Pode parecer simples ou mesmo óbvio que qualquer empresa deva respeitar os direitos humanos como uma premissa fundamental. Na prática, porém, essas questões são complexas e multifacetadas. É com essa visão profunda e abrangente que a Pesquisa direitos humanos nos Negócios – Impactos e Desafios, produzida pela KPMG.
O estudo traz elementos cruciais, como responsabilização das empresas, o conceito de "devida diligência" em relação aos Direitos Humanos, desafios relacionados à terceirização, implementação de políticas e diretrizes, cultura em direitos humanos, transparência e controle por meio de canais de denúncia, entre outros.
Para a realização da pesquisa, foram consultadas empresas de uma ampla variedade de setores, portes e regiões. O resultado apresentado traça um panorama da gestão do tema no Brasil.
Pontos de destaque
À medida que o mercado, os órgãos reguladores, o público consumidor e a sociedade como um todo se tornam mais atentos às questões ambientais, sociais e de governança (ESG) nas empresas, questões de direitos humanos se tornam mais relevantes.
A pesquisa permitiu identificar vários tópicos nos quais as empresas demonstram ter boa maturidade na abordagem dos direitos humanos. Por exemplo:
- Mais de 70% das empresas têm políticas e diretrizes específicas sobre direitos humanos;
- A maioria das empresas prioriza o combate à discriminação no ambiente de trabalho e nas relações com clientes e fornecedores (94%);
- A saúde e a segurança dos funcionários são temas prioritários nas políticas e diretrizes de direitos humanos de 92% das empresas;
- A questão do assédio no ambiente de trabalho é combatida ativamente por 89% das empresas, as quais implementaram políticas e diretrizes que abordam esse tema;
- Quanto ao acesso a mecanismos de denúncia, 86% das empresas se preocupam em disponibilizar algum meio para a realização de denúncias.
Quantos aos tópicos que requerem melhorias, podemos destacar:
- Estabelecimento de metas relacionadas aos direitos humanos: apenas 26% das empresas têm metas definidas relacionadas aos direitos humanos, indicando a necessidade de um maior compromisso nessa área.
- Investimentos e orçamento para direitos humanos: o percentual de empresas que não têm investimento/orçamento para apoiar iniciativas e projetos sobre direitos humanos é de 38%, sugerindo a necessidade de alocação de recursos específicos.
- Análise de impacto em direitos humanos (HRIA): apenas 22% das empresas realizaram uma análise de impacto em direitos humanos de suas atividades, indicando uma área de desenvolvimento potencial; além disso, apenas 34% incluem o tema em sua matriz de riscos corporativa.
- Engajamento estruturado com comunidades e stakeholders: embora 54% das empresas afirmem realizar um engajamento estruturado com as comunidades do entorno e com os stakeholders, a existência de 36% que não adotam essa política sinaliza a importância de disseminar mais essas práticas e aprimorar essa interação.
Comprometer-se de forma proativa com o respeito aos direitos humanos nos negócios é essencial para gestão dos riscos e minimizar os potenciais impactos nas pessoas e nos negócios.
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