ESG para líderes

Entre os dias 15 e 19 de janeiro de 2024, mais de três mil pessoas – incluindo figuras políticas, executivos e sociedade civil – passaram por Davos, na Suiça, para acompanhar a 54ª edição do World Economic Forum Annual Meeting. Este ano, o encontro foi realizado sob o tema “Reconstruindo a Confiança”, destacando assuntos prementes como inteligência artificial e mudanças climáticas.

A liderança global da KPMG esteve no Fórum e acompanhou de perto os debates promovidos no intuito de encontrar soluções para os desafios que a sociedade enfrenta. Nessa agenda, os assuntos ligados ao ESG ganharam destaque, incluindo descarbonização, transição energética, inclusão, diversidade, futuro do trabalho e muito mais. Confira os insights da KPMG sobre o WEF 2024!

Unindo forças em prol da energia renovável
Em artigo publicado no site oficial do World Economic Forum, Michael Hayes, líder global de Mudanças Climáticas e Descarbonização da KPMG, evidencia os avanços ligados à transição energética, os desafios que precisam ser superados e, claro, as oportunidades para os negócios. Leia na na íntegra!

IA com foco em pessoas e local de trabalho
Renomadas lideranças se reuniram para debater as ações políticas e de governança que as empresas podem tomar em torno da inteligência artificial e os impactos da tecnologia no presente e no futuro do trabalho. A live foi conduzida pelo head global de Inteligência Artificial da KPMG, David Rowlands. Assista no YouTube!

Mudanças climáticas: é hora de agir!
John McCalla-Leacy, head global de ESG da KPMG, compartilha a sua visão sobre a necessidade de o mundo agir com urgência para enfrentar os impactos das mudanças climáticas. O executivo ressalta a importância de as empresas incorporarem o quanto antes o ESG, pois essa crise está acontecendo agora. Vale a pena a leitura!

ESG na prática

No Brasil

Programa do Combustível do Futuro
Foi assinado o Projeto de Lei (PL) 4516/23, conhecido como o “Programa do Combustível do Futuro”, cujas ações visam fomentar a mobilidade sustentável com baixa emissão de carbono, contribuindo para que o País alcance as metas globais de redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE). O foco também é o de descarbonizar a matriz energética do sistema de transportes, especialmente o rodoviário e o aéreo. O PL representa um passo importante na promoção de práticas mais limpas e na diversificação da matriz energética do País, bem como atende às demandas globais pela redução de emissões, ao passo que investe no crescimento econômico sustentável e na segurança energética a longo prazo.


Os impactos das mudanças climáticas no Brasil
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) avaliou que as mudanças climáticas estão prejudicando a infraestrutura brasileira e comprometendo o crescimento do País, representando uma perda de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) a cada ano para as empresas. Considerando esse cenário, a OCDE elaborou um relatório e forneceu uma série de recomendações para que o País enfrente as mudanças do clima, incluindo melhorias de planejamento, financiamento e entrega de empreendimentos de infraestrutura. A OCDE salientou o desenvolvimento do mercado de carbono e o reforço do cumprimento das legislações.


Proteção ao Pantanal
Foi aprovada a Lei que dispõe sobre conservação, proteção, restauração e exploração ecologicamente sustentável da Área de Uso Restrito da Planície Pantaneira (AUR-Pantanal). As principais ações são a recuperação de áreas degradadas, o incentivo à pesquisa, a educação ambiental formal e a participação de comunidades indígenas e do setor privado nas decisões das garantias territoriais e de integridade social e cultural. A Lei prevê um fundo para o desenvolvimento sustentável na região, que será administrado pela secretaria estadual do Meio Ambiente.


Cidades azuis
Lançada na COP28, a publicação “Oceanos Sem Mistério: Construindo Cidades Azuis” apresenta soluções para tornar as cidades mais azuis em temas como educação, economia, turismo, resiliência climática, água e saneamento, saúde e conservação dos ecossistemas. O livro, elaborado com a contribuição de representantes de municípios de todas as regiões do País, visa nortear as cidades no caminho da sustentabilidade do oceano, com sugestões práticas e cases de sucesso. O material também pode contribuir para ampliar a cultura oceânica e destacar o papel relevante da conservação marinho-costeira para adaptação às mudanças climáticas.


