ESG para líderes
A KPMG e o Instituto Olga Kos firmaram uma aliança que envolve a aplicação da metodologia Escala Cidadã Olga Kos, cujo foco é promover uma agenda ESG pautada no pilar Social, com ações que construam um ambiente corporativo mais plural.
Para abordar os principais destaques dessa importante cooperação estratégica para o mercado brasileiro, André Winter, sócio-diretor de ESG Advisory da KPMG no Brasil, e Wolf Kos, presidente do Instituto Olga Kos, são os entrevistados da edição de fevereiro.
Confira!
Para reflexão...
O avanço da transformação digital e da Inteligência Artificial (IA) tem sido um tema importante para o futuro da sociedade e dos negócios. Contudo, o uso de inteligência de dados ESG para tomadas de decisões ainda é uma agenda nova nas organizações.
Especialmente para grandes empresas, extrair informações sobre aspectos ESG da gestão dos negócios e de grandes bases de dados não-estruturados, tais como número, imagem, som e texto, é algo complexo. Mas com a IA os custos podem ser cada vez menores. Isso pode ajudar – e muito – na qualidade dos dados a serem analisados.
Em relação a esse tema, o Fórum Econômico Mundial – realizado em janeiro 2024, em Davos – escolheu o mote “Reconstruindo a confiança”, incluindo a IA como uma das ferramentas para atingir essa meta. Atenta a isso, a KPMG realizou um estudo sobre o impacto da transformação digital e seu papel relevante para os negócios, mostrando como assegurar valor e confiança no atual cenário.
A sua empresa já começou a explorar a conexão entre a Inteligencia Artificial e a qualidade das informações?
ESG na prática
Mais regulamentação para o mercado de carbono
A Câmara dos Deputados aprovou a proposta que regulamenta o mercado de carbono no Brasil. O texto cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que estabelece tetos para emissões e um mercado de venda de títulos, vinculado ao Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE). A ideia do projeto é a seguinte: as empresas que mais poluem deverão compensar suas emissões com a compra de títulos. Aquelas que não atingirem o limite ganharão cotas a serem vendidas no mercado.
No Brasil
Restauração da floresta Amazônica
Uma startup brasileira fechou contrato com uma multinacional para gerar créditos de carbono com a restauração da floresta Amazônica. O intuito é gerar um crédito de carbono “de alta integridade e com alto impacto social”, ou seja, que haja um claro benefício climático com a remoção de gás carbônico da atmosfera, além de benefícios sociais. Nos três primeiros anos, a ideia é restaurar três mil hectares de floresta em consórcio com culturas como o cacau, além degerar cerca de 750 mil toneladas de créditos de carbono em 30 anos.
Projeto de cooperação em prol da segurança alimentar
Com duração prevista de dois anos, o projeto Cooperação Sul-Sul, firmado entre a República do Congo, o Brasil e o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP), busca ampliar o acesso de agricultores familiares a mercados locais por meio do desenvolvimento de um programa de alimentação escolar baseado na produção da própria região, ampliando a segurança alimentar e nutricional dos moradores. Além disso, a iniciativa amplia a visibilidade global do Brasil como parceiro da Cooperação Sul-Sul para um mundo com fome zero.
Biofábrica de abelhas para recuperação de áreas verdes
A prefeitura de Belo Horizonte inaugurou o “Meliponário Biofábrica”, voltado à preservação de espécies de abelhas sem ferrão, responsáveis pela polinização de mais de 90% da flora do País. Instalada no Parque das Mangabeiras, a “biofábrica” de abelhas faz parte do projeto “Poliniza BH”, cujos focos são instalar meliponários móveis, construir jardins de polinização, incentivar a educação ambiental para preservação e conservação dessas colônias de abelhas na cidade, promovendo assim a recuperação de áreas degradadas.
No Mundo
França: penalidades pelo não cumprimento da divulgação de relatórios de sustentabilidade serão aplicadas
No dia 1º de janeiro de 2024, a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) da União Europeia (UE) entrou oficialmente em vigor, exigindo que as empresas divulguem dados sobre o que consideram riscos e oportunidades de questões ESG. No final de 2023, a França tornou-se o 1º Estado-Membro a implementar a lei e, ao fazê-lo, o governo também introduziu algumas penalidades graves em caso de descumprimento, entre elas, multas que poderão atingir os 75.000 euros, com possibilidade de cinco anos de prisão.
