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As cadeias de suprimentos foram muito impactadas pela pandemia de covid-19. Agora, elas precisam ser repensadas. Sua transformação rumo ao futuro envolve maior transparência, compliance com pilares ESG e o uso de tecnologias inovadoras, como a IA generativa.

Para entender melhor como a pandemia impactou as cadeias de suprimentos, vale lembrar que, antes, estas estavam fortemente atreladas a fatores como a minimização dos custos e a dependência de insumos de países de baixa renda.

Essa abordagem mostrou-se frágil quando os países em desenvolvimento foram justamente os mais impactados pela pandemia, ocasionando atrasos sistemáticos na entrega de produtos e, em muitas ocasiões, total incapacidade de atender à demanda.

Ou seja: naquele cenário de incertezas e paralisia na atividade econômica, a antiga estrutura padronizada foi posta em xeque. Somaram-se a isso os conflitos armados, as tensões geopolíticas e o aumento do protecionismo em diversos países.

Todos esses elementos constituem ameaças ao comércio global. Eles acarretam mais incertezas e levantam uma questão crucial: como preparar as cadeias de suprimentos, inclusive em termos de tecnologia e ESG, para que, no futuro, elas sejam mais resilientes?

Supply chain: tendências tecnológicas

A transformação com foco na resiliência é fundamental para o futuro das cadeias de suprimentos. Em pesquisa realizada pela KPMG, líderes globais apontaram o funcionamento das cadeias de suprimentos como um dos riscos mais relevantes para o crescimento das empresas.

Por esse motivo, muitas organizações começaram a reformular suas cadeias de suprimentos com o objetivo de torná-las mais eficientes e, acima de tudo, dotadas de maior resiliência, o que é essencial em um ambiente em constante mudança.

Os aspectos ESG e a eletrificação do transporte estão entre os pilares dessa transformação, sobretudo se considerarmos que estamos inseridos em um contexto de rápida escalada das mudanças climáticas, no qual reduzir as emissões de carbono é crucial.

Os avanços na digitalização e as novas tecnologias, especialmente a Inteligência Artificial Generativa (Gen AI), são essenciais nesse processo, proporcionando soluções inovadoras e uma melhor capacidade de resposta a demandas.

Outras ferramentas, como o planejamento operacional e de vendas (S&OP) e o planejamento integrado de negócios (IBPs), ajudam a eliminar o trabalho manual no processo de planejamento e oferecer soluções de ponta a ponta com mínima intervenção humana.

Essas ferramentas alavancam operações de data analytics avançadas e contribuem para identificar anomalias e buscar padrões que possam resultar em interrupções inesperadas na cadeia de operações, além de oferecerem soluções quase instantaneamente.

O poder dos dados

Vale ressaltar que os dados são a matéria-prima de quase todas essas inovações tecnológicas. Portanto, a disponibilidade, qualidade, cadência e consistência dos dados são cruciais para que os gestores tomem decisões embasadas e aprimorem as operações.

A reformulação das cadeias de operações também exigirá maior transparência e visibilidade, compliance regulatório, uso de plataformas de baixo código e, especialmente, conformidade com diretrizes ESG, com destaque para a descarbonização das cadeias de suprimentos.

Em síntese, a transformação nas cadeias de suprimentos já está em curso, impulsionada por novas tecnologias, como a IA, pela busca de maior transparência, por diretrizes ESG e pela necessidade de ter um futuro mais resiliente.

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