A indústria de tecnologia, mídia e telecomunicações (TMT) representa um setor altamente dinâmico, fundamental para a conexão entre pessoas, o trabalho remoto e a manutenção da produtividade, especialmente durante a pandemia da covid-19.

Para apresentar algumas das novas tendências para o setor de tecnologia, suas perspectivas regionais e globais e os principais riscos observados pelos executivos para o crescimento de suas empresas, a KPMG desenvolveu a publicação Technology Industry CEO Outlook 2022.

O levantamento revela insights dos líderes do setor nas áreas de transformação tecnológica, o cenário de riscos em evolução, a disputa por talentos e a crescente importância das iniciativas ESG.

A publicação é apresentada em dois materiais: um com a pesquisa global e outro com dados específicos da América do Sul. O estudo global, que é derivado da publicação KPMG 2022 CEO Outlook, ouviu cerca de 110 executivos da indústria de tecnologia. Já o recorte sul-americano foi elaborado a partir das respostas de 44 líderes do setor na região.

Confiança e resiliência movem setor apesar de incertezas

Os desafios enfrentados pelo setor de tecnologia, mídia e telecomunicações ao redor do mundo promoveram resultados positivos também. As adversidades dos últimos anos promoveram a confiança na indústria, que se tornou mais resiliente para atuar no panorama atual, marcado por questões geopolíticas e econômicas incertas.

Por isso, os líderes de tecnologia veem oportunidades de inovação e crescimento para continuar a gerar valor, investindo em ciberespaço e em iniciativas ESG à longo prazo. Alguns destaques apresentados pelo estudo global demonstram que:

  • 64% dos executivos da indústria priorizam o investimento de capital na compra de novas tecnologias, em oposição a 36% deles, que preferem o desenvolvimento de habilidades e capacidades da força de trabalho atual.
  • 67% dos entrevistados do setor veem sua força de trabalho totalmente remota ou híbrida no futuro – nas outras indústrias, esse percentual é de apenas 35%.
  • 55% das lideranças de tecnologia concordam que os programas ESG melhoram o desempenho financeiro, acima dos 38% observados na pesquisa do ano passado.

Na América do Sul, propósito corporativo ganha força

Ao comparar os dados das lideranças globais e do grupo sul-americano, é possível observar que os executivos globais parecem estar mais otimistas sobre o crescimento projetado para os países e para a economia global como um todo do que seus pares regionais.

Esse resultado pode ser explicado tanto pela situação interna dos países sul-americanos, dominados por altos níveis de inflação e crises econômicas recorrentes, quanto pelo atual ambiente global, marcado por incertezas e crises geopolíticas.

Quando se trata da agenda ESG, o compromisso dos líderes permanece: quase todos os CEOs sul-americanos do setor de tecnologia (89%) acreditam que o propósito corporativo é importante (ou muito importante) para impulsionar o retorno aos acionistas, melhorar as relações com o consumidor e impulsionar o desempenho financeiro da empresa.

Da mesma forma, os resultados da pesquisa refletem uma melhoria substancial na execução das iniciativas ESG, mas elas ainda enfrentam alguns obstáculos ao seu desenvolvimento, como a falta de consenso sobre o padrão de mensuração de dados e as tecnologias necessárias para controlar o impacto dessas ações.

ESG, talentos e gestão de riscos no centro das tendências

Os resultados do estudo confirmam algumas das tendências que já foram observadas em anos anteriores. Entre elas, estão a adaptação às questões geopolíticas e a gestão dos riscos implicados nesse contexto; a priorização da proposta de valor dos funcionários; o engajamento em iniciativas sociais dentro da agenda ESG; e a continuidade de uma estratégia agressiva de investimentos em tecnologia.


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