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A edição de 2025 da pesquisa global do ACI Institute e do Board Leadership Center da KPMG, Desafios e Prioridades do Comitê de Auditoria, demonstra como os comitês de auditoria ao redor do mundo têm conciliado suas crescentes atribuições e responsabilidades e a gestão do tempo da agenda, diante dos desafios atuais. Realizada com 668 participantes em 35 países — incluindo, com bastante destaque, 92 membros do ACI Institute Brasil — a pesquisa revela tendências e desafios que demandam a atenção dos comitês de auditoria.

Os resultados refletem a ampliação do escopo e da complexidade das atribuições dos comitês de auditoria, um efeito da atual complexidade do ambiente de negócios. No Brasil, 84% dos respondentes indicam que a crescente complexidade do ambiente de negócios tem o maior impacto em suas agendas. Nos EUA, esse índice é ainda mais elevado, 88%, enquanto no consolidado global, 86%.

A pesquisa evidencia as pressões e transformações que as organizações enfrentam, destacando dois temas emergentes: a inteligência artificial generativa (GenAI), que começa a remodelar processos organizacionais e levanta questões sobre ética e governança de dados, e as mudanças climáticas, que, com certeza é um tema de preocupação a todos os setores da econômica, com seus efeitos e riscos no seu negócio, estratégia e operação, ainda que o tema ESG se encontre ofuscado por outras prioridades.

A preocupação dos comitês de auditoria com esses temas emergentes demonstra que sua atuação vai além da responsabilidade primária de assegurar a qualidade e veracidade das demonstrações financeiras, incluindo o ambiente de controles internos do processo contábil. Portanto, a conciliação do tempo para a sua atuação em todas essas atividades é um fator crítico de sucesso.

Principais destaques da pesquisa

  • Complexidade dos negócios e riscos emergentes: 84% (Brasil), 88% (EUA) e 86% (global) dos respondentes indicam que o aumento da complexidade do ambiente de negócios e os riscos emergentes estão no topo das preocupações do comitê de auditoria.
  • Cibersegurança: no Brasil, 77% dos comitês de auditoria no Brasil priorizam a supervisão da cibersegurança das organizações em que atuam, frente a 73% nos EUA e 68% globalmente. A governança de dados e a ética no uso da GenAI também ganham destaque.
  • Futuro do ESG: 32% dos brasileiros destacam as divulgações sobre ESG como fator de grande impacto em suas agendas, contra 7% nos EUA e 31% no cenário global — uma indicação de que o tema, ainda que de suma importância, compete com outros assuntos e riscos emergentes e/ou emergenciais.
  • Capital humano: 32% no Brasil, 56% nos EUA e 46% globalmente consideram a atração e retenção de talentos na área contábil e financeira um desafio crítico para a estratégia de governança da empresa.
  • Atribuições e responsabilidades: 35% dos comitês de auditoria no Brasil informam que estão reavaliando suas habilidades, composição e expertise para lidar com temas e riscos emergentes, como tecnologia, IA e cibersegurança; mundialmente, 24%.

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