Energia mais cara, inflação, mudanças climáticas e a implementação de novas tecnologias (que por sua vez abrem espaço para os ciberataques) definem os riscos mais relevantes para diferentes setores da economia em 2024.
Para facilitar a compreensão desses riscos setor a setor, a KPMG produziu a publicação Riscos Setoriais 2024. Nela, são analisados os principais riscos para os seguintes setores:
- Automotivo
- Educação
- Bens de alto giro (FMCG)
- Serviços financeiros
- Saúde
- Seguros
- Indústria de transformação
- Mineração
- Petróleo e gás natural
- Varejo
- Telecomunicações
- Viagens, lazer e turismo
De forma sucinta e objetiva, os riscos mais relevantes são apresentados em fichas de riscos – uma para cada setor –, cobrindo as seguintes áreas: lucro e liquidez; estratégia; clientes; produção e operações; conformidade; reputação e ética; crescimento e concorrência; saúde, segurança e meio ambiente; tecnologia; e sociedade e pessoas.
Alinhamento das estratégias aos perfis de risco
Desse modo, as fichas de riscos fornecem uma visão dos riscos globais existentes e emergentes por driver de valor, que são os diferentes fatores que aumentam o valor de um produto ou serviço para as partes interessadas.
De modo geral, é possível constatar alguns riscos comuns a todos os setores, a exemplo das ameaças cibernéticas, dos riscos relacionados a questões ambientais, sociais e de governança (ESG) e das tensões geopolíticas.
No que se refere às ameaças cibernéticas, por exemplo, o uso crescente de novas tecnologias torna os sistemas das empresas mais vulneráveis ao ciberataques. Isso, por sua vez, se relaciona com as mudanças e atualizações regulatórias, que cada vez mais priorizam a proteção de dados do consumidor.
Questões regulatórias também se interconectam aos riscos ESG, visto que as leis e os regulamentos relacionados ao meio ambiente, a questões sociais e ao incremento da governança corporativa – os três pilares do ESG – crescem globalmente.
Já na mineração, na indústria automobilística e no setor de manufatura, o ESG dialoga, entre outros pontos, com a própria atividade de produção, em aspectos como o uso da água e a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) – questão crucial para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Outro tópico comum a todos os setores é a preocupação com as disrupções na cadeia de suprimentos – algo que vem sendo impacto fortemente pelos conflitos bélicos ao redor do mundo e as consequentes imposições de sanções econômicas a certos países.
Os analistas destacam, ainda, a necessidade de lidar com as mudanças nas preferências e demandas dos consumidores, os desafios em atrair e reter colaboradores competentes e qualificados e a elevação nos preços de energia.
Estes são apenas alguns dos muitos insights apresentados pelas fichas de riscos setoriais em 2024, uma valiosa ferramenta para que diferentes setores da economia possam prever riscos e traçar estratégias seguras e sustentáveis de crescimento.