O conhecimento e as iniciativas sobre os fatores ESG no setor supermercadista brasileiro apresentam boas perspectivas futuras, mas ainda é necessário mais engajamento relacionado à essa área para que o segmento alcance bons resultados.
Esse é um dos destaques da Pesquisa Diagnóstico ESG do Setor Supermercadista Brasileiro, produzida pela KPMG e ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados). Com o objetivo de diagnosticar o nível de conhecimento, maturidade e iniciativas em ESG, foram consultadas 354 empresas supermercadistas de todas as regiões do Brasil.
O estudo foi bastante abrangente não apenas no tamanho da amostra de supermercados pesquisados, mas também no perfil das empresas participantes. Foram consultados supermercados convencionais (62%), lojas de varejo de proximidade (23%), atacarejos (8%), hipermercados (3,9%), lojas de conveniência (2%) e de formato container (0,4%).
Houve ainda participação de lojas de todos os portes: a maior parte dos supermercados avaliados dispõe de até 100 checkouts (81%), mas outros 14% têm entre 101 a 500 checkouts, e 5% têm acima de 500 checkouts[1].
[1] Checkouts são os caixas das lojas de supermercados e indicam o porte do negócio.
Supermercados reconhecem importância dos fatores ESG
A pesquisa revelou que o setor supermercadista está conectado com as questões ESG. Observou-se que a preocupação social das empresas do setor é bastante voltada ao combate à fome, tanto que 81% das empresas supermercadistas respondentes têm projetos de doação de alimentos perecíveis para grupos vulneráveis e 71% trabalham com indicadores sobre o tema.
Outro destaque do estudo é que a existência de projetos, indicadores e metas para a saúde dos funcionários foi reportada por respondentes de negócios de todos os portes. Hipermercados e containers lideram, com 100% cada um, os projetos de saúde e segurança de funcionários.
Maturidade do setor sobre ESG ainda é desafio
Foi observado, na perspectiva por portes de negócio, que os estabelecimentos com mais de 500 checkouts são maioria entre os que fazem a divulgação de suas políticas e ações ESG de acordo com diretrizes e padrões reconhecidos pelo mercado. Quando o recorte é feito de acordo com o tipo de negócio, sobressaem os hipermercados.
No entanto, de acordo com 59% dos respondentes, as empresas não têm políticas que definam o comportamento corporativo e dos funcionários em relação às questões ambientais, sociais ou éticas.
Na perspectiva de governança, a pesquisa destacou que quase metade (48%) dos participantes da pesquisa afirmaram que os projetos sociais ou ambientais da empresa são avaliados pelo menos duas vezes por ano.
Ao representarem um dos segmentos mais importantes dentro da indústria de consumo e varejo do País, os supermercados são essenciais para o fortalecimento das iniciativas de ESG, não apenas por sua significativa participação na economia brasileira, mas também por sua capilaridade geográfica e por alcançar a grande maioria da população.
Acesse a primeira edição do estudo Pesquisa Diagnóstico ESG do Setor Supermercadista Brasileiro e leia o conteúdo na íntegra.
Conheça também o Guia ESG do Setor Supermercadista Brasileiro, que apresenta temas relacionados a ESG e elementos práticos sobre como pensar a gestão dessas iniciativas nas empresas.
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