A 19ª edição do estudo A Governança Corporativa e o Mercado de Capitais, elaborado pelo ACI Institute Brasil e pelo Board Leadership Center da KPMG no Brasil, destaca os avanços das práticas de governança corporativa no Brasil ao longo desses anos e que foram impulsionados pelos avanços nas leis e regulamentos, pela maior ação dos reguladores e pelo crescente ativismo dos stakeholders, além dos acionistas.
Baseado em dados coletados nos formulários de referência das 278 principais empresas abertas no Brasil, arquivadas na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o estudo faz uma coletânea histórica da evolução das suas práticas de governança, destacando temas como a composição e a estrutura dos conselhos de administração, o perfil dos seus comitês de assessoramento, a auditoria interna e o gerenciamento de riscos, a remuneração dos administradores e o conselho fiscal, entre outros.
Observa-se que 86% dos conselhos de administração avaliam seu desempenho e têm uma média de 7,1 membros, sendo 16% mulheres. Além disso, 43% dos conselheiros são independentes, 29% são indicados pelos minoritários e têm uma remuneração média anual de R$ 923 mil. As mulheres estão presentes em 71% dos conselhos.
Entre os seus resultados, o estudo aponta que a quantidade de empresas com comitê de auditoria é de 90%, demonstrando um aumento crescente nos últimos anos. Um destaque adicional é o crescente aumento dos comitês financeiros, de capital humano e o comitê de riscos.
O percentual de empresas com uma área de gerenciamento de riscos e com auditoria interna se manteve significativo, sendo 82% e 94%, respectivamente. Todavia, houve um aumento no percentual de empresas que divulgaram deficiências nos seus controles internos, de 37% para 48% em 2024.
Divulgar dados e a sua evolução histórica é parte das atividades do ACI Institute, mas analisar, debater e compartilhar tendências, necessidades de melhorias e principalmente evoluções nas práticas de governança corporativa das empresas brasileiras fazem parte do nosso grande propósito e das 19 edições do nosso estudo.