selo Verde Brasil

O Programa Selo Verde Brasil, elaborado pelo Governo Federal com o Decreto n.º 12.063, define regras para a certificação de produtos e serviços que cumpram critérios de sustentabilidade, tratando de temas como rastreabilidade, pegada de carbono e eficiência energética. Coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a iniciativa visa, entre outros objetivos, fomentar a sustentabilidade na cadeia produtiva e a competitividade das empresas brasileiras. A adesão ao selo, que é voluntária, também ajudará a promover a economia verde, a inovação e a economia circular em todo o País.

No Brasil

Plano brasileiro de IA em prol da qualidade de vida

Durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, realizada entre os dias 30 de julho e 1º de agosto, foi lançado o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), um marco para o desenvolvimento tecnológico nacional. Com um investimento previsto de R$ 23 bilhões em quatro anos, o plano tem como principal objetivo transformar o País em uma referência mundial em inovação e eficiência no uso da inteligência artificial, especialmente no setor público. O PBIA busca ainda desenvolver soluções em IA que melhorem a qualidade de vida da população, otimizando a entrega de serviços públicos e promovendo a inclusão social.

Rastreabilidade de cafés brasileiros

A fim de atender a nova lei da União Europeia, a European Union Deforestation-Free Regulation (EUDR), o setor cafeeiro resolveu apostar numa plataforma própria para reunir informações que comprovem que sua produção está livre de desmatamento. Intitulada “Plataforma de Rastreabilidade Cafés do Brasil “, a ferramenta reúne dados disponibilizados em relatórios digitais, utilizados nos processos de due diligence da União Europeia, que receberá as informações do produto e realizará checagem anual dos dados a partir de dezembro deste ano, quando entrar em vigor a nova regulamentação.

O avanço das metas dos ODS

No último mês de julho, o Brasil apresentou na Organização das Nações Unidas (ONU) um levantamento da evolução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em todo o País. Refletindo o período de 2016 a 2022, o Relatório Nacional Voluntário detalha a evolução dos projetos nacionais em cada um dos 17 ODS das ONU.

No mundo

Dinamarca: novo imposto de carbono sobre emissões provenientes de rebanhos

O governo da Dinamarca anunciou a introdução do primeiro imposto de carbono sobre emissões de gado do mundo, a partir de 2030. A previsão é que seja cobrado dos produtores de gado um imposto efetivo de DKK 120 (US$ 17) por tonelada de CO2 em 2030, aumentando para DKK 300 (US$ 43) em 2035. Segundo o governo dinamarquês, a estimativa é que o acordo ajude a reduzir as emissões em 1,8 milhão de toneladas de CO2 em 2030; os lucros do imposto serão devolvidos ao setor por meio de um fundo de apoio à transição verde.

Arábia Saudita convida startups de todo o mundo para capturar carbono

A Arábia Saudita lançou o “Desafio de Captura e Utilização de Carbono”, uma iniciativa que convida startups do mundo todo a apresentarem soluções para redução de emissões de carbono por meio de transformações sustentáveis ​​de sistemas, incluindo avanços em tecnologias de captura e novas aplicações do gás para integração industrial. O desafio faz parte dos esforços do país para atingir o net zero até 2060 e pretende mitigar o impacto das emissões de carbono, transformando-o em um recurso valioso. Os vencedores da competição serão reconhecidos como líderes inovadores e receberão uma recompensa.

KPMG - Impactando a agenda ESG

Mulheres em movimento

Carreira, ESG e o avanço da inteligência artificial (IA) estão entre os temas abordados na pesquisa “Mulheres em Movimento: transformando o presente e construindo o futuro”. O levantamento, que contou com a participação de 75 executivas, foi realizado durante o encontro anual do KPMG Network of Women (KNOW), realizado em março. Os dados obtidos ressaltam a disposição das lideranças femininas no que se refere à implementação de novas tecnologias e de estratégias de negócios vinculadas aos pilares ESG. Confira os insights na íntegra!

