A KPMG no Brasil e o Instituto Olga Kos firmaram recentemente uma aliança de cooperação que envolve a aplicação da metodologia Escala Cidadã Olga Kos, conhecida como ECOK, que avalia e mensura a diversidade nas empresas, assim como identifica possíveis melhorias.

Para abordar os destaques dessa relevante aliança para o mercado, André Winter, sócio-diretor de ESG Advisory da KPMG no Brasil, e Wolf Kos, presidente do Instituto Olga Kos, compartilham suas perspectivas sobre a colaboração, incluindo os impactos positivos que vêm pela frente. 

Acompanhe!

André Winter
Sócio-diretor de ESG Advisory da KPMG no Brasil

Wolf Kos
Presidente do Instituto Olga Kos

André Winter

A seu ver, qual é a importância de iniciativas como a da KPMG e do Instituto Olga Kos para o mercado brasileiro?

Observamos em números e dados que a inclusão é um dos principais desafios das empresas, sejam de PCDs ou outros grupos historicamente excluídos. Esse desafio é visto no ambiente de trabalho, seja na relação com seus clientes, fornecedores ou comunidades locais. As iniciativas do IOK são essenciais para educar os gestores sobre o assunto e trazer o tópico de inclusão para a pauta da administração estratégica de talentos, pois elas ajudam a criar uma cultura organizacional mais inclusiva e diversa, o que pode trazer benefícios para a empresa, como a melhoria do clima organizacional, o aumento da produtividade e a redução de conflitos internos. Promover a inclusão de grupos historicamente prejudicados no ambiente de trabalho é a coisa certa a se fazer. Isso também ajuda as empresas que acabam por ampliar seu público consumidor e melhorar sua imagem perante a sociedade, contribuindo para o seu próprio sucesso a longo prazo.

Qual será o papel da KPMG na aliança?

A KPMG atuará como consultoria da Escala Cidadã. Nosso papel primordial será assessorar clientes que tenham interesse em adotar as práticas de inclusão e avaliar conforme os pilares da Escala Cidadã. Para isso, temos equipe especializada, treinada no tema e alinhada aos Valores da KPMG. Além disso, trabalharemos com nossos multi-especialistas incorporando serviços relacionados à inclusão em projetos de consultoria com escopo mais amplo, que envolvam outros elementos de ESG, por exemplo. Utilizaremos nossa rede de profissionais e firmas-membro ao redor do mundo para alavancar e amplificar o alcance da metodologia, apoiando na divulgação e educação do mercado acerca da importância da inclusão laboral e divulgação de boas práticas a serem adotadas. Contribuiremos com melhorias e evolução da Escala Cidadã, fornecendo insights a partir de nossos serviços que podem ajudar a melhorar a abordagem e seu alcance. Nosso objetivo é ser parceiro estratégico, contribuindo na divulgação, aplicação e melhoria da Escala Cidadã Olga Kos.

Qual é a importância da Escala Cidadã Olga Kos para o mercado nacional?

A Escala Cidadã Olga Kos é de extrema importância para o mercado nacional por ser pioneira em seu segmento. Como a primeira norma do tipo passível de certificação, ela estabelece um caminho claro para as empresas que desejam melhorar seus aspectos de inclusão, com objetivos e indicadores bem definidos e um sistema de gestão estruturado para sua jornada. Isso auxilia na comunicação e possibilita a diferenciação das práticas de gestão e ações relacionadas à inclusão, além dos resultados que elas geram para as empresas. Com uma abordagem estruturada por uma instituição respeitada como o Instituto Olga Kos e parceiros sérios e comprometidos como a KPMG, a Escala Cidadã tem o potencial de se tornar uma referência global em gestão da inclusão.

Wolf Kos

Como as iniciativas do Instituto Olga Kos têm impactado e transformado a realidade da inclusão e da diversidade do País?

Desde 2007, os projetos e programas do Instituto já beneficiaram mais de 40 mil pessoas com algum tipo de deficiência física ou intelectual e pessoas em situação de vulnerabilidade social. O impacto nessas famílias, nessas pessoas é transformador e muito significativo. Os programas culturais, esportivos, científicos e artísticos, que atendem essa parcela da população que é excluída da sociedade – que muitas vezes não sabe lidar com essas pessoas, colocam luz sobre essas pessoas que passam se sentirem parte da sociedade e do meio que as cercam. Então, as oficinas os estudos e as pesquisas desenvolvidas pelo Instituto em prol da inclusão social no Brasil são de relevância inquestionável para uma sociedade mais justa e igualitária.

Quais são os principais desafios que a Instituição têm enfrentado para implementar as ações que idealiza?

O desafio é diário e constante. Apesar da nossa parceria com o poder público, empresas privadas, incentivos fiscais e diferentes doações que recebemos, o principal obstáculo é criar a cultura de pertencimento nas pessoas. Ou seja, de que essa parcela da população também é ser humano e merece participar ativamente e serem incluídas na sociedade por meio de instituições responsáveis, por meio de políticas públicas que atendam ás necessidades daqueles que vivem com uma dificuldade imensa; seja ela de locomoção, no âmbito social, econômico e político.

Como a aliança com a KPMG contribuirá para o avanço da Escala Cidadã Olga Kos, assim como outros temas?

Sem dúvidas, é uma parceria que fomenta e joga luz na primeira métrica com metodologia aprovada pelo Inmetro e pode ser aplicada por certificadoras e consultorias que desejarem oferecer a seus clientes e colaboradores. Uma empresa com a relevância da KPMG, ter esse olhar atento para a questão social e da diversidade no ambiente de trabalho, essa preocupação com a inclusão, dentro das variáveis estabelecidas pela ECOK, é maravilhoso. Espero que ajude outras empresas a compartilharem dessa visão e implementarem essa métrica, que faz uma diferença enorme e contribui para a inclusão social no Brasil.

 

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