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A publicação Horizontes da Saúde Revisitados, produzida pela KPMG, traz insights importantes a respeito da jornada de inovação e transformação dos sistemas de saúde globais. O conteúdo é voltado a líderes de organizações de provedores de saúde, financiadores, pagadores e reguladores.

Em essência, o estudo mostra que a transformação rumo a um futuro mais sustentável para o setor de saúde é possível. Mais do que isso: ele é inevitável.

Em diferentes países e territórios, os sistemas de saúde enfrentam problemas semelhantes: acessibilidade comprometida, qualidade insuficiente e viabilidade econômica ameaçada são questões recorrentes. A transformação necessária para assegurar um futuro sustentável pode ser intimidadora; no entanto, é urgente inovar e evoluir.

A necessidade de transformar os sistemas de saúde é sustentada por fatores críticos. O envelhecimento da população, por exemplo, está ampliando a demanda por cuidados de longo prazo, enquanto os custos crescentes de saúde comprometem o acesso para muitas famílias.

Além disso, há uma previsão de déficit global de 10 milhões de profissionais de saúde até 2030, o que agrava as desigualdades no acesso. Mudanças climáticas também exercem pressão sobre os sistemas, com custos diretos anuais estimados entre US$ 2 e 4 bilhões relacionados à saúde.

Esses desafios tornam os métodos tradicionais de operação insustentáveis, exigindo novas abordagens e soluções inovadoras. Entre as principais características de sistemas de saúde mais inclusivos e sustentáveis, incluem-se:

  • Força de trabalho ampliada e ambientes hiperintegrados.
  • Delegação de tarefas administrativas à tecnologia e o uso de profissionais com microcredenciais, aliviando a escassez de mão de obra.
  • Integração de cuidados locais com centros de excelência e o uso de inteligência artificial (IA) para vigilância de doenças.

Essas e outras medidas contribuem para melhorar a eficácia e a continuidade do atendimento. Também é essencial que as comunidades sejam capacitadas a prover cuidados de maneira confiável e eficaz. Isso fortalece o papel dos trabalhadores locais de saúde e favorece o compartilhamento de dados em nível regional ou nacional.

Casos emblemáticos ilustram como diferentes regiões já estão avançando em direção a sistemas mais sustentáveis. Exemplos incluem a Nova Scotia Health, no Canadá, que integrou pessoas, processos e tecnologia para maior eficiência, e o Digital Health Village, na Finlândia, que expandiu os caminhos digitais de cuidado.

O documento também ressaltar que superar os obstáculos comuns à transformação requer liderança forte e clareza de responsabilidades. Além disso, é crucial comunicar os benefícios ao público e gerenciar expectativas de forma transparente.

Governança sólida, financiamento adequado e confiança também são destacados – e, nesse ponto, o documento faz um alerta: não é necessário que esses aspectos estejam perfeitos antes de iniciar um programa de transformação.

Na realidade, todos esses elementos e muitos outros podem evoluir ao longo do processo. O essencial é garantir que esses elementos estejam se movendo na direção certa.

O relatório reafirma a importância da inovação para enfrentar os desafios do setor e construir sistemas de saúde resilientes. Embora complexos, os exemplos mostram que caminhos viáveis existem. Com liderança visionária e colaboração, é possível transformar a saúde global e pavimentar o futuro para sistemas mais inclusivos e sustentáveis.


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