Velocidade nas conexões e eficiência do 5G estimulam inovação e investimentos

A implantação da tecnologia 5G no Brasil promete disponibilizar, a partir de 2022, uma conexão digital com mais velocidade, baixa latência e escalabilidade incomparáveis às gerações anteriores. A mudança deve representar um grande avanço em relação às redes atuais e será capaz de ampliar negócios em diversos segmentos da economia.

Essa é uma das reflexões da pesquisa Tecnologia 5G: a hiperconectividade que vai mudar o mundo, produzida pela KPMG. Com dados compilados de mais de cem líderes consultados, o levantamento apresenta as principais perspectivas sobre os investimentos, a aplicação e a adoção do 5G no país sob a ótica de diversos segmentos da economia.

Os recursos para investimento na nova tecnologia já são uma realidade em grande parte das empresas. A pauta sobre as redes 5G está no radar de 56% dos executivos entrevistados, e nas empresas de 71% deles, há um planejamento estabelecido para uso do 5G em um prazo de cinco anos.

O leilão do 5G, realizado em novembro de 2021 pelo governo federal, movimentou R$ 46,7 bilhões entre as dez empresas ganhadoras da negociação. Além do volume financeiro significativo obtido com a concessão das faixas de frequência dessa rede, outro destaque foi a exigência de implementação do 5G em todas as capitais brasileiras até julho de 2022.

Em relação à aplicação, 20% dos entrevistados indicaram a intenção de direcionar recursos para a área de infraestrutura de TI e cloud, o que indica o interesse em investir em computação descentralizada, como Edge Computing.

Oferecer e aprimorar experiências mais imersivas aos clientes é a demanda de 14% dos executivos consultados no estudo, com iniciativas UX (user experience ou, em português, experiência do usuário). Isso porque, com as redes 5G, as empresas poderão explorar o uso de Realidade Aumentada (Augmented Reality - AR), por exemplo. 

Além das oportunidades, o 5G traz novos desafios e preocupações relacionados à cibersegurança. Esse é um dos principais receios para 23% dos entrevistados sobre a nova tecnologia, uma vez que ela realiza um roteamento digital distribuído e definido por software – distinto do processo das redes anteriores, centralizado e baseado em hardware.

Com a descentralização de rede e as aplicações práticas nas empresas, os riscos cibernéticos devem impor um novo direcionamento e adaptação nas estratégias de segurança digital.

O crescimento da inovação nos modelos de negócios e soluções já é previsto pelas organizações à medida que as redes 5G são implementadas. Além do impacto nas atividades econômicas, os princípios de ESG (Environmental, Social and Governance) também enfrentarão mudanças com a nova tecnologia, conforme acreditam 25% dos executivos que participaram do estudo.

A velocidade das conexões e o desenvolvimento de novas aplicações em setores diversos, desde o agronegócio até a indústria, abrirá um leque de novas oportunidades para o crescimento e evolução das empresas em seus campos de atuação.