Para nossa rede

Os principais riscos divulgados pelas empresas abertas

A nona edição do estudo “Gerenciamento de riscos 2024: os principais fatores de risco divulgados pelas empresas abertas brasileiras” analisa os 25 fatores de risco mais citados nos Formulários de Referência de 282 organizações. A análise indica que os eventos climáticos extremos ganharam atenção, sobressaindo-se como áreas de preocupação crescente para as empresas e corroborando para a percepção de que a sustentabilidade corporativa é cada vez mais presente nas estratégias de negócio.

ESG no setor de Seguros

As principais empresas do setor de Seguros compreendem a agenda ESG como uma oportunidade de crescimento e de promoção de mudanças positivas para a sociedade. O segmento também tem implementado mecanismos para medir seus avanços, criando, por exemplo, metodologias para avaliar riscos e construindo ambientes de trabalho mais justos. Saiba mais!

Nossas operações

Centro de apoio para elaboração de relatórios sobre impactos climáticos

Recentemente, a KPMG International apresentou o Clear on Climate Reporting Hub, um centro digital cujo propósito é ajudar as empresas a fornecerem relatórios para investidores e reguladores acerca das implicações financeiras dos riscos e das oportunidades relativas ao clima em seus negócios. O hub também dispõe de uma série de recursos que abrangem perguntas frequentes para ajudar a identificar os potenciais impactos nas demonstrações financeiras corporativas, além de materiais sobre o assunto.

Melhor consultoria no tema impacto social

A KPMG no Brasil foi recentemente classificada como “Excellent” pelo ranking da Leaders League “Best Consulting Firms for Social Impact – 2024”. A Organização alcançou o segundo grau mais alto de classificação, logo atrás do nível “Leading”. Trata-se de um reconhecimento de grande relevância, pois esses relatórios fornecem insights valiosos que embasam decisões estratégicas nas empresas. As colaborações firmadas pela KPMG para atender ao mercado nesse tema fez toda a diferença. Confira os detalhes!

KPMG no Prêmio Visão Agro: de olho no mercado de Bioenergia

A KPMG foi homenageada na 13ª edição do “Prêmio Visão Agro Centro-Sul”, na categoria “Auditoria”, sendo indicada entre as organizações que fizeram a diferença no mercado Bioenergético nacional entre o ciclo 2023 e 2024. Organizada pela Revista Visão Agro, a premiação reconhece as empresas fornecedoras de produtos e serviços que se destacaram nos principais setores do Agronegócio, especialmente em áreas de transformação e produção.

Tendências

Transição setorial: Brasil é o primeiro país a integrar o ITA

O Brasil é o primeiro país parceiro do Acelerador da Transição Industrial (ITA), uma iniciativa global cujo objetivo é descarbonizar setores industriais de altas emissões. A parceira foi firmada por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e também visa fomentar indústrias mais sustentáveis com a ajuda do do Programa de Apoio a Projetos, o qual identificará iniciativas com grande potencial de descarbonização. Saiba mais!

Brasil e ONU pelo avanço na agenda ambiental

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) assinaram um memorando para reforçar iniciativas ligadas à sustentabilidade, fortalecendo o compromisso do Brasil com agendas ambientais e de desenvolvimento sustentável. O documento destaca quatro áreas principais de atuação: ação climática; ação para a natureza; ação contra produtos químicos e poluição; e fortalecimento da governança ambiental.

Aliança global contra fome e pobreza

Com o propósito de ampliar as bases para a erradicação da fome e da desigualdade no mundo, a presidência brasileira do G20 formalizou a “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, que estabelece um mecanismo prático para mobilizar recursos financeiros e conhecimento de países e entidades. A iniciativa também tem o intuito de ampliar políticas públicas de longo prazo ligadas aos temas da coalizão. A expectativa é que a Aliança seja definitivamente lançada em novembro, durante a Cúpula de Líderes do G20.

Conhecimento em pauta

ESG Journey | Rastreabilidade e ESG na Cadeia de Valor

Em janeiro de 2025, o Regulamento de Combate ao Desmatamento da União Europeia (EUDR) entrará em vigor. Com isso, a rastreabilidade das cadeias produtivas será essencial, visto que as empresas terão de garantir o compliance com a diretriz, além de cumprir outras exigências relacionadas à governança e à responsabilidade socioambiental. Participe e acompanhe de perto as mudanças que estão por vir!

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Esperamos que a leitura tenha sido inspiradora.

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