Antes mesmo do atual momento de volatilidade econômica, líderes de negócios já enfrentavam tendências disruptivas que vinham mudando indústrias, setores e modelos de negócio. Agora, as decisões das lideranças se tornam ainda mais críticas, à medida que os riscos de investimento aumentam e as estratégias precisam considerar mais imprevistos.

A publicação Securing value in a slowdown, produzida pela KPMG, sugere à executivos ações e métodos para quantificar e priorizar opções para enfrentar algumas das principais tendências econômicas que influenciam as decisões nas organizações atualmente. 

M&A em tempos de desaceleração

Em situações instáveis, a confiança se torna um quesito essencial para as empresas. Para trazer mais segurança para a tomada de decisão, as lideranças necessitam de informações robustas e transparentes, entendimento de tendênias que podem impactar as estratégias e dissernimento para priorizar ações que contribuam para a redução de custos e, consequentemente, financiem transformações de longo prazo.

Em anos anteriores, as transações de M&A (mergers and acquisitions – ou fusões e aquisições, em português) foram realizadas quase que exclusivamente para gerar crescimento de forma rápida e inorgânica.

No entanto, a economia e o ambiente de negócios atual mudou os motivos pelos quais as organizações realizam negócios: para efetuar mudanças operacionais, para buscar oportunidades para o futuro e para acelerar a transformação digital.

Embora o volume de transações tenha diminuído no ano passado, há motivos para estimar uma mudança de perspectiva em 2023. Com muitos negócios focados na digitalização e na transformação das organizações em 2022, espera-se que essa forte atividade continue este ano.

Contudo, existem motivos para cautela, tendo em vista as expectativas de ganhos e o apetite pelas transações das empresas.

Etapas para decisões tomadas com confiança

O estudo revela que há cinco fases principais necessárias para garantir o valor das negociações em momentos de incertezas na economia:

1. Adote uma visão sistêmica das tendências:

Comece analisando como fatores externos podem influenciar a sua tomada de decisão e vá a fundo nessa análise, explore cada tendência considerando suas diversas possibilidades de desenvolvimento para identificar oportunidades e riscos aos seus negócios, mapeie as interdependências entre essas tendências e, na sequência, busque o entendimento de como elas afetam cada parte do seu negócio e estratégia. Depois, reflita sobre o que está direcionando a sua estratégia de negócios, algumas perguntas que você deveria estar se fazendo são: A sua organização é direcionada por propósito? A garantia do retorno ao acionista é prioridade número 1? Vocês estão usando esse momento como uma oportunidade de transformação e crescimento? A sua transformação foi desencadeada pela necessidade de criação de valor ou por uma ameaça existente?

2. Quantifique as oportunidades e mapie os cenários:

Agora que você está com um entendimento abrangente sobre as oportunidades, riscos e tendências que influenciarão a sua organização, você pode começar a quantificar seus valores em diferentes cenários. Você precisa saber o que medir, como medir e quais métricas realmente importam para ter a capacidade de, rapidamente, acessar os dados que indicam “onde você está hoje” e combiná-los com dados de mercado e insights setoriais que revelem potenciais opções de criação de valor. O objetivo dessa etapa é incluir uma cifra em cada uma das oporutnidades, riscos e tendências previamente mapeadas. 

3. Crie uma lista de prioridades e reconheça os gatilhos:

Você conhece as expectativas dos acionista e, agora, você tem uma lista robusta de ideias de criação de valor e oportunidades de turn-around. E mais, agora você sabe quanto cada oportunidade trará de custo e retorno. Portanto, você precisa priorizar a sua lista de ações. Para isso, i. apoie-se na experiência funcional do seu time, capacidade de entrega da sua organização e estimativa de tempo para a mudança; ii. Busque o equilíbrio entre atividades de longo e curto prazos; iii. Considere o potencial de criação de valor de cada uma das ações para garantir economias que possam financiar a estratégia de crescimento da sua organização

4. Acelere a execução:

Você está pronto para executar, garanta uma execução confiável e diligente. Certifique-se que você tem um time com as habilidades e capacidades corretas não somente para entregar os objetivos, mas para sustentá-los. Você precisa ter clareza sobre essas capacidades, assim conseguirá identificar potenciais gaps e buscar a equipe correta. Em seguida, garanta que todos os envolvidos entendem os objetivos, estejam alinhados, criem um plano inicial e comecem a execução. Não espere o “plano perfeito” para começar e nem espere mitigar todos os riscos - foque em ter uma governança que permita aprendizado e execução de forma ágil, entregando o valor esperado.

5. Acompanhe a criação de valor e ajuste o curso:

Acompanhe de perto e regularmente a performance sobre as metas estabelecidas. As fases anteriores (1 a 4) te deram quantificação, metas e métricas, portanto garanta o acompanhamento adequado, reporte aos acionistas e partes interessadas, demostre os retornos aumentados sobre o investimento (ROI). Essa fase é sobre acompanhar e ser capaz de corrigir o curso das ações caso tendências ou disrupções aconteçam. Desenvolva a capacidade de medir com frequência as evoluções dos seus planos e assim identificar novas oportunidades de criação de valor.

Securing value in a slowdown

Acesse o estudo e leia o conteúdo na íntegra.


Saiba mais

  


Fale com a KPMG

conecte-se conosco

Meu perfil

Conteúdo exclusivo e personalizado para você