Ao examinar desafios relacionados a temas como força de trabalho, cadeia de suprimentos, evolução dos dados etc., o relatório Future of Healthcare, da KPMG, aborda o futuro da saúde sob vários aspectos e indica que o setor tende a ser cada vez mais ágil e digital, além de priorizar o consumidor.
O relatório explica os múltiplos fatores que estão modelando o futuro dos cuidados com a saúde e aborda os novos paradigmas que estão transformando os modelos de prestação de serviços, bem como as habilidades e as arquiteturas empresariais que vão apoiar a digitalização nas organizações de saúde.
De acordo com esse levantamento da KPMG, no mundo todo, os sistemas e as organizações de saúde estão enfrentando desafios sem precedentes. Formuladores de políticas, provedores e fornecedores estão sendo impelidos a repensar a maneira como trabalham.
Os desafios mais prementes incluem:
- Cuidados cada vez mais centrados no cliente.
- Uma força de trabalho em crise.
- Cenários econômicos instáveis.
- Mercados em rápida mudança.
- Aceleração da economia digital.
- Mudanças significativas nas cadeias de suprimentos.
- Transformação de dados em valor.
O fato é que vivemos um momento crítico para transformar os modelos que sustentam os sistemas de saúde ao redor do mundo. No estudo sobre o futuro da saúde, a KPMG identificou três paradigmas de saúde que representam novos valores para consumidores e gestores/provedores do setor. São eles:
- Cuidados de saúde em locais de grande circulação: colocando os consumidores no centro de tudo;
- Metacuidados: o metaverso abre horizontes para uma nova e ousada realidade nos cuidados com a saúde;
- Cuidados hiperlocais: apoio à inclusão e à acessibilidade no âmbito dos cuidados com a saúde.
Como se planejar para o futuro da saúde
Em relação ao primeiro item – cuidados de saúde em locais de grande circulação –, temos exemplos como as campanhas de vacinação realizadas em estações de metrô e o surgimento de clínicas ambulatoriais que oferecem acesso a consultas com especialistas e tratamentos mais complexos a preços acessíveis, em ambientes mais simples.
Esses exemplos, juntamente com outros, como plataformas de saúde mental online e tratamentos de fertilidade em casa, ajudam a demonstrar a prontidão pública para a integração de cuidados de saúde digital centrados no consumidor em suas experiências diárias.
Esses modelos personalizados e orientados pela demanda empoderam o consumidor. Além disso, a regulamentação e o gerenciamento adequados dessas inovações têm o potencial de redefinir a experiência do consumidor, melhorar o acesso e reduzir o custo dos cuidados.
Em relação aos metacuidados, além dos muito discutidos recursos digitais em expansão, os quais incluem a telemedicina básica e o atendimento virtual, também vemos avanços no uso de inteligência artificial (IA), aprendizado de máquina (machine learning) e outras tecnologias de ponta.
Esses progressos têm preparado o terreno para mudanças notáveis na forma como os cuidados intensivos são fornecidos. Em um ambiente metaverso, será possível implementar abordagens que melhorem a produtividade de profissionais de saúde altamente especializados e flexibilizem o acesso a diferentes serviços.
Já os modelos de cuidados hiperlocais podem utilizar diversos conjuntos de dados para obter insights detalhados e oportunos em nível populacional, orientando o delineamento de políticas públicas, a destinação de recursos e a priorização de determinados programas.
Assim, se o futuro da saúde é ágil, digital e focado no consumidor, como aponta o estudo, é necessário ajudar as empresas a investir nas capacidades certas para impulsionar formas de trabalho e modelos operacionais condizentes com essas exigências e necessidades.
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