A fraude é um problema persistente no mundo corporativo e impacta organizações em todo o mundo. Tendo isso em mente, a KPMG realizou o estudo Global Profiles of the Fraudster, que investiga como detectar esse problema e se prevenir de forma eficaz contra fraudes.
A pesquisa foi desenvolvida com base na análise de 256 casos com pelo menos 669 fraudadores envolvidos. Com esses dados, nossos profissionais traçaram um perfil do típico fraudador de forma a compreender seus métodos.
Nosso estudo identificou então as melhores práticas para se proteger da fraude corporativa, como a necessidade de fortalecer as defesas das empresas com a implementação de controles internos mais robustos e a promoção da colaboração e da transparência.
Principais descobertas da pesquisa
- O fraudador típico é homem, tem entre 36 e 55 anos, é altamente respeitado e um funcionário de longa data. Muitas vezes descrito como amigável e extrovertido, alguém que não levanta suspeitas;
- O tipo de fraude mais comum é a apropriação indevida de ativos, com 78% dos casos envolvendo valores abaixo de U$ 200.000;
- Fraudes ocorrem em muitos departamentos, incluindo operacional, financeiro e compras;
- Na maioria dos casos o motivo é ganho financeiro, ganância e oportunismo;
- Métodos de controle fracos são a principal razão por trás das fraudes, enfatizando que as organizações devem priorizar o fortalecimento de seus sistemas internos de controle;
- A pesquisa identificou que delatores e canais formais de denúncia foram duas das principais formas de detecção de fraudes;
- 55% das fraudes são feitas em grupo, com 71% desses grupos consistindo em duas a cinco pessoas;
- Apesar do avanço em tecnologias como a IA e as cripto moedas, a tecnologia ainda não é um fator crítico de risco nas fraudes, mas é necessário adaptação e vigilância contínua para combater novas ameaças.
Enfrentando fraudes
Nossa pesquisa aponta diversas áreas nas quais as organizações podem investir para reduzir vulnerabilidades e combater as fraudes, começando pelo fortalecimento de controles internos através de auditorias e sistemas de monitoramento.
É importante promover uma cultura que incentive a ética, além de fornecer canais formais de denúncia. Promover a colaboração e a transparência entre departamentos é mais um passo importante para cultivar uma cultura ética.
Conheça seus colaboradores, faça a due diligence de terceiros e mantenha-se informado quanto aos avanços tecnológicos. A fraude corporativa nasce do oportunismo, e um olhar atento aos seus processos internos pode ser o necessário para a prevenção desse problema.