A publicação Aposte Nisso: Relatório de questões de sustentabilidade no setor financeiro, da KPMG, reúne insights relativos à emissão de relatórios de sustentabilidade por parte das instituições financeiras, que se mostram cada vez mais focadas em tópicos como transparência e redução das emissões de carbono.

Os dados utilizados nessa publicação têm como base a pesquisa Global Survey of Sustainability Reporting 2022, que examinou as tendências globais dessa divulgação.

Esse levantamento, por sua vez, baseou-se em dados de duas amostras: o G250 e o N100. O G250 refere-se às 250 maiores empresas do mundo em termos de receita, com base no ranking Fortune 500. de 2021.

Já o N100 refere-se a uma amostra global das 100 maiores empresas em termos de receita em 58 países e territórios. As estatísticas do N100 fornecem uma visão geral abrangente da divulgação de sustentabilidade.

As organizações de serviços financeiros compreendem 16% do N100 e 24% do G250. Desenvolvimentos como pressão regulatória, disrupção nos mercados financeiros, bem como preferências dos clientes, estão levando muitas organizações de serviços financeiros a integrar os fatores ESG na forma como conduzem seus negócios.

A pesquisa identificou áreas de oportunidade para que as empresas do mercado financeiro aprimorem suas ações de transparência e responsabilidade socioambiental, expressando isso em seus relatórios de sustentabilidade. 

Aprimoramento das divulgações

Como os relatórios de sustentabilidade têm sido em grande parte voluntários, a KPMG tem procurado oferecer insights significativos para o aprimoramento dos níveis de divulgação por parte dos líderes empresariais, profissionais de sustentabilidade e conselhos de empresas.

Atualmente, empresas de todos os setores enfrentam a perspectiva de adotar relatórios de sustentabilidade obrigatórios e regulamentados. Reguladores e órgãos definidores de padrões em todo o mundo têm tomado medidas significativas em relação às divulgações não financeiras durante este período.

Para as empresas do mercado financeiro, que estão habituadas a lidar com regulações rigorosas, este não é um fator especialmente preocupante. Mas é fato que o cenário dos relatórios está prestes a mudar drasticamente.

Os maiores desafios residem na falta de métricas universalmente aceitas e de metas globais. Também existem muitas lacunas nos dados, que frequentemente são provenientes de diferentes atores – por exemplo, players das cadeias de valor e fornecimento.

Outros desafios relevantes são o alto custo das atualizações tecnológicas para atender aos padrões emergentes, a falta de consistência e precisão nas informações relatadas e tendência a priorizar demais os dados financeiros, em detrimento dos fatores de ESG.

No Brasil, os debates relacionados a questões ambientais, sociais e de governança corporativa também têm ocupado o setor financeiro ao longo de várias décadas. Tanto iniciativas voluntárias como regulatórias têm marcado o desenvolvimento sustentável nesse setor.

Em 2001, foi lançado o primeiro fundo nacional de investimentos sustentáveis; além disso, a Bolsa brasileira foi uma das pioneiras no mundo ao lançar um índice de sustentabilidade para o mercado de ações.

A regulação inicialmente tinha uma abordagem orientativa, mas tem progredido significativamente. Tanto que o Banco Central introduziu a agenda BC# Sustentabilidade, que impôs requisitos importantes às instituições financeiras que estão sob sua supervisão.

Além disso, a partir de 2024, as instituições financeiras deverão entregar relatórios anuais ao Banco Central acerca de sua exposição aos riscos sociais, ambientais e climáticos, seguindo um modelo padronizado.

De qualquer forma, a principal boa notícia, nacional e globalmente, é que a tendência de emitir relatórios de sustentabilidade continua em ascensão no mercado financeiro. Isso resulta em transparência, maior comprometimento com a redução das emissões de carbono e boas práticas ESG.

Aposte Nisso: Relatório de questões de sustentabilidade no setor financeiro

Acesse o estudo e leia o conteúdo na íntegra.


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