Suíça e Tailândia realizam troca de crédito de carbono
A Suíça e a Tailândia foram responsáveis pela 1ª troca de créditos de carbono entre países ao abrigo do artigo 6.2 do Acordo de Paris. Na transação, um grupo suíço de combustíveis fósseis comprou as compensações de uma operadora tailandesa de energia renovável e veículos elétricos. A transação faz parte de um acordo amplo assinado no início de 2023, cujo projeto é coordenado por uma empresa suíça. Vale destacar que, embora o negócio seja de companhias privadas, os créditos são transferidos para o governo, que os contará para suas metas de redução de emissões.
Taxa sobre metano nos EUA
Os Estados Unidos propuseram uma taxa sobre as emissões de metano dos grandes produtores de petróleo e gás, conforme exigido pela lei climática de 2022 e como um respaldo para regulamentações mais amplas sobre os gases de efeito estufa provenientes de operações energéticas. A taxa, proposta pela Agência de Proteção Ambiental (EPA), aplica-se a grandes instalações de petróleo e gás que reportam emissões de metano superiores a 25 mil toneladas métricas de equivalente dióxido de carbono por ano. Em comunicado, Michel Regan, administrador da Agência, afirmou que a medida “apoiará um conjunto complementar de padrões tecnológicos e recursos históricos da Lei de Redução da Inflação, para incentivar a inovação da indústria”.
Na Austrália, apresentação de relatórios climáticos será lei
O governo da Austrália anunciou um projeto de lei que introduz requisitos obrigatórios de comunicação de dados relacionados ao clima para grandes, médias e pequenas empresas. Segundo uma declaração do tesoureiro da Austrália, Jim Chalmers, a iniciativa ajuda a “maximizar as oportunidades econômicas e a gerir os riscos das alterações climáticas, dando aos investidores e às empresas a transparência, clareza e certeza de que precisam para investir em oportunidades como parte da transformação líquida zero”. Empresas de médio porte serão obrigadas a relatarem, a partir de julho de 2026; e organizações menores em 2027.
França tem regras de compostagem obrigatória
No início de 2024, entrou em vigor as novas regras de compostagem obrigatória da França, uma medida que ajudará a reduzir as emissões de gases poluentes. Com o apoio do Fundo Verde do governo, os municípios devem fornecer aos residentes formas de separar os bio-resíduos (restos de alimentos, cascas de vegetais, alimentos vencidos e resíduos de jardim). O material coletado será transformado em biogás ou composto para substituir fertilizantes químicos. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), globalmente, a perda e o desperdício de alimentos geram, por ano, cerca de 8% de todas as emissões causadas pelo homem.
KPMG - Impactando a agenda ESG
Combate ao efeito estufa
O estudo Net Zero Readiness Report 2023, produzido pela KPMG, analisa as medidas que estão sendo tomadas por 24 países para alcançar a meta de reduzir a zero a emissão líquida de carbono e dos gases que causam o efeito estufa até 2050. Atualmente, o Brasil está numa posição favorável na redução do impacto ambiental, com o potencial de consolidar sua liderança na corrida pelo net zero. A publicação enfatiza não só a importância de reduzir a emissão de carbono, mas também mostra como pode ser economicamente viável.
Leia na íntegra!
Para nossa rede
ESG e segurança cibernética
No atual cenário de economia digital, as empresas enfrentam desafios ao buscar suas metas ESG, ao mesmo tempo em que se empenham em garantir medidas de segurança cibernética e privacidade de dados. Essa é uma das reflexões do estudo “Segurança Cibernética em ESG”. Novos ataques cibernéticos colocam em risco o meio ambiente e visam infraestruturas críticas. Além disso, a ataques a sistemas de controle industrial podem resultar em mau funcionamento de equipamentos, danos ambientais e riscos.
