A 14ª Pesquisa Global da Construção Civil de 2023, produzida pela KPMG, revela um momento de otimismo cauteloso, alimentado por estímulos governamentais para infraestrutura, avanços da energia renovável e outras oportunidades para empresas de engenharia e construção civil no Brasil e no mundo. O tema ESG está em alta.

O estudo também mostra que a indústria enfrenta um ambiente volátil em constante mudança, com interrupções contínuas na cadeia de suprimentos, aumento da inflação, escassez de mão de obra e uma possível recessão.

Desafios relacionados ao baixo desempenho, à produtividade pouco satisfatória e a falhas em projetos importantes preocupam o setor. A abordagem ambiental, social e de governança (ESG), por sua vez, traz em seu esteio tanto oportunidades quanto riscos.

Do lado positivo, a transição para um mundo de baixo carbono, biodiverso e baseado em economia circular pode impulsionar os gastos com infraestrutura e construção civil e trazer vantagem competitiva, com um aumento do retorno sobre o investimento (ROI) melhorado.

No lado negativo, porém, as questões de ESG impõem um crescente escrutínio e exigências de compliance, bem como pressão para reduzir o mais rápido possível as pegadas de carbono, a geração de resíduos e a emissão de poluentes.

Nesta edição, a Pesquisa Global de Construção Civil da KPMG reúne insights de quase 300 empresas de engenharia e construção civil de todo o mundo. Entre os destaques, estão os seguintes pontos:

  • 66% dos respondentes estão otimistas a respeito dos rumos do mercado de construção;
  • 78% acreditam que os estímulos governamentais para o desenvolvimento da infraestrutura terão um impacto positivo;
  • 87% afirmam que os projetos estão sob maior escrutínio;

No tocante à tecnologia, 81% das empresas de engenharia e construção civil adotam plataformas móveis, 43% utilizam automação robótica de processos (RPA) e 40% utilizam inteligência artificial (IA).

As questões de ESG ganharam destaque nas agendas dos líderes da construção civil, com 54% “enxergando completamente” os benefícios do ESG e buscando enfaticamente a maturidade nesse âmbito.

Os respondentes consideram que os principais benefícios do ESG são a melhoria reputacional e o ganho de vantagem competitiva, bem como a necessidade de aumentar o acesso ao capital do projeto.

A diversidade, a equidade e a inclusão (DEI) formam o terceiro fator mais importante para determinar o sucesso futuro, à medida que o setor se afasta de sua imagem tradicional para adotar cada vez mais o uso da tecnologia e o trabalho remoto.

Entre os respondentes da pesquisa global, 10% eram brasileiros. Com base em suas respostas, é possível traçar um panorama específico da construção civil no País. Vale lembrar que o setor é um dos principais geradores de postos de trabalho no País, empregando ampla gama de profissionais, desde engenheiros até operários.

Alguns pontos que podemos destacar entre os entrevistados brasileiros são os seguintes:

  • 42% dos brasileiros estão otimistas ou muito otimistas sobre o mercado de construção; 50% têm uma visão neutra.
  • 78% acreditam que os estímulos governamentais para infraestrutura terão impacto positivo sobre o setor. 
  • Apenas 50% afirmam que seus projetos estão sendo concluídos no prazo. Um terço relata atrasos ou impactos nos projetos devido à COVID-19.
  • 35% compreendem completamente os benefícios do ESG; outros 42% reconhecem algum benefício e adotam ou planejam adotar uma abordagem direcionada.
  • As prioridades em ESG são as seguintes: uso de energia; comportamento ético; tecnologia; descarbonização; materiais sustentáveis; e riscos/oportunidades;
  • 29% dos respondentes brasileiros preveem uso de 21-50% de fabricação modular/off-site em cinco anos.

Pesquisa Global da Construção Civil de 2023

Acesse a 14ª edição da pesquisa e leia o conteúdo na íntegra.


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