O papel da filantropia sempre foi fundamental para financiar projetos em todo o mundo. Em um cenário de recuperação econômica após o impacto da pandemia da covid-19, a necessidade de captação de recursos e de engajamento social cresceu de forma significativa, principalmente em países em desenvolvimento.

Diante dessa perspectiva, observou-se que grande parte dos doadores está empenhada em fomentar ações que gerem resultados efetivos, sejam potencialmente replicáveis e construam legados duradouros nas comunidades em que atuam.

Essas são algumas das conclusões do estudo Disrupção na Filantropia, produzido pela KPMG Private Enterprise, que entrevistou filantropos de diversas regiões e países para descobrir como eles apoiam várias causas, quais são as perspectivas adotadas, os seus sucessos e as lições aprendidas ao longo de suas jornadas.

Caridade ou filantropia?

Nesse contexto, algumas dúvidas podem surgir. Por exemplo, qual é a diferença entre doações beneficentes e as estruturas filantrópicas necessárias para apoiá-las? Quando a caridade se torna filantropia – e como elas se diferem uma da outra? A distinção, no entanto, nem sempre é clara.

As doações beneficentes costumam ser uma resposta emocional a uma causa específica. Uma parte considerável das contribuições são feitas por organizações filantrópicas e por filantropos. Apesar de estarem no mesmo espectro, a filantropia e as doações de caridade apresentam diferenças sutis, porém importantes.

Uma dessas distinções depende das motivações que incentivam cada ação. Na pesquisa Filantropos Disruptivos, destaca-se que os filantropos naturalmente adotam as doações beneficentes, mas isso ocorre de maneira estruturada e direcionada.

Para os filantropos, suas contribuições representam um investimento social, a partir do qual espera-se um retorno tangível. E onde está o limite entre caridade e filantropia?

Estratégia e planejamento antes de agir

A decisão de adotar uma atuação mais estratégica para doações beneficentes é frequentemente desencadeada pelo recebimento de uma herança ou a venda de uma empresa, por exemplo.

Embora muitos doadores sintam urgência em realizar alguma ação social, seja para fazer uma diferença duradoura em causas apoiadas por muitos anos ou para aumentar as contribuições, a necessidade de reflexão e de planejamento é importante.

No estudo, os filantropos entrevistados explicam como recorrem às suas conexões para obter conselhos e compartilhar informações, visitam projetos e adotam práticas administrativas semelhantes às utilizadas no ambiente corporativo nas atividades filantrópicas.

Mesmo próposito, diferentes estratégias

Uma consideração importante sobre a filantropia é o modelo de atuação, que pode diferir bastante de acordo com o perfil do doador. Administrar uma fundação diretamente é apenas uma das opções, com seus pontos fortes e fracos.

Estruturas alternativas, como fundos aconselhados por doadores, empresas sociais, conselhos familiares e doações beneficentes simples são algumas das alternativas às fundações para o desenvolvimento da ativididade filantrópica — e igualmente impactantes.

Muitas perguntas e um propósito

Sejam doações de caridade, sejam ações filantrópicas estruturadas, não há atitude certa ou errada nesse tema. A flexibilidade será necessária para a explorar novas causas e refletir sobre o cenário em mudança. Essa deve ser uma reflexão contínua para os filantropos.

Obter apoio por meio das firmas da KPMG, com capacidade de combinar aspectos jurídicos, tributários e de ESG, pode ser bastante útil para a tomada de decisões. A jornada filantrópica é repleta de dúvidas: o que você deseja alcançar? Qual é o objetivo da atividade? Quanto tempo você tem para investir? Como você deseja mensurar o impacto da atividade?

Certamente, há ainda muitas outras, mas refletir sobre o propósito das ações de filantropia e suas possibilidades é o primeiro passo.

Entre em contato conosco

conecte-se conosco

Meu perfil

Conteúdo exclusivo e personalizado para você