Alcançar a meta de carbono zero está entre as prioridades no planejamento das cidades. O tema, inclusive, foi abordado na COP27 (27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas), realizada este ano. Para destacar oportunidades e caminhos possíveis dessa jornada, a KPMG desenvolveu a publicação Net Zero Readiness Spotlight: Cities.
O relatório avaliou o status atual e o avanço de 50 cidades em todo mundo na redução das emissões de gases de efeito estufa em cinco setores, analisando o preparo de cada uma delas para alcançar o objetivo de emissões líquidas zero até 2050.
Carbono zero nas cidades: gestão de infraestrutura e adaptação de setores primordiais
Uma das questões observadas pelo estudo foi o potencial das localidades para estimular a transição por meio de fatores como tecnologia, financiamento climático, colaborações com entidades e economia circular, ao mesmo tempo que elas buscam garantir a equidade e a governança climática eficaz.
A publicação analisou ainda a complexa interação entre a infraestrutura da cidade e as iniciativas de redução de emissões para atingir a meta de net zero. Além disso, foram examinadas as transformações necessárias em cinco setores: energia, mobilidade, edificações, resíduos e saneamento e indústria.
A partir das análises realizadas, foi possível identificar a importância do desenvolvimento de políticas públicas que possam atrair financiamento sustentável. Com modelos de negócios inovadores e regulamentações para captar investimentos, as cidades podem obter acesso a soluções no mercado que acelerariam o alcance da meta de net zero.
Rio de Janeiro: mobilidade, descarbonização e plantio de árvores
Uma das cidades avaliadas pela pesquisa foi o Rio de Janeiro. A capital fluminense iniciou seu caminho sustentável reduzindo emissões nos setores de energia e de resíduos e saneamento. Com apoio do Banco Mundial, a cidade desenvolveu uma legislação sobre mobilidade e um plano municipal de ação climática para descarbonizar o setor de transporte e de energia.
No entanto, o Rio apresenta uma presença significativa de assentamentos informais com pouquíssimos espaços verdes, além de florestas urbanas reduzidas, vulnerabilidade a inundações e deslizamentos de terra e efeitos de ilhas de calor urbanas, formando um território com diversos desafios de gestão.
Uma das iniciativas da cidade é a colaboração com ONGs locais em várias favelas para testar o conceito de comunidades verdes. O plantio de árvores, uma das ações realizadas, tem como objetivo restaurar a biodiversidade, aumentar a cobertura de árvores em toda a cidade para absorver as emissões de carbono líquido zero e melhorar o microclima das favelas.
Agindo rápido: passando do planejamento para a ação
As cidades têm uma capacidade significativa para seguir rumo a um futuro sustentável e alcançar a meta de carbono zero. Para isso, elas precisarão incrementar tecnologia, recursos, políticas verdes, colaborações institucionais e novos modelos de governança para influenciar a redução das emissões.
No estudo, as principais iniciativas recomendadas às cidades são:
- Atrair investimentos e liberar capital privado.
- Operacionalização de ações climáticas urbanas equitativas.
- Colaborações inovadoras, modelos de negócios e colaborações.
- Obtenção de dados corretos para integração de políticas baseadas em evidências
- Alavancar a tecnologia para acelerar as ações de net zero.
As cidades precisarão implementar estruturas robustas e ágeis de governança climática para acelerar a meta de carbono zero. Aliada a esses fatores, deve estar uma gestão comprometida em enfrentar os desafios operacionais, alinhando financiamento, práticas de compras, cadeias de suprimentos e relacionamento com stakeholders.
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