O capital de giro é um fator crítico para a sobrevivência e o crescimento das empresas brasileiras. Em 2024, o ciclo de conversão de caixa (CCC) geral caiu para 88 dias, contra 93 em 2020, indicando ganhos de eficiência.
O estudo Tendências de Capital de Giro no Mercado Brasileiro, produzido pela KPMG, aponta que, mesmo em um ambiente de juros altos e incerteza econômica, a gestão eficaz do capital de giro possibilita:
- Maior liquidez para enfrentar oscilações de mercado.
- Redução do custo de capital.
- Apoio a investimentos estratégicos de longo prazo.
CCC geral caiu de 93 dias (2020) para 88 dias (2024).
Como os setores se diferenciam na gestão do capital de giro?
A análise setorial mostra contrastes relevantes. Tecnologia da Informação (184 dias) e Consumo Discricionário (146 dias) tiveram os maiores CCCs, revelando ciclos de caixa longos e potenciais ineficiências.
Já setores como Saúde, com variação de 24 a 195 dias, expõem a diversidade de modelos de negócio e apontam para oportunidades de melhorias específicas.
Tecnologia da Informação: 184 dias de CCC em 2024.
Consumo Discricionário: 146 dias de CCC.
O porte da empresa influencia o capital de giro?
A resposta a essa pergunta é “sim”: as empresas de pequeno porte apresentaram um CCC de 160 dias em 2024, abaixo dos 192 dias de 2023, mas ainda elevado.
Já as de médio porte aumentaram de 126 para 142 dias, enquanto as grandes reduziram de 78 para 76 dias. Isso reforça a necessidade de estratégias ajustadas ao porte e à complexidade das operações.
Pequenas: 160 dias (2024) vs. 192 dias (2023)
Médias: 142 dias (2024) vs. 126 dias (2023)
Grandes: 76 dias (2024) vs. 78 dias (2023)
Como transformar o capital de giro em vantagem competitiva?
Melhorar o capital de giro não se limita a reduzir prazos. Essa estratégia envolve um processo estruturado, que combina:
- Aplicação de diagnósticos ágeis para identificar fontes de ganho;
- Suporte à implementação de mudanças práticas;
- Uso de ferramentas digitais que permitam identificar antecipadamente potenciais gargalos e solucioná-los.
Três pilares para eficiência: diagnóstico, execução e tecnologia.
A boa gestão do capital de giro é vital para as empresas brasileiras. Manter o foco nesse aspecto é essencial para reforçar liquidez, reduzir custos e apoiar investimentos estratégicos, principalmente em um cenário econômico incerto.