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Distanciamento entre categorias está relacionado a mudanças nos padrões de compra e maior desigualdade

A publicação Polarização do Mercado: Implicações para Empresas de Bens de Consumo, produzida pela KPMG, analisa o distanciamento cada vez maior entre dois extremos do mercado consumidor, com os produtos premium de um lado e os produtos value de outro.

De acordo com a publicação, os mercados de bens de consumo de consumo (em inglês, fast moving consumer goods - FMCG) têm passado por um processo de polarização de categorias há anos.

Isso se deve a vários fatores, como a maior transparência nos preços e as mudanças nos padrões de compra. Porém, o principal é o aprofundamento da desigualdade na distribuição de riqueza, que tem ocorrido em muitos mercados consumidores ao redor do mundo.

O reflexo disso nos hábitos de consumo é a ampliação da distância entre dois extremos: de um lado, os produtos premium; de outro, os produtos value, isto é, as opções mais econômicas e acessíveis.

Sejam quais forem suas motivações, as consequências dessa polarização de mercado para as empresas de bens de consumo são reais. Como resultado, espera-se ver níveis significativamente aumentados de atividade de desinvestimento e de fusão e aquisição (M&A) nesse setor nos próximos anos.

O documento mostra que o comportamento de compra premium valoriza fatores como personalização e experiências de compra mais envolventes. Esse consumidor prioriza a qualidade sobre os preços e aceita pagar um pouco mais por produtos sustentáveis, por exemplo.

Já o comportamento de compra value se pauta pela busca de uma ótima relação custo-benefício. Esse consumidor prioriza produtos que não excedam o orçamento designado para a cesta de compras, especialmente em relação a alimentos e bebidas.

A análise da KPMG sugere que a polarização dos consumidores está tornando a estratégia de mercado de massa para o varejo menos viável, à medida que a classe média diminui e os consumidores se inclinam para produtos premium ou value.

Para as empresas de bens de consumo, as sugestões englobam moldar o portfólio de acordo com a estratégia geral da organização e preparar os ativos que serão desinvestidos para sondar o mercado e fechar os melhores negócios.

Aos fundos de private equity, os profissionais recomendam aplicar análises avançadas, para que se posicionem de forma vantajosa antes mesmo que o processo de negociação comece. Eles também assinalam a importância de ter uma compreensão profunda das tendências subjacentes que permeiam o segmento de mercado de um ativo.

Assim, a análise sobre a polarização do mercado de bens de giro rápido destaca a crescente distância entre os extremos representados pelos produtos premium e value e oferece orientações para que tanto as empresas de FMCG quanto os fundos de private equity realizem os melhores negócios nesse cenário em transformação.

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