O metaverso é uma das tendências tecnológicas mais relevantes dos últimos anos. Da mesma forma, as estratégias e iniciativas relacionadas à sustentabilidade tornaram-se um movimento crescente nas empresas e na sociedade em geral.
Assim, a análise a respeito da sinergia entre sustentabilidade e metaverso é essencial, uma vez que as preocupações com o consumo, a conservação de energia e o impacto ambiental podem tanto impulsionar quanto conter o crescimento do metaverso.
Para trazer uma visão geral das principais áreas de conexão entre as práticas de ESG (Environmental, Social and Governance, ou ambiental, social e governança, em português) e o metaverso, a KPMG desenvolveu a publicação Shaping the metaverse towards sustainability.
O estudo realizou entrevistas qualitativas com especialistas da Dinamarca e do Japão em ESG e em vários campos tecnológicos relacionados ao metaverso. Suas conclusões podem ajudar a definir caminhos para o avanço das discussões sobre o tema no Brasil.
Metaverso: apoiador ou inimigo do planeta?
Um exemplo dos possíveis impactos do metaverso no ambiente é uma estimativa que prevê cerca de 30% de aumento nas emissões de carbono caso 30% dos gamers (jogadores de videogame) migrem da web 2.0 para a 3.0.
Contudo, mesmo que o metaverso crie emissões, ele pode também contribuir para a redução de resíduos, de materiais e da movimentação global de maneira geral de pessoas e de produtos físicos.
Virtual, mas com impactos e oportunidades reais
O metaverso pode ser entendido como uma Internet espacial, ou seja, uma experiência imersiva possibilitada pela realidade virtual (virtual reality – VR). Há uma sobreposição física e virtual, com movimentações digitais das pessoas, propriedades, transações e infraestrutura. Hoje, estima-se que seja uma tecnologia com oportunidades avaliadas entre 2 a 12 trilhões de dólares.
Mesmo com novas perspectivas para abordar as questões ambientais e sociais, essa tecnologia requer regulamentação, seja de instituições privadas, seja de organizações governamentais, a fim de proteger os usuários e criar espaços seguros.
Testar, entender, inovar e medir o metaverso, com olho nos fatores ESG
Para iniciar a jornada rumo ao metaverso sem deixar de lado as questões de ESG e os seus desafios, os especialistas entrevistados pelo estudo recomendam alguns passos apresentados a seguir. Eles devem ser iniciados com os primeiros aprendizados sobre a nova tecnologia, fortalecendo as organizações para que elas possam se preparar para o futuro:
- Não confie em percepções não fundamentadas: comece testando internamente o metaverso para entender sua funcionalidade. Um exemplo é realizar reuniões dentro do ambiente, com uso de realidade virtual.
- Encontre especialistas que possam ajudar a entender as complexidades do metaverso.
- Identifique uma situação que demande uma solução e inove em torno dela. Use dados e análises para encontrar áreas de máximo impacto e formas para alcançar melhores resultados.
- Considere as iniciativas em ESG para entender como a empresa está contribuindo para desenvolver o metaverso com mais sustentabilidade, considerando seus impactos ambientais e sociais.
- Estabeleça metas claras e concretas para garantir a mensuração dos resultados e das estratégias.
Ao atuar no metaverso, é um fundamental desenvolvê-lo com inovação e com os desafios dos fatores ESG em mente, assim, será possível projetá-lo com foco na sustentabilidade.
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