Ética e compliance em pauta
Baseado na pesquisa KPMG 2023 Chief Ethics & Compliance Officer Survey, a KPMG elaborou o estudo “Anticipating more Scrutiny”, que oferece uma visão holística sobre as perspectivas, sobretudo para os próximos dois, anos em áreas-chave de foco ético e compliance, incluindo complexidade regulatória, desafios operacionais, promoção de uma cultura ética, sustentabilidade/ESG e tecnologia. Confira na íntegra!
Nossas operações
Davos: você conferiu a cobertura da KPMG?
O World Economic Forum Annual Meeting terminou no último dia 19 de janeiro, levantando temas importantes para toda a sociedade. Na última edição da nossa Newsletter, foi divulgado o “Especial Davos”, com insights relevantes acerca de temas que devem impactar o mundo dos negócios. Caso você tenha perdido, clique aqui!
KPMG entre as melhores consultorias de Energia & Meio Ambiente
A KPMG foi reconhecida globalmente pela Forbes como uma das principais consultorias mundiais de Energia & Meio Ambiente, alcançando a classificação máxima de cinco estrelas no ranking “The World’s Best Management Consulting Firms 2023”. Nessa categoria específica, seus profissionais foram “muito frequentemente recomendados” por clientes e consultores que atuam em diferentes países e, ainda, foi reconhecida em todas as outras 27 indústrias avaliadas pela Forbes.
Tendências
Na presidência do G20, Brasil quer destacar combate às desigualdades
Pela primeira vez na história, o Brasil ocupa a presidência temporária do G20, cujo mandato se encerrará em novembro de 2024. Nesse período, o País terá oportunidades para “associar as agendas da inclusão social e da sustentabilidade com o desenvolvimento econômico”, conforme pontuou o embaixador Maurício Lyrio, que ocupa a função de “Sherpa do Brasil para o G20”. Para ele, as prioridades são o revigoramento do multilateralismo e a promoção da reforma das instituições de governança global. No campo do clima, uma força-tarefa foi criada para uma mobilização global contra as mudanças climáticas para, assim, reforçar a resposta coordenada do G20 ao tema.
No caminho da transição energética
O relatório “Renováveis 2023”, divulgado pela Agência Internacional de Energia (AIE), apontou que 2023 registrou um crescimento global de 50% das energias renováveis, concluindo que o mundo está no caminho certo para aumentar a capacidade de energias renováveis em duas vezes e meia até 2030. A China foi um dos principais impulsionadores do crescimento das energias renováveis, mas outras regiões também alcançaram aumentos recordes, como Estados Unidos, União Europeia e Brasil, que esperam ver a energia solar fotovoltaica e eólica duplicar entre 2023-2028, em comparação com o período anterior de cinco anos.
O plano do Acre para vender crédito de carbono
O Acre reafirmou seu compromisso com a floresta em pé ao se tornar o primeiro local no mundo a estabelecer um sistema jurisdicional de negociação de crédito de carbono. Na COP28, o governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Serviços Ambientais (CDSA), assinou uma carta de intenções para negociar créditos de carbono com a Coalizão LEAF, entidade público-privada que reúne mais de 60 países, empresas globais e organizações não governamentais focadas no fim do desmatamento das florestas tropicais até 2030. O documento prevê a negociação de 10 milhões de toneladas de crédito de carbono.
O destino dos fundos ESG europeus
Em decisão recente, a França estabeleceu que os fundos que operam sob o seu rótulo “socialmente responsável (ISR)” serão proibidos de investir em empresas que lancem projetos de exploração ou refino de petróleo, a partir de 2025. Assim, os fundos pan-europeus poderão ter de vender todas as suas participações em combustíveis fósseis, o que levará a uma série de desinvestimentos forçados ao longo de 2024.
Mineração em águas profundas
Após um estudo apontar enorme quantidade de metais e minerais no fundo do mar, o parlamento da Noruega concordou com a exploração de cerca de 280 mil km² do fundo marinho do Ártico.Os defensores da medida salientamque a extração desses recursos permitirá uma transição mais rápida para uma economia de baixo carbono e poderá ter um custo ambiental menor do que a mineração terrestre. Cientistas e ambientalistas estão preocupados com os danos. Entenda!
Conhecimento em pauta
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