No atual cenário, elevar o padrão da integridade corporativa e do compliance pode parecer uma iniciativa “um tanto quanto infundada”, principalmente em um período em que as empresas devem priorizar a saúde dos profissionais, a inovação tecnológica, a mitigação de riscos, dentre outros aspectos.
Contudo, é justamente nessa situação desafiadora que as organizações demonstram o seu valor, comprovando, por exemplo, para clientes, profissionais e agências fiscalizadoras, a importância que depositam na construção de uma marca fundamentada em pilares éticos e sólidos.
Nesse sentido e apesar de ser uma tarefa árdua, as empresas devem se esforçar para adotar uma abordagem holística, metódica e ampla em relação à integridade corporativa e ao compliance.
10 elementos que compõem um programa de compliance eficaz
Casos de má conduta prejudicam não apenas o público interno, mas, também, os demais stakeholders, como parceiros e acionistas. Apenas um programa rigoroso, o qual permeie todas as formas de mau comportamento corporativo, pode proteger a reputação de uma empresa.
Você sabe quais características podem caracterizar esse tipo de programa? As informações a seguir ilustram os 10 elementos que compreenderiam uma abordagem ampla e eficaz para a integridade corporativa. Confira:
- Um código de conduta que articula os valores e padrões da organização;
- Com prometimento da alta administração, com adoção de uma estrutura adequada e focada para endereçar controles e iniciativas de ética e/ou de compliance;
- Procedimentos de avaliação e seleção de profissionais que privilegie as ações de compliance;
- Due diligence de terceiros;
- Treinamento e comunicação de seu código de conduta e de seus valores;
- Monitoramento e auditoria de conformidade dos profissionais quanto ao código de conduta e poltícias internas;
- Linha direta confidencial e anônima para denunciar condutas impróprias;
- Políticas para investigar e tomar medidas corretivas se houver alegação de má conduta e para responsabilizar profissionais e gestores por violações no código de conduta e políticas internas;
- Incentivos para os funcionários respeitarem o código de conduta; e
- Procedimentos perenes de avaliação de riscos e de efetividade dos controles.
Segundo uma pesquisa da KPMG, 96% das empresas com um programa abrangente de integridade e compliance afirmam que a disposição para tolerar má conduta é mínima. Contudo, em organizações que não dispõem de um programa como esse, a tolerância para má conduta cai para 57%.
Você sabe identificar os principais inimigos da integridade corporativa?
Diversas são as formas de uma fraude acontecer, mas, nem sempre, essas maneiras representam um retrato fiel das ameaças. Por isso, é essencial antecipar os problemas que, de alguma forma, podem interferir nas boas práticas do compliance e da integridade corporativa.
A publicação da KPMG destaca que a fraude geralmente se apresenta em três categorias:
- Suborno e corrupção;
- Apropriação indevida de ativos; e
- Fraude nas demonstrações financeiras
Tais atividades fraudulentas vão, por exemplo, desde a manipulação de licitação para a obtenção de um contrato de obras públicas até a supervalorização das despesas de reembolso e/ou a falsificação do valor real de uma empresa.
Essas são algumas das informações da publicação Integridade na adversidade: Elevando o padrão do comportamento corporativo em tempos de incerteza. Acesse a íntegra do material e saiba a relevância do compliance e da integridade corporativa mesmo durante as crises.
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