Globalmente, os bancos enfrentam desafios relacionados à transformação digital, a questões ambientais, sociais e de governança (ESG), às incertezas do mercado, ao aumento dos custos de capital e à disrupção tecnológica, com destaque para a inteligência artificial (IA).

Estes e outros temas são abordados no estudo KPMG 2023 Banking CEO Outlook, produzido pela KPMG e realizado com 142 CEOs de bancos situados nas Américas (principalmente nos Estados Unidos e no Canadá), na Europa e na Ásia.

No levantamento, os executivos apresentaram suas visões sobre o cenário econômico e as estratégias de negócios nos próximos três anos. Eles estão otimistas em relação ao crescimento econômico, por exemplo – embora menos do que em anos anteriores.

A pesquisa também indica uma queda na confiança nas perspectivas de crescimento global, de 72% para 70%, e na perspectiva de crescimento do setor bancário, de 84% para 76%. A confiança no crescimento de suas próprias empresas também caiu de 82% para 76%.

Essa queda no otimismo pode ser atribuída à crescente incerteza política e econômica, com a possibilidade de recessões técnicas em alguns mercados. No entanto, 89% dos respondentes preveem lucros positivos nos próximos três anos e 87% planejam contratar mais funcionários internamente.

Questionados sobre o maior risco para suas organizações nos próximos três anos, 79% dos CEOs mencionaram o custo de vida. Isso reflete a compreensão de que as condições econômicas atuais afetam diferentes stakeholders e resultam em volumes estagnados de empréstimos e investimentos.

A tecnologia disruptiva (76%), demandas regulatórias (74%), a escassez de talentos (74%) e o cibercrime (71%) também foram apontados como riscos significativos. Apesar das dificuldades, os CEOs continuam comprometidos com a agenda ESG.

A pesquisa revela que os executivos reconhecem a importância de investir nessa área, tanto por exigências regulatórias quanto pelas oportunidades econômicas; 63% dos CEOs afirmam que o ESG está incorporado em seus negócios como uma forma de criação de valor.

Além disso, eles assinalam que o ESG exerce impacto significativo na construção de relacionamentos com clientes (29%), alocação de capital (20%), e no desempenho financeiro (17%). Mais da metade dos entrevistados espera ver um retorno significativo sobre seus investimentos em ESG nos próximos três a cinco anos.

Outro ponto importantes é muitos CEOs estabeleceram metas de descarbonização, mas a complexidade reduzir as emissões nas cadeias de suprimentos e a falta de habilidades para implementar soluções focadas em carbono zero são obstáculos apontados por 28%.

A falta de soluções tecnológicas adequadas foi mencionada por 27%. Os CEOs estão cientes das dificuldades para medir o progresso devido às interdependências com a economia, regulamentações e disposição dos clientes para embarcar nessa jornada.

Em relação à diversidade e à inclusão (D&I), os CEOs demonstram comprometimento contínuo: 79% afirmam que a igualdade de gênero na alta administração impulsionará o crescimento de suas empresas e 78% consideram que a D&I seja uma responsabilidade de liderança.

Os CEOs também estão investindo em tecnologia disruptiva, com 73% concordando que a Inteligência Artificial (IA) é a oportunidade mais importante. Eles veem a IA como uma maneira de aumentar a lucratividade, detectar fraudes, responder a ciberataques e explorar oportunidades de mercado.

Em resumo, os CEOs de bancos estão enfrentando desafios significativos no cenário global, mas mantêm uma visão otimista e sabem que investimentos em ESG e IA serão fundamentais para suas estratégias de negócios serem bem-sucedidas.

KPMG 2023 Banking CEO Outlook

Acesse o estudo e leia o conteúdo na íntegra.

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