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O estudo ESG no Setor de Seguros: Emissões Seguradas, produzido pela KPMG, analisa a importância de o setor de seguros abordar fatores ambientais, sociais e de governança (ESG), especialmente no que se refere às mudanças climáticas.

Ao longo do estudo, que também aponta caminhos para que o setor desenvolva maior resiliência, são tratados temas como: a compreensão das emissões dos Escopos 1, 2 e 3, os desafios na captação de emissões e o estabelecimento de uma base das emissões.

São discutidas, ainda, estratégias para planos bem-sucedidos de transição para a neutralidade de carbono (net zero) e algumas considerações ESG. O estudo salienta que eventos climáticos extremos estão se tornando cada vez mais frequentes, e as perdas seguradas resultantes de desastres naturais estão aumentando.

Para o setor de seguros, essas perdas e danos representam enormes pagamentos que ameaçam a solvência de muitas empresas. Aliás, as implicações financeiras desses desastres climáticos estão levando as seguradoras a reavaliar suas abordagens para a subscrição de riscos.

Muitas organizações estão atualizando suas políticas para excluir atividades de alto risco. Por exemplo, grandes festivais ao ar livre, em alguns países, se tornaram inviáveis para as seguradoras devido aos altos riscos de incêndios florestais.

No entanto, criar exceções para esses eventos em políticas de seguro ou interromper completamente a subscrição é apenas tratar os sintomas das mudanças climáticas. Abordar o aumento das emissões de carbono na atmosfera pode efetivamente prevenir desastres climáticos, reduzir os danos às propriedades e proteger as seguradoras.

Por isso, em vez de simplesmente transferirem a responsabilidade para os setores de alto carbono, as seguradoras reconhecem que também têm um papel a desempenhar. Ao segurar negócios intensivos em carbono, elas estão apoiando práticas comerciais insustentáveis.

Felizmente, a indústria de seguros já se comprometeu a fazer as mudanças necessárias. A formação de alianças internacionais tem sido um passo importante nesse sentido. Mas existem desafios relacionados à identificação, à medição e ao benchmarking das emissões associadas às suas atividades de subscrição e investimento.

Se as seguradoras levam a sério seus compromissos de neutralidade de carbono (net zero) e o enfrentamento dos riscos associados às mudanças climáticas, elas precisam ter uma compreensão clara de suas próprias emissões e estabelecer parâmetros para futuras reduções. 

Reduzir emissões é essencial aos negócios

Pressões externas tornaram a neutralidade de carbono uma necessidade empresarial. No entanto, poucas seguradoras conseguem estabelecer com precisão o conjunto completo de suas emissões dos Escopos 1, 2 e 3, enquanto muitas estão desenvolvendo processos para enfrentar esse desafio.

O estabelecimento de emissões é impulsionado por vários fatores externos, incluindo o aumento da regulamentação. Além disso, litígios crescentes, verificações independentes de emissões e alianças globais de redução de carbono estão moldando a necessidade de as seguradoras medirem e reduzirem suas emissões.

Uma abordagem sólida para o estabelecimento de emissões é o primeiro passo para as seguradoras iniciarem sua transição rumo ao net zero. O plano de transição para emissão líquida zero é uma parte fundamental da estratégia de negócios.

Transparência e envolvimento de toda a empresa também são essenciais para o sucesso da transição. Vale ressaltar que a integração bem-sucedida da estratégia climática pode ajudar a melhorar a resiliência organizacional, por exemplo.

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