A inovação tecnológica é uma tendência para o agronegócio nacional, prometendo melhorias significativas em desempenho, produtividade e redução de custos. No entanto, existem desafios, como escassez de mão de obra qualificada e o déficit de conectividade no campo.
A primeira edição da pesquisa Caminhos da Tecnologia no Agronegócio, realizada conjuntamente pela KPMG e SAE Brasil, analisa o que os produtores rurais brasileiros pensam do avanço de soluções como inteligência artificial (IA), drones e outras tecnologias.
Entre outros pontos, o estudo destaca que um terço dos participantes avalia a agricultura de precisão como uma das oportunidades mais relevantes para o uso da tecnologia no campo. Além disso, 44% afirmam confiar que a adoção de novas tecnologias será benéfica.
Desafios para a inovação no Agro
A pesquisa aponta que a alta taxa de juros é o principal obstáculo para a atualização de equipamentos agrícolas. Embora os agricultores reconheçam a importância de renovar o maquinário, muitos optam por prolongar seu uso devido a condições financeiras desfavoráveis.
Além dos juros altos, citados por 25% dos respondentes, foram mencionados problemas como a baixa disponibilidade de crédito (19%) e os prazos de pagamento insuficientes (14%), totalizando 58% das preocupações relacionadas a essas condições.
Sobre o emprego de inovações tecnológicas, os respondentes revelam que o agronegócio já utiliza GPS (91%), aplicativos de gestão financeira (85%) e imagens de satélite (76%). Os drones são usados em 61% das propriedades para mapear pragas e contar animais.
Para agronegócio, internet rápida é essencial
Apenas 16% dos respondentes dispõem de internet de alta qualidade em toda a propriedade, enquanto 24% têm acesso limitado à sede da fazenda. A pesquisa aponta que o método mais comum para fornecer internet à sede das propriedades é a tecnologia via rádio (34%).
Para a implementação bem-sucedida da agricultura 4.0 e da indústria 4.0, o agronegócio necessita de uma cobertura de internet melhor. Hoje, o 4G está sendo ampliado para atender às demandas por alto volume de dados, mas o 5G permanece como uma perspectiva distante.
Em relação à sustentabilidade, 96% dos participantes que participaram da análise afirmam gerenciar suas propriedades de acordo com as normas socioambientais. Apenas 4% revelaram desconhecer o que é necessário fazer nesse sentido.
Os três grupos avaliados – produtores e cooperativas; indústrias e fornecedores de máquinas e caminhões; e fabricantes e distribuidores de insumos e equipamentos de tecnologia – mostraram uma tendência similar em relação à gestão das emissões de carbono.
Um percentual de 51% concorda com a importância da medida, mas não realiza o balanço das emissões. Apenas 24% já controlam essas emissões; e 14% não acreditam na sua importância.
Em suma, a pesquisa Caminhos da Tecnologia no Agronegócio oferece uma visão detalhada dos desafios e das oportunidades trazidas pela tendência de inovação no campo, com ênfase na necessidade de suprimir gargalos e de viabilizar soluções transformadoras.
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