De acordo com um levantamento feito pela KPMG, o investimento global de capital de risco teve sua quarta queda consecutiva no quarto trimestre de 2022, atingindo US$ 75,6 bilhões em 7.641 negócios no quarto trimestre de 2022.
O documento intitulado Venture Pulse Q4 2022 informa que, com esses resultados, o investimento global de capital de risco atingiu os níveis mais baixos registrados desde o segundo trimestre de 2019.
O agravamento do cenário econômico global foi um dos fatores que fizeram o investimento em capital de risco em estágio avançado ter uma queda mais acentuada: em contexto de crise, a preocupação com a sustentabilidade dos modelos de negócios tende a crescer.
Também em resposta aos novos desafios, várias empresas globais de tecnologia anunciaram medidas significativas de corte de custos: demissões em massa, desativação de espaços físicos etc. No mercado de capital de risco, esses esforços também se tornaram norma neste trimestre.
Foi um movimento inevitável, à medida que as startups trabalhavam para preservar o caixa e responder à pressão de seus investidores, que passaram a clamar por mais eficiência. A priorização do corte de custos estendeu-se a diversos setores.
Apesar do declínio geral do investimento global de capital de risco, alguns setores se saíram bem, como o de energia: em diversos países, os governos têm demonstrado disposição em apoiar projetos que podem propiciar maior autonomia energética e/ou ajudar a cumprir metas climáticas.
Principais insights do estudo
- No geral, a China foi responsável pela maioria dos meganegócios (valores acima de US$ 500 milhões).
- Negócios B2B e focados em soluções de produtividade devem ganhar força nos próximos trimestres, conforme as empresas e startups mais maduras procurarem maneiras de simplificar suas operações e agregar valor.
- Empresas unicórnios enfrentam pressão significativa, com as ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) em baixa nas Américas, na Europa e em grande parte da Ásia (com a exceção já mencionada da China, que tem um mercado de capitais menos interconectado à economia global).
- Para 2023, espera-se que o investimento global de capital de risco continue a enfrentar desafios. Também é provável que a janela do IPO permaneça fechada, principalmente nos Estados Unidos.
- À medida que as empresas ficarem descapitalizadas, é possível que elas comecem a buscar saídas – e uma delas será o aumento nas atividades de fusões e aquisições.
- Dada a atual crise energética na Europa e as preocupações com a sustentabilidade e as mudanças climáticas, o setor de energia tenderá a permanecer muito aquecido, com os investidores dispostos a apoiar projetos de fontes renováveis, veículos elétricos e movidos a hidrogênio e armazenamento de baterias.
- Globalmente, as soluções de segurança cibernética continuarão a atrair investimento de capital de risco; as áreas de saúde e biotecnologia, regtech e soluções com aplicações militares também tendem a seguir em alta, bem como os investimentos em inteligência artificial.
Fale com a KPMG
conecte-se conosco
- Encontrar escritórios kpmg.findOfficeLocations
- kpmg.emailUs
- Midias Sociais KPMG kpmg.socialMedia
Meu perfil
Conteúdo exclusivo e personalizado para você