A mobilidade de talentos global continua sendo uma aliada estratégica para a atração, desenvolvimento e retenção de profissionais para as organizações. Apesar das incertezas ainda presentes no contexto socioeconômico atual, a retomada das atividades presenciais e a reabertura de fronteiras para viagens ampliam o horizonte das transferências internacionais.
Essa é uma das conclusões da pesquisa Global Assignment Policies and Practices Survey, realizada pela KPMG. O estudo apresenta dados de 375 organizações multinacionais, estabelecidas em mais de 25 países e territórios, sobre suas políticas e práticas globais de mobilidade.
Anywhere office derruba barreiras geográficas
As transformações recentes exigiram mudanças fundamentais nos modelos de trabalho, afetando as funções de mobilidade de talentos.
As novas possibilidades de atuação profissional não referem-se apenas à relação residência-escritório local. O fortalecimento das atividades remotas permite designar atribuições transfronteiriças de forma virtual, expandindo as opções de mobilidade global, tornando imprescindível que os profissionais de global mobility adotem práticas e políticas inovadoras e em conformidade com a legislação.
Tecnologia contribui para gestão de processos e comunicação
Um número cada vez maior de empresas demanda soluções de tecnologia integradas, que forneçam uma única fonte de dados e contemplem todas as atividades relacionadas à mobilidade. Isso envolve desde o fornecimento de autoatendimento aos colaboradores por meio de portais on-line até plataformas para gestão dos processos de mobilidade.
O foco estratégico está nas pessoas – não nos serviços operacionais
A terceirização de transações complexas, como compliance fiscal individual, é uma tendência entre as grandes empresas. Serviços como coordenação dos expatriados, consultoria tributária, obrigações fiscais dos expatraidos e serviços de imigração saem do escopo interno, para permitir às equipes de mobilidade maior foco na gestão e desenvolvimento dos colaboradores.
Perspectivas para os próximos anos
Para as empresas, restringir a mobilidade pode dificultar os esforços de recrutamento, seleção e desenvolvimento de talentos, bem como inviabilizar as oportunidades de incremento de sua diversidade global por meio da imersão cultural de profissionais que vivem e trabalham em locais internacionais.
Reimaginar as funções de mobilidade global e gestão de talentos em um ambiente repleto de riscos, obrigações de conformidade e questões regulatórias é um desafio. Ao mesmo tempo, as organizações deverão aplicar novos processos, tecnologias e habilidades para ganhar mais eficiência e usar insights orientados por dados para gerar valor.
Com base nas transformações já observadas, as funções das áreas de mobilidade no futuro tendem a ser mais digitalizadas, enxutas e, principalmente, mais inclusivas, integradas e focadas nos talentos, para que atuem como verdadeiros colaboradores estratégicos do negócio.
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