As fintechs da América Latina registraram crescimento exponencial em 2021. Dados mostram níveis de investimento de US$ 5 bilhões em 120 negócios em 2020, foram US$ 2 bilhões e 82 negócios.
Em 2021, no México, os níveis de investimento atingiram o projetado para cinco anos! No Brasil, maior mercado de fintechs do continente, um negócio figurou no Top 10 para todas as Américas.
Estamos falando da captação, pelo Nubank, de US$ 1,15 bilhão. Sua abertura de capital (IPO), efetuada em dezembro de 2021, atingiu um valor de cerca de US$ 41 bilhões.
Países como Argentina, Colômbia e Chile também registram níveis crescentes de investimento e atividade. O número de unicórnios (empresas com uma avaliação superior a US$ 1 bilhão) triplicou na região.
O crescimento exponencial das fintechs da América Latina pode ser explicado por diversos fatores, com destaque para o impacto causado pela pandemia, quando 10,8 milhões de latino-americanos migraram para o comércio digital.
Bancos digitais disparam na pandemia
A política regulatória contribuiu para esse crescimento. Reguladores e bancos centrais buscam ampliar os níveis de inclusão financeira em um continente no qual 60% da população pode não ter acesso a serviços bancários.
O foco na inclusão financeira motivou as fintechs a definirem os jovens, os trabalhadores informais, as pessoas sem histórico de crédito, as pequenas empresas e outros “excluídos” como seus alvos preferenciais.
Ao mesmo tempo, as regulamentações das fintechs trouxeram certeza e confiança ao sistema. Também cresceram o interesse pelas fusões de SPACs (empresas de aquisição de propósito específico) e pelas criptomoedas.
O que esperar do mercado de fintechs?
- As soluções de wealthtech provavelmente tornarão o investimento e a poupança para a aposentadoria e outras necessidades de longo prazo disponíveis para aqueles com níveis mais baixos de capital.
- A penetração cada vez maior de smartphones na América Latina será mais um fortalecedor das fintechs: os neobanks oferecem 42% mais recursos nos seus aplicativos móveis do que os bancos tradicionais.
- O crescimento exponencial das fintechs na América Latina deve-se, em parte, aos mercados de Private Equity. Mas os grandes bancos não estão acomodados: cada vez mais, surgem colaborações e parcerias entre players tradicionais e fintechs.
- O Open Banking está a caminho: o Brasil está bem adiantado, enquanto o México tem uma iniciativa ambiciosa de Open Finance que deve obrigar as organizações com quaisquer serviços financeiros no seu portfólio a abrir seus dados, não apenas os bancos sistêmicos.
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