O estudo global The Future of Automotive, da KPMG, discute as mudanças enfrentadas pelo mercado automotivo nos últimos anos.
É fato que todos os envolvidos no ecossistema automotivo – das montadoras aos fabricantes de componentes, dos executivos de marketing aos revendedores e clientes – estão vivenciando mudanças profundas e totalmente inéditas nos negócios.
Essas mudanças abrangem desde a disrupção tecnológica, que já impacta a maneira como os negócios são feitos ao longo de toda a cadeia automotiva, até as mudanças climáticas, que têm justificado as iniciativas de eletrificação da frota no mundo todo.
Um dos insights trazidos pelo estudo diz respeito à necessidade de se adaptar a cinco mudanças que exigem respostas estratégicas e transformações nos modelos operacionais e de negócios:
- Mudanças no funcionamento: a transição para veículos elétricos (VEs) exige novas concepções de negócios e coloca novos concorrentes no cenário.
- Mudanças na maneira como os carros são feitos: a transição para VEs requer novas formas de construir carros, com componentes e tecnologias completamente diferentes.
- Mudanças no modo como os carros são usados: assinaturas de serviços veiculares, caronas remuneradas e outros modelos de propriedade e uso continuam ganhando força, com ênfase na utilização on demand.
- Mudanças no modo como os carros são vendidos: os consumidores têm utilizado cada vez mais o e-commerce para fazer negócios; a tendência é que, cada vez mais, eles prefiram a opção on-line para concluir todas as transações relacionadas a veículos.
- Mudanças na regulamentação da indústria automotiva: novas políticas e regulamentações são fundamentais para viabilizar a eletrificação da frota. Em vários países, estão sendo impostas, ou pelo menos discutidas, restrições e até a proibição das vendas de veículos dependentes de combustíveis fósseis.
Diante desse cenário, a KPMG concluiu que existem oito imperativos estratégicos para que as empresas se mantenham competitivas e relevantes. Essencialmente, elas precisarão se tornar “empresas conectadas”.
Mas o que isso significa? Empresas conectadas são aquelas que utilizam dados e tecnologia digital para:
- Funcionar de forma mais eficiente;
- Desenvolver produtos inovadores;
- Conectar-se a clientes e fornecedores;
- Embasar a tomada de decisões com rapidez e confiança.
Quanto aos imperativos estratégicos, o estudo da KPMG aponta:
- Planejar a transição para os VEs;
- Repensar parcerias, cadeias de suprimento e a própria fabricação dos veículos e componentes;
- Monetização da experiência do veículo conectado (as oportunidades de receita B2B incluem tecnologia de gestão de frotas, gestão de impostos e despesas e atualizações de software, por exemplo);
- Criação de modelos de serviço;
- Experiências perfeitas para o cliente: tanto os fabricantes quanto os fornecedores de veículos elétricos estão buscando se aproximar do cliente por meio de plataformas de compras on-line e, sempre que possível, por meio de vendas diretas. Os fabricantes de automóveis também podem optar por um modelo de plataforma "agência", em que os clientes compram diretamente;
- Utilizar dados para aumentar o valor ao longo da vida do cliente;
- Financiamento da mobilidade;
- Atrair talentos para o setor.
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