O Mapa do Assédio é um estudo da KPMG que busca entender a ocorrência de casos de assédio no País. O levantamento aponta que 42% dos casos enquadram-se na categoria “moral ou psicológico” e silêncio das vítimas prevalece: só 20% denunciam.

O assédio sexual foi o segundo maior percentual de menções: 26%. Um em cada três entrevistados sofreu assédio no local de trabalho. Em segundo lugar, consta o transporte público, com 11% das ocorrências.

Também foram relatados casos significativos de assédio em instituições de ensino (7,63%), bares ou restaurantes (7,53%), entre outros. Ou seja, não é só no dia a dia profissional que as pessoas enfrentam esse problema.

Por estado, São Paulo, o mais populoso do País, aparece com 57% dos casos. Rio de Janeiro e Minas Gerais ocuparam o segundo e o terceiro lugares, respectivamente, com 11% e 8% das citações.

Do total, 55% decidiram não denunciar a violência de forma alguma e 27% afirmaram que não reportaram o caso devido à falta de um canal de denúncia adequado e seguro.

Em 12% dos casos, os entrevistados relataram o assédio às pessoas responsáveis pelos estabelecimentos em que ocorreu a violência, mas somente 3% fizeram denúncias à polícia ou por meio de linhas diretas de denúncia.

Vale lembrar que o Brasil tem tido avanços legislativos importantes no enfrentamento do assédio. A Lei 14.457/22 enfatiza a importância de combater o assédio e todas as formas de violência no ambiente laboral.

O Mapa do Assédio divulgado pela KPMG mostra que ainda há um longo caminho a trilhar, principalmente para encorajar as vítimas a romper o silêncio e para coibir o assédio moral, sexual ou qualquer outro. 

Combate ao assédio: uma questão legal e ética

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