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A transformação bancária é uma prioridade para executivos do setor. No entanto, os resultados obtidos até agora indicam que transformar com sucesso é mais difícil do que parece.

No estudo Banking Transformation: A nova agenda, produzido pela KPMG com 228 executivos do setor bancário em todo o mundo, o otimismo estratégico contrasta com um cenário de execução desafiadora.

  • Entre os respondentes globais, 82% pretendem reduzir custos em pelo menos 10% até 2030.
  • Apenas 24% dizem ter sido bem-sucedidos em metas anteriores de corte de custos.
  • Quando o foco é a transformação como um todo, só 18% relatam sucesso.

Como vai a transformação bancária no Brasil?

O recorte brasileiro segue a mesma tendência — com nuances importantes:

  • Entre os 77% líderes bancários do Brasil que planejam cortar custos em 10% ou mais até 2030, uma parcela significativa mira reduções acima de 20%.
  • Uma parcela relevante (46%) afirma ter tido sucesso em suas iniciativas anteriores de redução de custo.
  • Quando o assunto se refere às iniciativas de transformação, o cenário muda: apenas 23% afirmam ter obtido sucesso nesse aspecto.

Apenas 23% dos bancos brasileiros dizem ter tido sucesso com suas transformações

54% pretendem reduzir custos em 10% ou mais até 2030 e 23% querem que essa redução seja de 20% ou mais.

Por que transformar é tão difícil?

Muitos bancos ainda enfrentam obstáculos em áreas como clareza estratégica, governança e execução. Os mais bem-sucedidos adotam práticas específicas:

  • Definem com precisão seus objetivos de custo.
  • Alocam orçamentos consistentes.
  • Criam grupos interfuncionais dedicados à transformação.
  • Fazem da liderança um agente de responsabilidade.
  • Buscam equilíbrio entre eficiência operacional e inovação.

Quais são os focos atuais?

Globalmente, 40% se consideram preparados para liderar iniciativas de transformação. No Brasil, esse número sobe para 69%.

Cinco aprendizados essenciais

A KPMG identificou cinco pilares para uma transformação bem-sucedida:

  1. Saiba o que deseja alcançar
  2. Entenda seu propósito, seu público e os serviços que fazem sentido.
  3. Crie alinhamento entre metas de custo e transformação
  4. Planejamento isolado não gera impacto real.
  5. Entenda os mecanismos de geração de valor
  6. Tecnologia é meio, não fim.
  7. Conduza com protagonismo e eficácia
  8. Assuma a responsabilidade, estabeleça metas e acompanhe o progresso.
  9. Aproveite experiências consolidadas
  10. Adote abordagens já validadas em outras organizações e regiões.

Transformação bancária na prática

Apesar dos desafios, o estudo da KPMG mostra que transformar é possível e necessário. O ponto de partida é a clareza: saber quem você quer atender, como e por quê.

Feitas essas definições, chega o momento de alinhar operações, tecnologia e pessoas com uma agenda integrada de valor e eficiência.

Com as estratégias certas, os bancos podem sair do piloto automático e liderar o futuro com propósito, controle e impacto.


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