O estudo Global Economic Outlook baseia-se na análise de tendências e modelos fornecidos pelos especialistas das firmas-membro da KPMG em todo o mundo. Sua edição mais recente aborda temas como os riscos e as perspectivas que cercam a retomada do crescimento sustentável.
Um dos destaques da atual edição é que a escalada inflacionária deixou de ser uma preocupação central. E mais: as perspectivas para a economia global tiveram uma guinada positiva no início do ano.
Com os preços globais de energia retornando aos patamares anteriores à invasão da Ucrânia, muitas outras commodities, principalmente alimentos, que tanto importam para o bem-estar da população, também estão caindo de preço.
No Brasil, o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) sofreu desaceleração no período de 2022 (3%) para 2023 (projeção de 0,8%). Essa retração foi gradativa, com a economia encolhendo um pouco mais a cada trimestre.
Seguindo a tendência global de aumentar a taxa básica de juros para refrear o aumento da inflação, o Banco Central do Brasil (BCB) fez a Selic saltar de 2% para 13,75%. Essa política, aliada a outros riscos, levou a uma curva de rendimento invertida, que pode indicar recessão.
Para fazer frente a esses riscos, o governo tem instado o BCB a reduzir as taxas básicas de juros – e, justamente por isso, a meta de inflação foi reajustada de 3% para 3,5%.
O risco é que as mudanças para estimular o crescimento acarretem uma inflação mais alta. Relaxar as regras fiscais e suspender reformas que poderiam reduzir os custos de empréstimos também são medidas que devem ser vistas com cautela.
Ao mesmo tempo, é promissora a constatação de que, depois de quase uma década, o Brasil voltou a atrair investimentos estrangeiros em 2022. A entrada de dólares foi impulsionada principalmente pelos incentivos fiscais e pelo enfraquecimento do real.
Ao abordar os riscos e as perspectivas que cercam a retomada do crescimento sustentável, o estudo Global Economic Outlook lança um olhar crítico sobre determinadas políticas, ao mesmo tempo em que aponta as medidas mais promissoras em termos de resultados.
Comércio com a China tende a crescer
No âmbito das perspectivas promissoras, nossas relações comerciais com a China tendem a prosperar. Hoje, o país asiático é o maior parceiro comercial do Brasil, respondendo por quase um terço das nossas exportações, de acordo com o Observatório de Complexidade Econômica (OEC).
Espera-se que a reabertura da economia chinesa – em nome da “covid zero”, o governo chinês havia estabelecido uma política dura de lockdowns — e o bloqueio no índice de poupança das famílias respaldem o crescimento daquele país.
Também é fato que as despesas finais de consumo na China aumentaram em 2022 e é possível que a demanda represada impulsione as exportações brasileiras. Já os Estados Unidos, com a economia em crise, deve desempenhar papel menor no equilíbrio da nossa balança comercial.
A promessa do Presidente Lula de investir no refinamento de petróleo no próprio País, mesmo que seja uma estratégia de longo prazo, também é positiva, pois representa uma oportunidade de depender menos das importações e de estimular as exportações líquidas no longo prazo.
Outro ponto positivo dos indicadores brasileiros é a queda do desemprego, que se aproximou da sua mínima histórica em 2022. Mas, se o crescimento econômico ficar abaixo do esperado, existe o risco de a taxa de desemprego voltar a crescer em 2023.
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