Revitalização do Rio Pinheiros
Está aberto o edital para a seleção de projetos que colaborem com a melhoria da bacia hidrográfica do rio Pinheiros, em São Paulo (SP). Um comitê selecionará até dez iniciativas alinhadas a estas modalidades: soluções baseadas na natureza, contemplando intervenções locais que contribuam para a melhoria da qualidade da água; ações de mobilização, engajamento, educação ambiental, artes e conhecimento, que ampliem a rede de cidadãos conscientes e engajados com a recuperação dos rios. A iniciativa priorizará projetos conectados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Inscrições abertas até 31 de janeiro.


No Mundo

Acordo em prol da transição energética
Após intensas negociações, foi aprovado, durante a COP28, um acordo de alcance histórico focado em promover a transição energética e, assim, reduzir o uso de combustíveis fósseis. O texto final apela à “transição dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos de forma justa, ordenada e equitativa para alcançar a neutralidade carbônica em 2050”. O secretário-geral da ONU, António Guterres, em parecer público, celebrou o acordo e declarou que, pela primeira vez, há o reconhecimento da necessidade de abandonar esse tipo de combustível.


Reúso de água
O estado da Califórnia (Estados Unidos) vem sofrendo, sobretudo nos últimos anos, com secas extremas, e garantir água potável para os mais de 39 milhões de habitantes tem sido um grande desafio. Para minimizar o problema, autoridades locais aprovaram regras para permitir que as agências de água reciclem águas residuais (esgoto ou efluente industrial ou agrícola) e coloque nas tubulações que transportam água potável para residências, escolas e empresas. As diretrizes foram desenvolvidas em um lapso de mais de 10 anos, com um processo revisado por painéis independentes de cientistas.


Proteção ao meio ambiente e aos direitos humanos na União Europeia
O Conselho e o Parlamento Europeu chegaram a um acordo provisório sobre a diretiva relativa ao dever de diligência das empresas em matéria de sustentabilidade, que visa reforçar a proteção ao meio ambiente e aos direitos humanos na UE e em todo o mundo. A diretiva estabelece as obrigações das grandes empresas em matéria de efeitos negativos, potenciais ou reais, da sua cadeia de atividades – incluindo fornecedores – nesses dois temas. A medida também exige que as organizações adotem planos que garantam que o modelo de negócio e a estratégia sejam compatíveis com o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas.


Canadá investe em captura de carbono
O governo do Canadá anunciou um investimento de US$ 200 milhões, por meio do Canada Growth Fund (CGF), em uma startup de captura de carbono, além de um contrato de compra de crédito de carbono de longo prazo, para ajudar a descarbonizar indústrias com emissões intensas. A CGF iniciou suas operações capitalizada com US$ 15 bilhões para, nos próximos cinco anos, desenvolver uma economia limpa e atrair capital privado para incentivar investimentos em projetos de baixo carbono.


Plano de hidrogênio limpo
Os Estados Unidos propuseram regras sobre como empresas de energia podem acessar bilhões de dólares em créditos fiscais para a produção de hidrogênio de baixo carbono usando fontes limpas. Para obter o crédito, os produtores de hidrogênio devem provar que utilizaram energia limpa no prazo de três anos após a entrada em serviço de uma central de hidrogênio. Segundo a proposta, o crédito será baseado nas emissões de gases de efeito estufa ao longo do ciclo de vida da fonte de energia usada na produção de hidrogênio e varia de 60 centavos a US$ 3 por quilograma.

KPMG - Impactando a agenda ESG

Para nossa rede

Lei de igualdade salarial
A KPMG elaborou um whitepaper repleto de insights sobre a Lei de Igualdade Salarial, que promove a equidade de gênero, um dos pilares centrais da agenda ESG. O objetivo é ajudar as empresas a impulsionar a equidadeno mercado de trabalho, com diagnósticos precisos, planos de ação alinhados às regulamentações, relatórios semestrais detalhados, treinamentos especializados e muito mais. Confira!


Tendências e desafios do Consumo e Varejo na América do Sul
O setor de Consumo e Varejo tem encontrado um cenário de grandes complexidades globalmente. A quarta edição do estudo “Tendências para o setor de Consumo e Varejo na América do Sul” avalia a interação entre o crescente conjunto de tensões que afeta o setor e suas tendências. O estudo destaca a importância de os empreendedores entenderem a interação entre quatro aspectos que estão remodelando o setor: pessoas, planeta, lucro e propósito. Vale conferir!


A segurança cibernética como fator crítico para os relatórios ESG
Nelmara Arbex e Leandro Augusto, ambos sócios da KPMG, explicam que, no atual cenário de economia digital, as empresas enfrentam desafios ao buscar suas metas ESG, ao mesmo tempo em que se empenham para garantir medidas robustas de segurança cibernética e privacidade. Embora não seja óbvia, a ligação entre esses dois fatores – ESG e segurança cibernética – está se tornando um ponto de atenção. Leia o conteúdo na íntegra!



