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No começo de 2026, as novas regras da Reforma Tributária do Consumo começam a entrar em vigor e é muito importante que as empresas estejam preparadas.

Para avaliar a maturidade das organizações na preparação para o novo arcabouço tributário, a KPMG ouviu 35 empresas com o objetivo de identificar suas principais fragilidades e captar insights que sirvam para propor caminhos mais assertivos.

As conclusões desse levantamento podem ser conferidas na Pesquisa Reforma Tributária do Consumo: Governança, Tecnologia e Perspectivas, produzida pela KPMG, que busca oferecer às organizações um diagnóstico objetivo e fundamentado, além de apoiá-las na construção de estratégias consistentes para enfrentar esse momento de transição. 

O que muda com a Reforma Tributária do Consumo?

Com a Emenda Constitucional n.º 132/2023 e a Lei Complementar n.º 214/2025, o Brasil implementará um modelo de tributação sobre o consumo com base no padrão internacional de Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), substituindo seis tributos atual existentes (PIS/Pasep, Cofins, IPI, IOF-Seguros, ICMS e ISS) por um modelo dual que, no Brasil, será representado pela a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), além do Imposto Seletivo (IS).

O objetivo é simplificar o sistema, reduzir a cumulatividade tributária e os custos de conformidade, na medida em que haverá redução significativa de obrigações acessórias e uma sistemática de apuração e recolhimento dos novos tributos fortemente baseada em plataformas públicas de tecnologia.

Seis tributos serão substituídos por dois principais: CBS + IBS, além do Imposto Seletivo (IS).

Por que a reforma vai além do aspecto tributário?

A Reforma Tributária do Consumo não é apenas um ajuste fiscal. Ela impacta:

  • Modelos de negócio
  • Estratégias de precificação
  • Governança corporativa
  • Tecnologia e compliance.

Sem revisão profunda de processos e sistemas, as empresas podem enfrentar riscos de não conformidade e perda de competitividade.

As empresas estão preparadas para 2026?

A pesquisa mostra que a maioria ainda está em estágios iniciais de adaptação:

86% não têm visão consolidada dos impactos financeiros.

51% não elaboraram plano de ação.

60% deixarão adequações para dezembro de 2025, com mínima margem de testes.

Qual é o papel da tecnologia na adequação?

A migração para as novas regras tributárias exige revisão completa de ERPs e integrações fiscais. Sem esse alinhamento, não será possível cumprir as novas obrigações acessórias, como a Nota Fiscal eletrônica e a Declaração Eletrônica de Regimes Específicos (DERE).

Apenas 3% dos respondentes afirmam ter concluído a análise tecnológica.

O c-level está engajado na reforma?

O envolvimento da alta liderança é decisivo para que a Reforma Tributária do Consumo seja implementada de forma eficaz. A pesquisa mostra que 71% das empresas relatam que seus executivos compreendem a importância do tema e estão fornecendo a devida priorização.

Esse dado é positivo, pois o patrocínio do c-level garante recursos financeiros, acelera decisões críticas e promove a integração entre diferentes áreas da organização.

Mas 29% das empresas ainda carecem de patrocínio executivo adequado: sem o engajamento da alta liderança, a reforma pode ser tratada apenas como um tema operacional ou técnico.

Isso pode levar a falhas de implementação, atrasos nos cronogramas e perda de competitividade em um momento em que o mercado exige adaptação rápida e consistente.

20% das empresas não têm prazo definido para adequação.

72% não possuem orçamento estruturado.

Apenas 11% preveem budget contínuo após 2025.

Sem antecipar cronogramas e recursos, o risco de falhas operacionais e contingências fiscais cresce.

Como a reforma afeta as fusões e aquisições e novos produtos?

A Reforma Tributária do Consumo terá impacto direto em operações societárias e no lançamento de produtos e serviços. Apesar disso, a pesquisa revela que 69% das empresas ainda não avaliam os efeitos da reforma em processos de fusões e aquisições.

Essa lacuna pode gerar riscos significativos, uma vez que estruturas consideradas eficientes hoje podem se tornar onerosas ou perder valor no novo modelo tributário.

A ausência dessa análise compromete tanto a precificação de empresas-alvo quanto a condução de due diligence, reduzindo a atratividade de transações estratégicas.

69% não avaliam impactos da reforma em operações de fusões e aquisições.

63% não consideram a reforma no lançamento de novos produtos e serviços.

Qual o caminho para transformar risco em oportunidade?

A Reforma Tributária deve ser tratada como prioridade corporativa. As empresas mais preparadas serão aquelas que:

  • Anteciparem cronogramas e testes.
  • Revisarem modelos operacionais e societários.
  • Integrarem finanças, operações, jurídico, tecnologia e RH.
  • Contarem com consultoria externa especializada para validação independente.

51% das empresas ainda não têm plano de ação estruturado para a Reforma Tributária do Consumo.

72% não dispõem de orçamento formalizado para enfrentar os custos da transição até 2033.

Apenas 31% classificam a reforma como altamente prioritária em suas agendas estratégicas.

A reforma começa a entrar em vigor em 2026, substituindo tributos federais em definitivo já em 2027 e introduzindo um período de transição para a substituição dos tributos municipais e estaduais até 2032. Assim, antecipar ações é essencial para obter as adequações necessárias à conformidade fiscal.

No entanto, a pesquisa mostra que a preparação ainda é incipiente. Antecipar cronogramas, revisar modelos de negócio e investir em tecnologia são medidas essenciais para transformar riscos em oportunidades


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