O estudo ESG no Setor de Alimentos e Bebidas, produzido pela KPMG, analisou dados relativos a questões ambientais, sociais e de governança (ESG) de 28 companhias com atuação no Brasil. O levantamento revela que a conscientização sobre sustentabilidade e responsabilidade corporativa cresceram notavelmente, mas existe margem para melhorar.

À medida que o mercado consumidor e os investidores valorizam cada vez mais as práticas ESG, a adoção dessas estratégias se torna imperativa para a longevidade e sucesso das empresas no cenário competitivo atual, aponta o estudo.

Com o compromisso contínuo e a implementação de práticas exemplares de governança corporativa, o setor de Alimentos e Bebidas no Brasil pode se tornar um catalisador do desenvolvimento sustentável, alinhado às expectativas dos stakeholders e às necessidades da sociedade.

O estudo também ressalta que a indústria de Alimentos e Bebidas tem sido um pilar fundamental da economia brasileira: ela responde por 10,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 1,8 milhão de empregos formais e diretos.

A pesquisa mostrou que determinadas questões ESG exigem empenho adicional das empresas do setor. Tais desafios incluem a redução do desperdício de alimentos, a minimização da degradação ambiental e a promoção de condições adequadas de trabalho em toda a cadeia de produção.

Não surpreendentemente, o estudo também revelou um desequilíbrio entre as empresas de maior e menor portes e/ou multinacionais ou nacionais, no que se refere à adoção das melhores práticas regulatórias e de sustentabilidade.

Para fortalecer a posição do setor de Alimentos e Bebidas como agente de mudança positiva, as empresas devem adotar boas práticas de governança corporativa, como a transparência e a prestação de contas por meio de relatórios precisos e auditorias independentes.

O estudo mostra, ainda, que a adoção de boas práticas de sustentabilidade e sua adequada divulgação não apenas contribuem para fortalecer a reputação do setor como ajudam a satisfazer às crescentes demandas dos consumidores e investidores, que estão cada vez mais conscientes e exigentes em relação às práticas ESG.

Além disso, o estudo apresenta uma lista de boas práticas de governança corporativa, tais como:

  • Conselho de Administração independente: estabelecer um conselho diversificado, competente e independente com responsabilidades claras na supervisão da estratégia e gestão de riscos.
  • Transparência financeira: divulgar informações financeiras de maneira clara e precisa, fornecendo relatórios anuais e demonstrações financeiras auditadas.
  • Código de conduta ética: implementar um código de ética abrangente para guiar o comportamento de funcionários e membros do conselho.
  • Cultura organizacional: fomentar uma cultura que valorize a integridade e responsabilidade.
  • Mecanismos de denúncia: criar canais seguros para relato de irregularidades por funcionários.
  • Direitos dos acionistas: garantir os direitos dos acionistas minoritários, como voto e acesso equitativo a oportunidades de investimento.
  • Integração de aspectos ESG: incorporar as práticas sustentáveis nas estratégias de negócios, promovendo a diversidade e a inclusão, além de prestar apoio às comunidades locais.
  • Gestão de riscos eficaz: identificar e mitigar riscos financeiros, operacionais, legais, reputacionais e ambientais.
  • Comitê de gestão de riscos: estabelecer um comitê dedicado a revisar e a monitorar as práticas de gestão de risco.

À medida que o mercado e os investidores valorizam cada vez mais as questões ESG, torna-se fundamental incorporá-las às estratégias de negócios. Nesse sentido, o estudo traz insights valiosos sobre as conquistas e os desafios das empresas do setor em sua jornada rumo à sustentabilidade e à melhor governança corporativa.

ESG no Setor de Alimentos e Bebidas

Acesse o estudo e leia o conteúdo na íntegra.


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