Realizado com a metodologia ESG Research, o estudo KPMG ESG Yearbook Brasil 2023 disponibiliza, para os investidores, gestores de recursos e especialistas, um relatório organizado e detalhado sobre as práticas de gestão em ESG divulgadas pelas empresas de capital aberto, permitindo uma melhor gestão de ativos.

Este estudo se baseia em informações públicas provenientes de relatórios de sustentabilidade, formulários de referência, documentos de governança e de relações com investidores e notícias publicadas na imprensa.

A análise das informações públicas foi organizada em torno de cinco temas para cada uma das três dimensões em ESG. Assim, para a questão ambiental (E), foram considerados: uso de recursos naturais (água, energia e insumos); gestão de resíduos e efluentes; mudanças climáticas; biodiversidade e impactos ambientais; e histórico de incidentes ambientais.

Para o tópico social (S), foram considerados: gestão de colaboradores; relacionamento com clientes; gestão de fornecedores; relacionamento com comunidades do entorno; e histórico de sanções e incidentes no relacionamento com stakeholders.

O tópico de governança (G), por sua vez, considerou a integração dos fatores ESG à estratégia, a transparência e publicação de informações sobre ESG, a estrutura acionária e as práticas de voto dos conselhos, a estrutura e atuação do conselho de administração e as práticas de conduta e de combate à corrupção.

Para elaborar o KPMG ESG Yearbook Brasil 2023, foram avaliadas as práticas ambientais, sociais e de governança corporativa de 200 das maiores empresas listadas na B3, a bolsa de valores brasileira sediada em São Paulo.

Insights mais relevantes

  • O setor de papel e celulose manteve o maior score ESG em todos os anos analisados.
  • Os temas ambientais tendem a ser mais relevantes para setores como petróleo e gás, mineração e siderurgia; no entanto, algumas lacunas de transparência e gestão ainda afetam esses setores.
  • Utilities foi o setor que mais evoluiu no período de 2018 a 2022.
  • Nos setores de varejo e serviços financeiro, certos temas de responsabilidade social, como a gestão de pessoas e o relacionamento com clientes, têm lacunas a serem preenchidas.
  • Na agenda de governança, os setores de construção civil, saúde e educação apresentam lacunas no que se refere à divulgação de suas iniciativas e dos resultados em ESG, o que prejudica uma análise mais efetiva de suas ações.

Ainda em relação à agenda de governança, foi possível observar que o score ESG médio das companhias listadas há mais tempo no mercado de capitais evoluiu de maneira consistente ao longo dos anos.

Ou seja: uma relação mais prolongada das empresas com o mercado e os investidores pode influenciar o seu nível de transparência e a preparação das informações reportadas, que tendem a incluir dados mais completos sobre suas iniciativas e metas.

Entre essas companhias, que representam 55% das 200 analisadas no universo de amostra, a publicação dos relatórios de sustentabilidade cresceu: em 2018, 62% delas publicavam o documento; em 2022, a publicação era feita por 84%.

Quando se faz o recorte setorial, mencionamos acima que as empresas de utilities obtiveram o maior progresso na gestão ESG. Isso pode ser explicado, entre outros fatores, pela forte regulação do segmento, com a imposição de requisitos de divulgação de relatórios socioambientais.

Em relação à análise da gestão de riscos e oportunidades ligados à agenda climática, desde 2019 a metodologia do estudo se alinha às recomendações da Task Force on Climate Related Financial Disclosure (TCFD), abrangendo os quatro pilares da iniciativa:

  • Governança;
  • Integração à estratégia;
  • Gestão de risco; e
  • Métricas e metas.

Nos quatro anos avaliados, os scores apresentaram a evolução da comunicação sobre esse tema em todos os setores. Porém, o estudo destaca que ainda existe espaço para efetuar melhorias. Os scores são ponderados pelos investidores com base nas informações pesquisadas em fontes públicas pela equipe da KPMG.

O estudo está disponibilizado em dois formatos: o Sumário Executivo, com um resumo das principais informações, e a versão completa, que detalha todos os dados e análises obtidos durante a elaboração do relatório.

KPMG ESG Yearbook Brasil 2023

Confira o conteúdo na íntegra do estudo nos dois formatos disponíveis:


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