Nossas operações

KPMG no Prêmio Visão Agro
A KPMG foi reconhecida no Prêmio Visão Agro, na categoria “Auditoria”. Promovido pela Revista Visão Agro, o Prêmio homenageia unidades produtoras de bioenergia, empresas fornecedoras de produtos e serviços (como a KPMG) e empreendedores visionários, que se destacaram ao longo do ano em áreas de transformação e produção no agronegócio. Saiba mais!

Tendências

Incentivo à energia solar
O ano começou com uma boa notícia no setor de Energia Solar: o custo dos painéis fotovoltaicos diminuiu cerca de 40% em 2023. Um fator que contribuiu para a queda no preço do dispositivo, é a capacidade de produção das fábricas chinesas, responsáveis por fabricar aproximadamente 90% dos painéis solares disponíveis no mercado mundial. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em dezembro de 2023, o Brasil atingiu a marca de 35,7 gigawatts operacionais de geração solar.


EUA investe em projetos de captura de carbono em usinas
O Escritório de Demonstrações de Energia Limpa (OCED) do Departamento de Energia (DOE) dos EUA anunciou que concederá até US$ 890 milhões para projetos em três usinas de gás natural e carvão. Segundo o DOE, os projetos selecionados têm potencial para diminuir, anualmente, 7,75 milhões de toneladas métricas de emissões de gás carbônico. A estimativa do OCED é que os projetos selecionados, quando concluídos, ajudarão a reduzir as emissões do setor de energia, que é responsável por mais de um quarto das emissões de carbono dos EUA.


Produção de biocombustível em Minas Gerais
O governo do Estado de Minas Gerais anunciou, na COP28, um projeto importante para o setor de Biocombustíveis: a instalação de um Centro de Inovação e Tecnologia para o desenvolvimento agroindustrial da produção de óleo vegetal e demais produtos a partir da macaúba. O investimento será de R$ 125 milhões, com previsão de geração de 260 empregos, contribuindo para o aprimoramento genético, a qualidade do produto, a redução dos custos de produção e a expansão do cultivo, potencializando a importância da planta nativa no processo de transição energética.


Carbono nas fronteiras
Em alinhamento com a União Europeia, o governo do Reino Unido anunciou que introduzirá um mecanismo de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAM) até 2027, estabelecendo um imposto sobre carbono nos bens importados provenientes de indústrias com uso intensivo de emissões. O intuito é evitar a “fuga de carbono” ou a transferência da produção de bens com uso intensivo de carbono para jurisdições com políticas de redução de emissões menos rigorosas.


Dinamarca: imposto verde em passagens aéreas
A partir de 2025, dinamarqueses que optarem por viagens de avião pagarão um imposto verde, que será implementado gradualmente até 2030, com valores que variam conforme a distância. O valor arrecadado será aplicado na utilização de combustível sustentável na aviação, além de financiar um aumento do bônus dos pensionistas do país que recebem valores baixos, gerando impactos sociais positivos.

Conhecimento em pauta

ESG Journey

Invista em seu crescimento profissional e prepare-se para os desafios e as oportunidades em ESG que 2024 reserva! Participe e esteja a par das atualizações e dos conhecimentos necessários para enfrentar a rápida evolução do cenário regulatório de sustentabilidade e suas principais tendências.

Inscreva-se!

Esperamos que a leitura tenha sido inspiradora.

Entre em contato com a nossa equipe pelo e-mailesg-faleconosco@kpmg.com.br.

Nelmara Arbex

Sócia-líder de ESG da KPMG no Brasil e na América do Sul

Sebastian Soares

Sócio-líder de Serviços de Asseguração da KPMG no Brasil e na América do Sul

Luis Wolf Trzcina

Sócio-líder de ESG & Tax da KPMG no Brasil

Eliete Martins

Sócia-líder de Governança Corporativa da KPMG no Brasil

Marcio Barreto

Sócio de ESG e Risk Advisory da KPMG no Brasil

Maria Eugenia Buosi

Sócia de ESG Financial Risk Management da KPMG no Brasil

Felipe Salgado

Sócio-diretor de ESG Advisory da KPMG no Brasil

Kin Honda

Sócio-diretor de ESG Advisory da KPMG no Brasil

André Winter

Sócio-diretor de ESG Advisory da KPMG no Brasil

Bruno Youssif

Sócio-diretor de ESG Financial Risk Management da KPMG no Brasil

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