No primeiro trimestre de 2023, houve uma queda de 30% nas fusões e aquisições em comparação ao mesmo período do ano anterior. Foram realizadas 372 operações, em contraste com as 553 negociações fechadas nos três primeiros meses de 2022.
Embora o recuo no número das operações não seja um fator positivo, quando o primeiro trimestre deste ano é comparado com os dois trimestres anteriores (terceiro e quatro trimestres de 2022), observa-se uma leve recuperação em relação às 370 e 344 transações, respectivamente, o que indicaria que o pior momento pode ter ficado para trás.
Das transações observadas no trimestre de 2023, 248 foram entre empresas brasileiras (operações domésticas), enquanto 97 foram protagonizadas por empresas estrangeiras que adquiriram empresas brasileiras estabelecidas no Brasil.
Além disso, 13 operações envolveram estrangeiros comprando participações em empresas estrangeiras estabelecidas no Brasil; 10 transações envolveram empresas brasileiras adquirindo organizações estrangeiras estabelecidas no exterior; e três envolveram empresas brasileiras adquirindo participações de estrangeiros em empresas estabelecidas no Brasil.
Houve, ainda, uma operação de fusão e aquisição em que uma empresa estrangeira adquiriu as participações de brasileiros em uma empresa estabelecida no exterior.
Em relatórios anteriores, foi possível identificar uma queda no apetite por transações relacionadas a empresas de tecnologia. Agora, o relatório sinaliza que as atividades de fusões e aquisições parecem ter se estabilizado nesse novo patamar de negócios.
Entre os fatores que podem ter contribuído para o enfraquecimento das empresas de tecnologia no âmbito das fusões e aquisições, incluem-se a piora do cenário econômico global e local, o aumento das taxas de juros e o consequente desinteresse pelas captações para financiamento de projetos de longo prazo.
Os setores que mais se destacam na pesquisa são:
- Empresas de Internet – 81 transações.
- Tecnologia da informação – 66 transações.
- Instituições financeiras – 36 transações.
- Telecomunicações e mídia – 24 transações.
- Serviços para empresas – 15 transações.
- Companhias de Energia – 14 transações.
- Hospitais e laboratórios de análises clínicas – 14 transações.
- Transportes – 12 transações.
- Seguros – 11 transações.
Em relação à distribuição geográfica das fusões e aquisições realizadas no primeiro trimestre de 2023, São Paulo aparece na liderança, com 187 transações realizadas no período, representando mais da metade (50,3%) do total nacional.
Em seguida, aparecem os estados de Minas Gerais e Santa Catarina, com 36 transações cada um; Rio Grande do Sul, com 28 operações; Rio de Janeiro, com 23 transações; Paraná, com 17; outros estados tiveram menos de 10 operações concretizadas no período analisado.
Quando analisamos os países que realizaram transações de fusões e aquisições cross border com o Brasil, vemos que os Estados Unidos lideram com folga: foram 59 operações, ou 47,6% de um total de 124.
Para saber mais sobre os negócios de fusões e aquisições realizados no Brasil durante o primeiro trimestre de 2023, com informações específicas sobre setores, perfil do negócio, investidores e novo patamar de estabilidade, vale a pena conferir o relatório na íntegra.
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