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A Pesquisa Abrappe de Perdas no Varejo Brasileiro 2024, realizada pela KPMG e pela Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), apresenta dados referentes a 2023 que permitem um importante insight sobre como as principais empresas do varejo brasileiro trabalham a prevenção de perdas.

O estudo traz informações como índices financeiros, índices de perdas, perdas por setor, causas de ruptura, importância da acurácia e diversos outros dados necessários para a criação de um benchmarking para o setor.

Participaram desta edição 149 empresas varejistas representando setores como artigos de esporte, atacarejos, calçados, construção, drogarias, eletromóveis, magazine nacional e regional, moda, perfumarias, supermercados convencionais, hipermercados, mercados de vizinhança e de conveniência.

Mesmo com o aumento do faturamento, o varejo apresentou uma elevação de até 10% no prejuízo, significando perdas que podem chegar a R$34,9 bilhões, resultado que reforça a necessidade de compreender e investir no setor de prevenção de perdas. 

Principais indicadores da pesquisa

  • O estudo apresenta um aumento no índice médio de perdas no varejo em relação a 2022: de 1,48% (2022) para 1,57% (2023).
  • Os Supermercados convencionais representam o maior índice de perdas totais em razão de perdas operacionais, as principais causas estão relacionadas a furtos, erros operacionais de gestão de estoque e inventários e produtos sem condição de venda.
  • Circuitos fechados de televisão e de indicação por radiofrequência já são realidade na maioria dos setores.
  • Cerca de 84% das perdas estão relacionadas a quebras operacionais, furtos internos e externos e erros de inventário.
  • O setor de supermercado convencional apresentou o maior índice de perdas na análise por setor, com 6,24%.
  • As principais causas de perdas apontam para a necessidade de investir em segurança, treinamento e na otimização da cadeia de suprimentos.
  • A perecibilidade foi apontada como a maior causa da quebra em setores como mercados de vizinhança (32,21%), conveniência (34,29%), hipermercado (40,35%) e supermercado convencional (39,73%).
  • A média de ruptura comercial foi de 7,65% e a média de ruptura operacional foi de 6,11%. Ambas apresentaram um aumento em relação aos resultados de 2022.
  • Ao analisarmos os resultados de acurácia de 2023 e 2022, observamos que os setores de construção/lar e moda enfrentam as maiores quedas, com uma variação de 20%. 

Como trabalhar a prevenção de perdas

De acordo com a pesquisa, houve um aumento de 27% no número de empresas que possuem área de prevenção de perdas. O setor alimentício demonstrou maturidade no assunto, com todas as empresas participantes uma área de prevenção de perdas.

O estudo aponta também as responsabilidades que devem ser delegadas para o setor de prevenção de perdas, os respondentes citaram dentre essas funções a realização do gerenciamento de inventários, gestão de estoque, segurança patrimonial e controles internos.

A tecnologia se mostrou um aliado importante na prevenção, ferramentas de data analytics, a utilização de algoritmos para inteligência de dados e o uso de câmeras com inteligência artificial auxiliam a monitorar e capturar inconsistências nos layouts das lojas.

Um olhar atento na data de validade de produtos e uma gestão eficiente de estoque auxilia a minimizar perdas, mas exige um investimento em capacitação de funcionários para que problemas sejam identificados rapidamente.

Ainda existe um longo caminho pela frente, a criação de indicadores de performance, a análise de melhoria em processos, o apoio às equipes de supply chain e logística são iniciativas essenciais ainda pouco mencionadas pelos respondentes.


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