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No quarto trimestre de 2024, o Brasil registrou 1.582 operações de fusões e aquisições, um aumento de 5% em relação ao ano anterior, quando foram realizadas 1.505 transações. Os dados constam na edição do quarto trimestre de 2024 da Pesquisa Fusões e Aquisições, produzida pela KPMG.

O documento aponta que o mercado brasileiro de fusões e aquisições tem passado por um processo contínuo de amadurecimento e expansão, consolidando-se como um dos mais dinâmicos da América Latina.

No entanto, as operações de fusões e aquisições enfrentaram dois anos consecutivos de queda. A retomada do vigor em 2024 indica uma tendência positiva e um cenário mais otimista para as empresas.

As operações domésticas, ou seja, aquelas realizadas entre empresas brasileiras, lideraram o volume de transações, com 981 casos registrados. Em seguida, aparecem as aquisições feitas por empresas de capital majoritário estrangeiro, que totalizaram 394 operações. 

Esses dados evidenciam a atratividade do mercado brasileiro para investidores internacionais, especialmente em setores estratégicos como tecnologia, energia renovável e infraestrutura. Os Estados Unidos continuam sendo o principal parceiro comercial do Brasil nesse segmento, participando de 259 transações.

Outros países que se destacaram foram Canadá (35), Reino Unido (33), Espanha (23), Argentina (21), México (20), Alemanha (18) e Colômbia (17). A presença norte-americana reforça a confiança no potencial do mercado brasileiro, mesmo diante de desafios econômicos e políticos.

A estabilidade econômica observada no primeiro semestre de 2024 foi um dos principais motores para o aumento das transações. A inflação controlada, a melhora no ambiente de negócios e a retomada do crescimento do PIB criaram um cenário favorável para investimentos.

A digitalização e a inovação tecnológica continuaram a impulsionar fusões e aquisições, especialmente em setores como fintechs, e-commerce e telecomunicações. O setor de energia renovável também se destacou, atraindo investimentos significativos.

Com a crescente demanda por soluções sustentáveis e a transição global para uma economia de baixo carbono, empresas brasileiras do segmento de energia solar, eólica e biocombustíveis foram alvo de aquisições e parcerias estratégicas.

Apesar dos números positivos, o mercado de fusões e aquisições enfrentou desafios no segundo semestre de 2024. O aumento da taxa de juros e as incertezas fiscais e políticas podem ter impactado o ritmo das transações, especialmente em setores mais sensíveis a mudanças macroeconômicas.

A pesquisa também revelou que, no quarto trimestre de 2024, foram realizadas 386 operações, o que indica um aumento de 6,3% em relação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento reflete a confiança dos investidores e a capacidade de as empresas se adaptarem a um ambiente em constante transformação.

A KPMG tem sido uma peça-chave no mercado de fusões e aquisições, atuando como assessora em transações de grande relevância. Em 2023, a empresa participou de 373 operações. Sua atuação abrange desde due diligence fiscal, trabalhista, financeira e ambiental até a estruturação de planos de negócios e integração de empresas.

Adicionalmente, a KPMG tem assessorado projetos de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e captação de recursos, contribuindo para o desenvolvimento de infraestrutura e setores estratégicos no Brasil.

Projetos como o Complexo Penal de Erechim e Blumenau, a Concessão das Rodovias do Litoral Norte de São Paulo e a captação de recursos para empresas privadas líderes de mercado são exemplos de sua atuação diversificada e especializada.

Em síntese, a pesquisa indica que mercado brasileiro de fusões e aquisições demonstrou resiliência e crescimento no quarto trimestre de 2024, impulsionado por fatores como a estabilidade econômica, a inovação tecnológica e o interesse por energias renováveis. 


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