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Os líderes de infraestrutura no Brasil apontam os riscos regulatórios como o desafio mais relevante para o setor. Eles também acreditam que os investimentos em ferrovias devam ser priorizados e sabem que as questões ambientais, sociais e de governança (ESG) serão cada vez mais relevantes e estratégicas.

Estes são alguns dos insights obtidos por meio da pesquisa “Infraestrutura: perspectivas e oportunidades de investimentos”, aplicada a 60 executivos, dos quais 82% ocupam cargos c-level, durante evento realizado na sede da KPMG, em São Paulo (SP), em 20 de junho de 2024.

O evento abordou as perspectivas e as oportunidades de investimentos no setor de infraestrutura no Brasil, bem como os impactos das mudanças climáticas no setor e a importância das questões ESG. George Santoro, secretário Executivo do Ministério dos Transportes, foi um dos palestrantes.

A pesquisa interativa realizada no decorrer do evento permitiu colher insights valiosos sobre o panorama atual da infraestrutura no País e a respeito das perspectivas, das oportunidades de investimentos, da relevância crescente da agenda ESG e dos impactos das mudanças climáticas sobre o setor.

Destaques da pesquisa sobre infraestrutura:

  • Ferrovias: segmento de infraestrutura que mais necessita de investimentos no Brasil é o modal ferroviário, apontado por 49% dos respondentes. Em segundo lugar, estão as rodovias e as obras de infraestrutura social (empatadas com 35% cada).
  • Projetos greenfield: em relação às principais oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil, sobressai o entusiasmo dos participantes com as novas concessões de projetos greenfield (38% das respostas). Projetos greenfield envolvem a construção de novas instalações ou infraestrutura a partir do zero, em terrenos não desenvolvidos previamente, oferecendo maior flexibilidade de design e uso de tecnologias modernas. As concessões de ativos existentes (relicitação/devolução) aparecem em segundo lugar, com 34%, destacando o interesse na revitalização de ativos já existentes.
  • Estimativas versus desempenho real: entre os desafios que mais afetam o setor de infraestrutura no Brasil, destaca-se a discrepância entre a performance estimada em estudos e o desempenho real dos projetos, apontada por 45% dos respondentes. A segurança regulatória, mencionada por 42%, também é um grande desafio, indicando preocupações com a estabilidade e a previsibilidade das normas que regem o setor.
  • Riscos regulatórios: em relação aos riscos, 54% dos respondentes apontaram as questões regulatórias como as mais significativos, refletindo uma séria preocupação com a instabilidade e a imprevisibilidade das normas que regem o setor.
  • Estratégias prioritárias de crescimento para os próximos três anos: os participantes indicaram que essas estratégias tendem a focar a eficiência operacional e os investimentos em infraestrutura verde e soluções de adaptação climática, com 29% e 31% das respostas, respectivamente.
  • Importância da agenda ESG: o setor de infraestrutura reconhece a importância das questões ESG, com ênfase significativa na redução dos impactos ambientais e sociais dos projetos, apontada por 53% dos respondentes.
  • Dificuldade para integrar ESG e estratégia empresarial: em relação aos desafios enfrentados pelas empresas para implementar iniciativas ESG, 55% dos respondentes apontaram a dificuldade em integrar essas iniciativas com a estratégia de negócio.
  • Redução de riscos: ao apontarem as oportunidades que podem ser obtidas com a implementação de uma agenda ESG, 56% dos respondentes apontaram a redução dos riscos financeiros, regulatórios e de reputação associados a problemas ambientais e sociais.
  • Governança mais rigorosa: de acordo com 35% dos respondentes, a tendência ESG mais relevante é a implementação de práticas de governança corporativa mais rigorosas e eficientes, o que reflete a importância de uma gestão transparente e responsável. As inovações tecnológicas para a gestão de riscos climáticos e os investimentos em infraestrutura verde e soluções de adaptação climática empataram em segundo lugar, com 26% cada.
  • Transição energética acarretará impactos significativos: segundo 36% dos respondentes, existem oportunidades de negócios relevantes em áreas como armazenamento de energia, redes inteligentes e mobilidade elétrica. O mesmo percentual acredita que haverá aumento da demanda por investimentos em fontes renováveis de energia.

Assim, a pesquisa “Infraestrutura: perspectivas e oportunidades de investimentos” destaca áreas críticas, desafios significativos (como os riscos regulatórios) e oportunidades para o setor, principalmente com avanços da pauta ESG, melhoria da governança e investimentos em ferrovias e novas fontes de energia.

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